quarta-feira, janeiro 31, 2007

Jogar tudo no papel ou infartar. Eu prefiro escrever!!!!

O negócio é que a minha chefe está de férias. Na realidade até agora não absorvi muito do trabalho dela, e repito todos os dias para Natalita dividir as coisas comigo [imaginando que ela deva estar louca, louquinha]. Não sei se por conta disso os ares estão tensos at the office. Porque estão tensos e estão deeensos. Pra chuchu.
O negócio é que as buchas vão descendo e caindo no meu colo como chuva de pedras. Hoje me vi, no cubículo onde trabalho [aproximadamente uns 10m quadrados], sem janela, sem nada... em volta de mim haviam: dois motoboys - um esperando eu lhe passar o serviço e o outro esperando que eu resolvesse se iríamos abrir firma ou não; o cara do Pão de Açúcar, entrando e saindo com as compras e eu tinha que assinar o protocolo; o diretor geral falando ao telefone [com sua voz digamos.... potente]; meu telefone tocando sem parar; o diretor financeiro também falando ao telefone e com quem eu lutava arduamente para preencher o tal cartão para abrir firma. Tudo isso ali no quadradinho e sem ar condicionado [foi quando eu percebi que havia esquecido de ligar].
Liga o Dançoval com mais um de seus pepinos e peças e trambolhos [ficou com vergonha de pedir, tadinho] - pepino o qual eu tive que dar um jeito, jã que ele estava em Ribeirão Preto. A peça custava 80 reais e a moça do caixa não estava, estava fazendo curso fora do escritório. Lá vai a Mel abrir sua bolsa e pegar seu rico e sofrido dinheirinho.
O prédio bacanérrimo onde eu trabalho possui um elevador de serviço dentro dos padrões normais, porém, mesmo assim, como em todos os meses, o entregador das compras de supermercado precisou subir em quatro rodadas com as caixas todas nas mãos, porque o prédio não permite que caixas sejam colocadas no chão. Não há como mudar isso [mas isso não vai ficar assim]. O entregador reclama, o pão de açúcar liga, a Mel fica brava. O entregador sobe com as dez caixas na mão - não são poucas e não são leves - e nem aceita o copo de água que lhe ofereço no final (porque é o mínimo que eu posso oferecer), já que eu não sabia mesmo onde enfiar a minha cara enquanto ele se matava igual à um burro de carga. Simplesmente desumano, todo o santo mês acontece e eu já falei mil vezes e ninguém faz nada e nem fala nada.
O cara do cartório passa no escritório kind of quatro vezes por dia, porque "a mece é grande, mas os trabalhadores são poucos". As pessoas não se comprometem com horários, tudo é pra ontem e eu preciso fazer mágica com os dois motoboys [um esporádico e um contratado] que estão trabalhando para mim, na rua, com kind of cinco, seis serviços cada um. É guarulhos, é cotia, é a pqp. Eu esperneio porque não posso contratar seis motoboys por dia. Quem é que vai pagar tudo no final do mês??? Mas ninguém tá nem aí. Se aparece um banco às três e meia da tarde, se vira!!!! Resolve aí, contanto que a conta seja paga. Se aparece cartório às quatro e meia, se vira também. Desde que o documento volte ainda hoje. Não adianta agendar nada, porque ninguém cumpre prazos, mesmo. E não adianta ligar no décimo segundo, porque ninguém atende telefones. Não tem recepcionista e a recepcionista do quinto andar trabalha para o quinto andar e para o décimo segundo (inclusive tendo que localizar as pessoas que não pode ver, porque está no quinto andar). E ninguém coopera.
E assim caminha a humanidade.

domingo, janeiro 28, 2007

Simples, assim!

A inspiração está aqui do lado direito. "Cuba Light", o blog que eu achei por aí nos meus marinheiros momentos. Linkei, porque eu gosto do jeito que ela escreve e "me identifico" (tentei fugir do jargão, mas não deu). Ela falou nas coisas simples da vida, quantas vezes eu falei nisso hoje. Falei e gritei. Esperneei, porque a mamãe querida acha que é preciso ter um perfume Chanel pra ser feliz. E eu me peguei digitando um comentário enorme, a menina nem me conhece... hahaha!!!! Então eu resolvi não postar o comentário e escrever aqui.
Eu não preciso at all do tal Chanel pra ser feliz. Já me basta...
...tomar um banho gelado delicioso no chuveiro do banheiro branquinho dos meus pais
(Euforia dupla: porque quando eu tomo banho gelado naquela ducha gorda me sinto nas cachoeiras da mata atlântica, e porque eu adoro invadir o banheiro branquinho dos meus pais)
...comer salada com salsinha e cebola!!!!!!
(Eu já disse para a mamãe que Deus a colocou na Terra pra fazer saladas.)
...Ler as duas, três linhas do recadinho de Darling, na internet
(I wish I could be in Netherlands)
...Andar no Horto Florestal, no meio das trilhas, entre as árvores, cobertas pelo silêncio... e ver o sol entrando entre as folhas, láááá em cimão, e brincar de esconde-esconde com a gente...
...Tomar sorvete de Limão
...Ver as freirinhas andando devagar, na volta pra casa
O poema do Fernando Pessoa diz tudo. Procurem, aqui embaixo!

Do que me alimentei no dia de hoje...

"Nossos líderes mentiram e agora todos nos vêem como mentirosos".
100 mil se reuniram em Washington para protestar contra a Guerra no Iraque e o envio de *mais* tropas. Moriah Arnold, de 12 anos, a autora da frase acima, organizou uma excursão em sua escola e foi convidada a discursar.
(Fonte: O Estado de São Paulo - Domingo, 28 de Janeiro de 2007)
No semestre passado, na aula de Comunicação, nós assistimos um desenho animado que foi feito por Walt Disney, o próprio, sobre Hitler e a Alemanha. Eu não lembro agora o nome do desenho, mas ele dizia muito ardilosamente, a maneira como as crianças eram educadas desde seu nascimento à miopia: Hail Hitler. Imagens fortíssimas, como aquelas do clip de The Wall, Pink Floyd.
É a mesma coisa que está acontecendo nos Estados Unidos. A mesmíssima coisa. A diferença é quase estética: o Bush não tem aquele maldito bigode. E ele coloca as razões reais por baixo do tapete, ao passo que o Infernal dizia às claras seu plano míope - nazista.
***
A mesma professora que nos apresentou o vídeo, deixou um scrap para seus amigos:
" 'Quer pouco: terás tudo.Quer nada: serás livre!´
Fernando Pessoa
Lembre-se sempre disso, para que possas ser realmente feliz!"
Ana Lúcia Pitta
Para bom entendedor, um verso basta.
Para mim, sempre basta.
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"(...)Nem a malária, nem as amebas, nem a febre e nem as contaminações, são tão devastadoras quanto a doença da solidão, aquilo que, em polonês, chamamos de chandra - a depressão tropical. Para enfrentá-la é preciso ter uma resistência de ferro e grande força de vontade. Mas, mesmo assim, isto é uma tarefa árdua. (Neste ponto, cabe uma descrição de chandra; descreer a extrema exaustão após um dia vazio, no qual nada acontecera)"
O jornalista polonês Rysard Kapuscinski, em trabalho ainda não lançado, definindo aquela coisa insuportável que a gente sente no domingo à tarde.
Fonte: O Estado de São Paulo - Domingo, 28 de Janeiro de 2007.
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"Se não vos agrada a vida, fazei outra..."
Gorki,
- em defesa dos jovens, junto com Maiakovski, em um café chamado "O Cão Vagabundo".
(Só não me perguntem o ano).
...aliás, olha só o que Gorki diz sobre a juventude; é tão maravilhoso que merece ser transcrito, aqui, mesmo fora de contexto:
"Os futuristas, são violinos, bons violinos. Falta apenas que a vida cante neles com todas as suas melodias. Têm talento. Cantarão bem".
"(...)Outra das vantagens e virtudes dos futuristas é que não compartilham conosco de algumas teorias de negação da vida. Nós não somos ativos, não sabemos amar a vida. "
"Eles talvez tenham coisas demais, desnecessárias, gritam, insultam. Mas que hão de fazer se os agarram pelo pescoço? Têm que defender-se".
...pra pensar... ;-)

sábado, janeiro 27, 2007

*I*n*t*e*n*s*a*m*e*n*t*e*

Eu estava esperando minha santa-mãe, no estacionamento do supermercado. E daí começou a tocar Jack Jhonson. A música dele me levou para uma praia, lá por volta das nove horas da noite. Sem luz. Só a lua, refletida na água. Areia branquinha [e limpa, por favor]. Eu estou usando uma saia longa, como se fosse uma canga, e uma blusinha branca. O cabelo está solto e tem alguém tocando violão [nãão, não é o Jack Johnson!]. E pode ter uma fogueira, também. Na realidade eu não sei quem está ao meu lado [esta parte é a parte triste da coisa, ou quase-triste, por causa do que eu vou dizer agora:] mas na realidade isto é o que menos importa! E eu me lembrei também do meu roteiro que eu não terminei: "Entre Nós", os personagens vieram à cabeça, na hora. Vieram, porque são jovens. Têm entre 18 e 20 e poucos anos, a idade que eu já tive. Eu ainda tenho vinte e poucos anos, quase trinta. Sim, 27 é quase trinta! E este goddammit Jack Jhonson me fez lembrar daquilo que eu não queria, mas que eu devo me lembrar. Que quando eu tinha a idade da Camila, da Isabela, da Marta, do Fernando (os personagens do roteiro que eu estou escrevendo), eu não estava lá na praia, em volta da fogueira, escutando violão. Eu tava dentro do meu quarto, ou seja: eu estava no meu mundinho. E eu não vivi esta fase de praia, fogueira e violão. De viagens com os amigos, de quase-beber [eu não bebo], de carregar os amigos bêbados, de curtir com o namorado, de mergulhar à noite, de viver intensamente: a Melissa passional quase existiu. Isto é desesperador, ou é quase, se o Jack Jhonson não tivesse me dado o toque: ainda está em tempo! E tanto está, que existe uma Melissa sedenta por explodir... como se fosse um pássaro preso. Vejo as cenas dos filmes, vejo o mundo, as pessoas, as culturas, linguagens diferentes, vejo o mar e o céu...
Dá uma vontade louca, ardente e apaixonada de voar...
***
Para ilustrar, assista:
"A Praia" - com o LéoDicaprio
Especialmente a cena 14.
Escute:
"Times Like These"
Jack Johnson

quinta-feira, janeiro 25, 2007

It´s raining...

Amigos, eu postei em inglês porque queria que um carinha especial lesse, and he does not understand our beautiful language, unfortunately!

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Vocês podem se divertir com meu inglês perneta! risos.

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What a guy said:

Um cara me disse que eu sou "a rose that grew from the concrete". Wow!!!!

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Vai chover...

Me on the machine


I am up to leave everything I do to do something I really like or at least *believe*. It´s hard to do this stuff of business thing. All turns around of this purpose of make money and make money and make money to transform the owner of the company on the richest man around the world. Like a machine. Hummm. I wonder if I am living in the wrong world. Yes, I know I am the ugle duck here!!!!

And sometimes I like what I do. Little things that sounds good to me. Learn things that sounds good. Now I have to apply a "phone holding" on our calls. And this include a marketing plan, because "every little detail is a door for us to inform about our products". Uhh. hahaha. It´s something that I would like to do and I can do. I´m free to apply it for myself, that´s great. That´s a door. It´s that little thing that sounds good.

Sometimes I feel like I am floating...hahaha...

Oh my God. Let me get out of here (I mean: out of the blog).

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Inferno Astral

Tem gente tão falsa, mal educada e interesseira, que não dá a menor vontade de trabalhar. Dá nojo e dá vontade de chorar.
Sério. Às vezes eu me pergunto o que eu estou fazendo aqui.
***
Mas tudo bem. Eu vou melhorar.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

O primeiro dia de aula

Tá.
No semestre passado eu assisti o clip do Filtro Solar no primeiro e no último dia de aula.
Este semestre está começando e hoje, no primeiro dia de aula, eu vi o clip do Filtro Solar.
Este clipe me persegue e cada vez que eu encontro com ele eu fico mais inquieta e mais e mais...
***
Ah, e lembrei da Aninha, a melhor professora do mundo.
***
Outro nível, outro país. Quase uma outra língua.

domingo, janeiro 21, 2007

No três: "tra-tra"... "tra-tra"...


Eu preciso escrever.




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Já ouviram The Flamingos? Sempre quis saber qual música era aquela que toca em duas cenas:




* Meu Primeiro Amor

Alguém (não lembro quem) está olhando pela janela e vendo que a Jamie Lee Curtis está dançando com o gordinho dentro do trailler e esta música está tocando.

* As Aparências Enganam (este filme bate forte no meu coração, por quê?)

O Baile. O Tom vai correndo com a mochila pra avisar a V ("like the letter") uma coisa muito importante que é óbvio que eu não vou contar aqui senão eu mato o filme. E enquanto ele tenta contar, dançando com ela, está tocando esta música.

Bem, minha gente. A angústia de querer - saber - não - fazendo - a - menor - idéia, se deu até momento em que desvendei "qual é a música". Foi fácil: só deixar correr os créditos quando acabou o filme ahahahahahahaha!!!!

E a música, pois bem: "my love must be a kind of blind love... uhhhh..." [esta é pra você Marcia! hahahahahaha] "tra-tra" "tra-tra" (se tá difícil, a música é "I only have eyes for you, The Flamingos".

Gravei várias, porque amei o jeitinho deles cantarem, fazendo segunda voz super marcadinha e aqueles gemidinhos fofos. Nasci na época errada, acho. Tentem imaginar quão patético é quando se ama muito uma coisa e não se recebe apoio. Estou falando da hora do almoço, comendo as melhores coisinhas que existem (risoto de camarão com o Nemo assado) e rodeada da melhores pessoas do mundo (pais, irmãs e madrinha). Deixei o rádio embaixo da mesa, tocando bem baixinho, para não estressar ninguém (som em determinado volume faz minha casa virar comédia pastelão). Até que minha tia solta essa: "Mel, não parece que este cara está morrendo?"

***

Novidades no front:

* Carlotinha está louca pra eu voltar com o Edu.

* Fabiane, minha amiguinha do primário, está fazendo Comunicação na Anhembi. Reencontro, alguns vinte anos depois!

* Esta semana começam minhas aulas e minhas aulas de inglês.

* Como será que está a Natalita???

* Vou ver o mar!!!!!!!!

***
Estou feliz. E gostaria muito que vocês, leitores, ao menos escrevessem assim: "estive por aqui". Assinado: fulano querido da Mel.

=O) Obrigada!!!

sábado, janeiro 20, 2007

Em paz

Fui à missa, precisada. Nem ousei passar de quinze minutos na frente do computador. Eu precisava ir. O padre pároco mudou, apesar do nome ser o mesmo (Pe Mauro). Vou sentir saudades do bom velhinho... parece que ele vai cuidar da direção de uma escola salesiana na Móoca.
Escutando o Pe Mauro (o novo) falar, eu volto a pensar que eu preciso realmente ser professora, um dia. Ele é eloqüente, tem o dom da palavra e nossos olhos não se desprendem dele. E eu também sei fazer isso (descobri nos seminários todos, na faculdade). E não apenas sei, quanto gosto de fazer.
Eu estou muito feliz de ter voltado e me sinto um bebê, quase renasci junto com o menino Jesus no natal. Ah, eu disse à Ele que vou aprender tudo de novo. E espero que desta vez não exista nada que me afaste e que seja mais importante do que servir à Deus e à comunidade, e cuidar do meu espírito. Eu sempre choro quando volto. E acho que tiro assim um peso horrível das minhas costas...
Vocês não sabem como é bom estar lá e como eu amo aquele lugar. Quanta paz e como eu volto a ser quem eu sou [às vezes me perco]. Eu disse para a Isa que se eu desejo que a minha vida esteja em ordem, eu preciso estar por perto. Do contrário, minha gente, apertem os cintos porque o piloto sumiu!!!
No final da missa ele fez uma oração super bonita, e a oração dizia mais ou menos a mesma coisa que diz esta música, que eu escutei muito quando estudei no Mazzarello:
Um dia uma criança me parou
Olhou-me nos meus olhos a sorrir
Caneta e papel na sua mão
Tarefa escolar para cumprir
E perguntou no meio de um sorriso
O que é preciso para ser feliz?
Amar como Jesus amou
Sonhar como Jesus sonhou
Pensar como Jesus pensou
Viver como Jesus viveu
Sentir o que Jesus sentia
Sorrir como Jesus sorria
E ao chegar ao fim do dia
Eu sei que dormiria muito mais feliz
É. Isso diz tudo o que eu sinto agora, e diz também um pouco de quem eu sou.
***
Assistam
Tempo de Matar: a filhinha sofre um estupro e o pai dá um fim nos bandidos. Agora ele precisa lutar por sua liberdade através de um advogado iniciante, inexperiente e falido, e lutarem especialmente contra a América racista (a menina é negra, o pai também). Um filmaço. Vale a pena ver pelo discurso do advogado no dia D.
***
Eu odeio o meu bairro, é bom que se diga isso. É preciso ter muita paciência para escutar o som altíssimo, minhas janelas tremerem e continuar bem.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Lendo, vendo e ouvindo

Assistindo

Assisti A OSTRA E O VENTO, de Walter Lima Jr, baseado no lindo romance de Moacir C. Lopes [preciso confirmar o nome]. Super difícil achar o dvd, só consegui na faculdade e o que tenho a dizer é o de sempre, porque o livro é seeeempre melhor. Chavão, né? Como é que pode? É que a literatura consegue ser infinitamente mais rica e generosa com a nossa imaginação. É certo que o cinema sempre vai encher nossos olhos (principalmente quando Lima Duarte, Fernando Torres e Leandra Espetacular e Leal estiverem em cena) e sempre será uma delícia ver nossas histórias favoritas na telona. Mas neste caso, pelo menos, a riqueza literária se perdeu na tentativa de transpor a história da menina que se apaixona pelo vento da imaginação para a realidade. Do imaginário - vasto e onírico - para o tangível, o visível.
Eu sempre digo que as palavras, por vezes, limitam.
As imagens, por vezes, também.

Espíritos. A história é boa e sai do papai-e-mamãe. Pela primeira vez na vida eu não tenho medo de dormir depois de assistir a um filme do gênero (quando a gente pode imaginar que existem mais "pessoinhas" no mesmo quarto, não passíveis de serem vistas à olho nú...)


***
Lendo:

A Sabedoria dos Monges na Arte de liderar Pessoas - de Anselm Grün
É a abordagem de liderança da qual não me faz sair correndo. Que realmente acredito: aquela que ou existe, ou não existe. Você pode prestar atenção em si mesmo e desenvolver isso em você e eu acredito que seja uma tarefa espiritual. Liderança não se compra em prateleiras. Livro bacana, abra a sua mente. No mínimo, você vai aprender alguma coisa.

Em busca de:

* Mais de João Gilberto Noll, escritor gaúcho. Um amigo me mandou um de seus contos, por achar parecido com os meus [tem razão]. Eu adorei: ele se supera! Aperta o coração, de tão lindo.

* Contos eróticos, alguém me indica algum livro? Não vale as cem escovadas. Já li - tentei. Parei, não deu. O fim é bonito. Mas não justifica a promiscuidade toda... pra vender livro.
Estou na fase da Loba [escritora! escritora!]. Quero escrever alguma coisa do gênero...

(a gente tem que aproveitar as nossas fases!!! hehehe).

***
Ouvindo:

No meu pen:
- Spice Girls =O)
- Trilha sonora de "Mr and Mrs Smith"
- In the deep [Crash]
- Evanescence [passo todas]
- Trilha de "The Village"
- Luíza Possi
- Sixpence None The Ritcher

***
Despretensão. Quase.

"Undress you with her eyes, uncover the truth from the lies.Strip you down don't need to care, lights are low exposed and bare."

"Naked. Nothing but a smile upon her face.Naked. She wants to play seek and hide, no one to hide behind. NakedThis child has fallen from grace. Naked. Don't be afraid to stare she is only naked. Naked.""

"This angel's dirty face is sore, holding on to what she had before.Not sharing secrets with any old fool, now she's gonna keep her cool. She wants to get naked, She wants to get naked."

Quando escuto esta música - bobinha, bobinha - eu quase choro. Não consigo enxergar esta letra tão inocente quanto é... será que alguém consegue ver o mesmo que eu vejo?
Será que as próprias tinham noção do que estavam dizendo?

***

quarta-feira, janeiro 17, 2007

O que se pensa quando não se tem nada pra fazer

Às vezes dá vontade de se esconder na concha e trancar por dentro!!! Sério mesmo. Seguirei conselhos Ericknianos e não abrirei mais os jornais e viverei das vibrações lunares. Me lembrei agora que não fui lá pra for a fim de tentar ver o tal cometa. Me lembrei também que quando eu era pequena eu queria comprar um telescópio.
Ah, pois é. Eu não comprei e agora eu estou tentando enxergar o cometa hahaha.
Tem algumas coisas que me dão medo... escuro, sair de casa, insetos e bichos não contam. Eu tenho medo que algum dia a Terra se espatife com alguma coisa que esteja passeando pelo espaço. Tenho medo de perder meus pais sem que eu possa me preparar para isso [e também minhas irmãs]. Tenho medo das curvas da Régis Bittencourt. Tenho medo de fazer exames. Tenho medo de dormir depois de assistir certos filmezinhos... [por acaso eu estou com um deles para ver e preciso fazer isso hoje]. Eu tenho medo de coisas desconhecidas e mudanças. Medo de falar inglês perto de alguém. Medo de andar de bicicleta na cidade. Medo de andar sozinha no parque. Medo da minha cara de manhã. Então eu abro o jornalzinho e fico pior do que eu já sou. Que saudades do meu mundinho. Um dia eu consegui me defender já que eu faço aniversário no dia 17 de Março e sou de Peixes.
Ah e eu tenho medo de PNL, também, uiuiui.
Saco, odeio ter medo. Alguém sabe como é que faz pra parar de ter medo?
[esqueci de sacar o dinheiro da minha irmã].
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Fiz a avaliação de resultados com minha chefa e sempre saio de lá feliz. Ultimamente ela tem me feito um bem danado, porque está com os olhos brilhando que é uma coisa! E o sorriso está dando voltas na cabeça e ela está muito mais bonita. Ah, a explicação! O que é que deixa uma mulher mais bonita, mais feliz e mais brilhante? Fiquei contente, contente, contente.
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Eu li A Ostra e o Vento e adorei. A história é quase uma fábula e eu estou curiosíssima para assistir o filme. Só tem na faculdade... eu vou lá, amanhã, amanhã, amanhã.
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Estão brigando por causa de uma sopa.
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Às vezes no expediente a minha orelha fica pulando como se o meu coração estivesse dentro dela. O olho também.
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É muito foda esta vida. A gente se entende, se entende por olhar, conhece os pontos fracos um do outro, conhece os pensamentos um do outro e dá muita vontade de ficar perto um do outro nas poucas vezes em que nos vemos e parece que o mundo parece bloquear as horas e os ponteiros do relógio só pra você passar cada vez mais longe de mim e eu tenho que me contentar com alguns beijos demorados nas poucas manhãs de descanso e suas mãos tocando a minha cintura e o seu olhar pidão que eu conheço melhor do que ninguém me dizendo que me quer e aí eu abaixo os olhos pra você não perceber que a recíproca é burra [já que é verdadeira]. Eu li isso no blog de um cara através de uma mulher através da Drica e ele tem razão. A recíproca é burrinha da silva. Talvez a recíproca tenha outro nome [carência]. Talvez tenha mais de um [carência e recaída]. Talvez não tenha nome porque não merece espaço. Ai que vontade de te beijar... você quase não existe.
***
Preciso fazer uma seleção bem bacana de Bossa Nova.
E também... aquelas músicas do tipo "dizem que roque santeiro"... que eu tenho dentro de mim e sempre quis escutar inteira, já que eu na maioria das vezes só conheço o refrão...
Basta, quase sempre.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Minha sala não tem janelas

Eu preciso continuar sorrindo, preciso tentar continuar usando branco e azul claro. Mas eu tenho que admitir: estamos sendo engolidos pelo caos de *tudo*. A cratera é só o começo. Solo úmido. Umidade do ar, entende? Umidade nas relações, nas crenças, nas convicções, nada sustenta. Negligência, ah, muito provavelmente e é no que eu mais acredito. O homem-bicho que se alimenta do dinheiro e da pressa.
Homo sapiens por demais.

*

Homo FGTS. Aguardo ansiosamente cada centavo que cai no meu porquinho errante.

domingo, janeiro 14, 2007

Eu em conserva.

Às vezes eu me sinto dilatada, algo em mim dilatado. Coisas boas. Não faço nada, geralmente só dá vontade de ficar olhando alguma coisa, porque tudo já está acontecendo ali dentro de mim, coisas boas. A noite linda. Viver é bom. Pessoas queridas. Me envergonho porque as vezes faço mal juízo, como sou pequena, às vezes. Tão pequena e como se limita esta menina. Não! Não estou falando de virar o copo de Chalise!!! Você vira, eu prefiro Coca-Cola. Dá próxima vez eu faço simplesmente o que eu tenho vontade e não o que eu preciso fazer pra te agradar. ("te" não é ninguém em especial, é bom que se diga). Eu digo viver vivendo. Sorrindo, gostando, chorando, olhando as coisas. Saindo do pequeno casulo, terreno seguro, terreno familiar. Quando penso neste casulinho chego a sentir raivinha ou peso na consciência. Porque a noite estava linda, eu cheguei e fiquei tão feliz porque a Kelly estava acordada e eu peguei a chave. Eu fiquei feliz quando vi a felicidade simples de todos ali, uma madrugada simples, conversando à beira da piscina de plástico. Entrei, não senti medo de escuro nem de ficar sozinha. Eu não senti medo!!!!! Coloquei um dvd porque eu queria escutar aquela música, que faz a minha alma se dilatar e crescer arranha-céus. Deitei no sofá, estava com sono, mas não queria dormir. Fiquei escutando a voz do Bono, uma coisa boa que passava da tela e das guitarras e da bateria ali para o meu coração e para o meu lap-top e para o papel, corrente inevitável. Me lembrei da cena 14 de "A Praia" (até porque eu fiquei o dia inteiro escutando aquele cd, ininterruptamente). O filme é bobinho, mas tem uma coisa que eu gosto: a luta pelos sonhos (básico, jargão) e a febril intensidade. Céu, mar, amigos. Ei, eu li isto em algum lugar, né Kókot? (Kókot é uma personagem deste blog!!!). Céu, mar, amigos. O mundo que me espera. Muito, muito o que se fazer... muita força e muita inspiração sendo desperdiçada aqui nas minhas esquinas.
São tantas, e são tão intensas que me deixam febril...
Eu convidei o babysauro para ir à praia.
***
Escutando: trilha sonora de "A Praia"

E tem mais!!!

Eu sei. Pra gente formar opiniões a gente precisa apresentar os dois lados da coisa e cada um que escolha o seu lado. Ainda assim, porém, eu acredito que o jornalismo tem um papel maior e mais importante no século XXI. Não basta só informar, é preciso fazer com que as pessoas "olhem e vejam". Quer dizer que isso implica em leitura crítica, em assumir um lado, em mostrar a verdade.
Eu estive pensando nisso quando folheei a Veja desta semana. Eles apontam que criminosos são beneficiados por um "pacote" do governo, com o objetivo da tal "ressocialização". Acontece que não se pode generalizar. Existem casos e casos. A revista compara as prisões de segurança máxima brasileiras com as prisões norte-americanas. Será que é tão difícil entender que lá é lá e aqui é aqui? Será que nosso país seria um país melhor se houvesse a pena de morte, prisão perpétua e se pessoas fossem presas em regime de segurança máxima sem dignidade humana? Não estou defendendo bandido. Mas eu acredito na "tal" ressocialização. Se eu não acreditasse, significaria perder a esperança na espécie humana. Utopia? Talvez. Mas eu acreditarei até o fim dos tempos, seja qual for.
Ainda assim eu admiro a posição da Veja. É muito mais corajosa do que simplesmente registrar uma sucessão de fatos e esperar que as pessoas vejam as entrelinhas. Não vêem (contraditório, sim). A gente sempre precisa esperar que alguém nos cutuque para reagir. Ah, olha aqui a função do jornalismo. Cutucar. Todo mundo odeia ser cutucado, né?
Eis aqui a minha reação.

Tratado perfeito da não-patetice


Engraçado como somos patetas. Chega a ser burrice o modo como todos nós fugimos das coisas, e nos privamos de viver mais intensamente e nos proporcionar momentos incríveis, mas que requerem coragem. Isso é metade patetice e metade burrice. Eu vou fazer o treinamento de PNL em março e estou morrendo do medo. Vou parar de pensar nisso, mas sei que um dia antes estarei em plena crise da ansiedade, soltando o pulmão pela boca. O consolo, tênue, quase convence, é pensar o quanto este medo das coisas desconhecidas me afasta de coisas incríveis. Eu tenho certeza de que 2007 será um ano incrível - e não só para mim, como para meus amigos.
Eu sei que este é o ano decisivo!!! Sim, Kokóta, decisivo. Isso mesmo que você está pensando. Hora de trocar a tinta da impressora (e talvez, a impressora).
[preciso parar de escrever em códigos]
Eu quero fazer natação, terapia do riso. Quero fazer o tal tratamento do pé de uma vez por todas e colocar o meu pobre útero em ordem. Quero fazer academia, não para sarar-me, coisa que não faz minha cabeça, mas para jogar pra fora todos os bichos que vêm e que ficam. São gremlins do humor. Vão roendo o meu humor até que eu me enfio dentro do pote de bolachas [sou paulistana, portanto não direi biscoitos]. E passar todos os finais de semana ao lado dos meus amigos e fazer trilhas por aí. E tirar a *&%#@+ da carta de motorista. E estudar inglês decentemente. E botar as asinhas de fora. De fora mesmo. Aliás, alguém me explicaí. Por quê as pessoas simplesmente não dizem o que estão pensando???
Sabe o que acontece? Acontece que eu quero acreditar que não estou apaixonada por ele. E toda vez que ele me conta que estava na praia com fulana de tal, eu fico roxa de ciúmes. De raiva, resolvi ficar uma semana sem ligar. Mas o coração começou a apertar, apertar, apertar e lá fui eu. Ele apareceu, todo querido, dizendo que eu tava triste no telefone, todo moreninho, com aqueles dentes brancos que se abrem e eu vejo o Cruzeiro do Sul. E aí ele acha que eu estou interessada em saber de suas peripécias. De suas andanças à quatro pernas. Seis, aliás (duas dele, duas da baranga e as duas rodas da moto).
Ah, menina, eu não quero te chamar de baranga, seja você quem for. Mas é que o babysauro é meu, entende?! So, this is the question. Por que eu simplesmente não digo o que penso, já que eu não tenho coisíssima nenhuma à perder? Começo de ano, muitas vontades e muitas crises. Hum. Isso me dá coisas!!!!

Por nada e pra nada


A Helô e o Márcio se casaram neste final de semana e fui à festança com minha mãe. Minha mãe é a porção oposta à mim e tive certeza disto quando chegamos meia hora adiantadas na igreja (a noiva antecedeu propositalmente o horário no convite) e fiquei discretamente sentada nos bancos finais, observando a cerimônia alheia. Minha mãe, não. Claro!!! Óbvio que ela se meteu no meio dos convidados desconhecidos e foi sentar no terceiro ou quarto banco para assistir o casamento da fulana de tal que ela não só jamais viu antes, quanto jamais verá novamente. Claro. Senão não estararíamos falando da minha mãe.
***
E na festa tocou de tudo. Eu fiquei com tanta vontade de me esbaldar de dançar, but. Tinha a minha mãe.
***
Revi os amigos chegados, todos longe, todos afastados. Combinamos a peça para a Paixão de Cristo. A gente sempre combina milhares de coisas. Mas acho que desta vez vai dar certo?
***
Acho que dei um rumo novo para a minha história [tô falando de literatura porque a minha história não tem rumo algum]. Agora preciso decidir se Asta e Brownie finalmente encontram Sophie na floresta ou se os dois ficam procurando procurando e não encontram nada. Odeio tomar decisões...
***
Não sei se gosto desta história de PNL.
***
Pensei bem e cheguei à conclusão de que (é minha opinião) vivemos em um mundo onde o jornalismo tem uma importância muito maior do que simplesmente informar. Eu penso que as fontes de informação não podem mais ficar em cima do muro. Da imparcialidade, devem dar lugar à uma opinião formada, baseada na verdades dos fatos, afinal de contas, são formadores de opinião.
Durante muito tempo me irritei com os jornais que eu assino por serem um tanto tendenciosos demais. Hoje em dia penso diferente. E se eu fosse jornalista tenho uma certa impressão - uma coisa assim de nada - que eu seria também tendenciosa...
***
Estou dando um gelo no babysauro.
***
E hoje eu liguei pra ele, porque quase precisei de seus préstimos. Mas não deu certo. Ele ligou de volta perguntando se eu liguei pra ele. Isso aqui tá parecendo diário, ahahahaha. O meu número não aparece na bina dele. Eu respondi com toda a calma e a maior cara de pau do mundo.
_ Não... não fui eu quem te liguei!
Ahahahahahahahaha. Risada daquelas que a cabeça cai para trás. Está dando ceeeeertoooo porque houve um silêncio estranho depois que eu neguei.
***
É isso que dá ser burro. Pensando bem, acho que burra sou eu, né?
É. Burra sou eu.

Sem promessas, meu amor. Sem promessas.


Uau. Hoje um amigo me chamou assim... "Bom dia, Minha vida" ... que lindo!!! Tão bom começar o ano deste jeito! Tudo bem que ontem eu fui parar no PS, porque o meu olho estava pulando sem parar e eu achei que teria um derrame. Quando eu falei isso para o médico ele deu risada. Sei que vocês também estão rindo agora. Mas veja bem. Eu prefiro provar o caldo antes que ele entorne de vez!!!! Antes que eu tenha o pire-paque, já fui lá falar com seu doutor. Ele fez uns exames [o exame da caneta] e disse que está tudo bem com migo. Migo está ótima. Migo só precisa relaxar um pouco. E de preferência fazer o ciclo completo. Relaxar e gozar. Mas eu tô aceitando só a primeira parte, por enquanto.
Hihihi.
E aí o meu amigo me chamou de sua vida. Sua vida. E eu fiquei tão emocionada, na hora. O Yanai estava me contando suas experiências psicopáticas e eu pensando: ei, espera aí, pára tudo. Olha o que este cara escreveu...
Sei que ando cheia de vontades, de idéias, de impulsos. Paixões irrefreadas [precisamente: recaídas]. Vontade de não dormir e ficar 24h vivendo, vivendo, vivendo. Fazendo tudo o que eu adiei. Mas eu não farei lista alguma. Não vou prometer nada. Vou fazer o contrário. Eu primeiro vou *executar*. E depois eu venho aqui e conto pra vocês.
Tá?

Some words about myself

There was a first movie that I watched already. The Sisterhood of the travelling pants. It´s wonderful, I´ve learnt so much with it. Four friends find out a pair of pants that fit in all of them. So, they share this pants and tell each other the histories that have happened while they was using it. The pants are just a symbol, that give them energy into their lives. They share not only the pants, but *while they are apart for the fist time, having their summer hollidays* they share also their cries, their fears, their happiness, everything that´s happening.
I know how important is friendship in our lives. I´m learning to be among people and not alone anymore. I am learning. And I am an excelent student. I know how important is sisterhood, and this cute movie has inspired me so much. I want to be happy, I want to make people happy and I want to share everything that I have with my real friends.
I´ve decided to write some letters... I am meeting different people of all over the world, and finding out how interest is the fact that everybody - of every place of the world - has the same fears, thoughts and desires. I thought it was all about myself!!!!! Good to know that I am not alone...
God is a smart Guy. He´s cut time in small pieces, and we are tired, so tired, the year´s over. We can just achieve new purposes and a new chance is growing, a new turn of the game. Like the second turn when we´re playing videogame. God give us all the chances even when we guess there is not anyone. So, I´m thinking that I can treat my life about these small pieces. One by one, giving them the attention that they deserve. I deserve and so do you, that´s reading this post, now.
So, this is the first day of a new turn. Try again, laugh again, cry again, learn again, fall again, stand up again, live again. Carpe Diem. Please.
PS: Desculpe por escrever em inglês... na realidade saiu em inglês. Eu vou traduzir esta semana o post, prometo!!!

Não se Maltrate

Ainda pensando em algo diferente para o Ano-Novo. Eu realmente desejo que seja um ano novo... preciso de novidades aqui dentro. Um chacoalhão, talvez. Não quero ficar sozinha e não quero ficar em casa. Estou precisando me sentir livre, precisando de um lugar alto onde os fogos estourem na minha cabeça e ... hahahahahaha! Na realidade eu queria um lugar alto para olhar a cidade inteira porque na minha casa não consigo ver nada. Daí minha amiga lê isso aqui e me diz: não por isso, Mel, eu moro em apartamento....Sei que me fiz entender. Ontem fui assistir um filme com minhas duas irmãs. Minha irmã sempre escolhe o filme. Amor não tira férias. Ótimo filme para as encalhadas, eu disse. Entretanto... não me arrependi de ter visto. Uma porque o roteirista precisa me pagar direitos autorais - o filme foi baseado na minha vida!!!!! Há!!!! A menina é uma jornalista e apaixonada por seu colega de trabalho. De repente descobre que ele está saindo com outra *do trabalho* e num pluft: vão se casar. O chefe anuncia o casório pra todo mundo, antes do recesso de final de ano. Ela faz uma cara de choro!!!! Eu solucei. Já fiz aquela cara. Já vi aquele filme. Já disse aquelas palavras. Já segurei na garganta até chegar em casa. Já me senti pequena. A outra moçoila termina o casamento porque o marido transou com a recepcionista. ahahahahahahaha. Ela não consegue chorar. Como eu, depois de tudo. Como meu coração, que está fechado para se proteger, mas eu não consigo chorar e sentir e isso é horrível, mas Ok. Elas viajam e lindos romances engatam-se e Jude Law é simplesmente entontecedor. Eu não sei exatamente por quê, que mecanismos existiram naquele filme que me fizeram pensar nisso, mas... num momento balãozinhos foram criados sobre minha cabeça e eu me perguntava sem parar o que estou fazendo da minha vida. E daí vinha o nó na garganta.
Trancada, sem viver, sem sair, sem fazer as coisas que gosta, trocando coisas pelo sono desavergonhado. Meu problema no pé [que eu não mostro nem por um decreto] que eu não resolvo. Eu simplesmente me deixei de lado! Eu fui minha maior inimiga durante todo este ano. Me poupei das coisas que mereço e sim - eu mereço um cara lindo, inteligente e adorável como o Graham [o personagem do Jude Law]. Não mereço o cara que não está nem aí e não toma iniciativas. Eu mereço o melhor que existe! Por que estou quase chorando, agora?
As unhas da minha mão estão comidas, e as peles em volta também. Isso é uma metáfora do que eu tenho feito de mim e comigo. Sem disciplina, não tomo os remédios que eu preciso tomar, não resolvo os problemas que precisam ser resolvidos, não faço as coisas que eu tenho vontade e são várias as desculpas, mas na realidade nenhuma delas são justificáveis. Sinto falta de carinho, de beijo, de olhar e me perder nos olhos de um carinha, de me derreter em seu sorriso e de fazer amor. Eu simplesmente me privo de todas estas coisas, cada dia que passa afasto - as de mim com mais intensidade. Como se fosse legal viver sozinha... e viver é tão bom!
Vê como as pequenas coisas - aquelas que julgamos insignificantes - mexem com a gente? Vê como podemos tirar lições de tudo? E tudo está aí para ser desfrutado. Descoberto. Cultivado. Resta-nos o mérito das melhores coisas. Não sei o que será diferente no ritual da virada. Mas asseguro: uma parte de mim vai ficar pra trás, junto com o velho. Sem dó e sem saudade.

Melissa, não: Felícia!

Acho que tem uma lição que é muito importante que eu aprenda. Parar de gostar tanto dos outros e ficar enchendo a bola e mimando e lambendo as pessoas. Bom, acho que eu não sou tão gosmenta assim [até porque eu não tenho paciência pra isso]. Mas eu costumo gostar e gostar pra valer. Quando eu admiro alguém, não me contento só com admirar e dizer. Eu preciso fazer alguma coisa para tentar demonstrar esta admiração com o mesmo peso que ela tem em mim. Talvez porque eu não me contento em guardar pra mim. Eu não sei porque eu sou deste jeito. Mas eu sou. E o que rola é que eu acabo deixando as pessoas sem jeito, sem graça, sem ter o que dizer. Sempre foi assim. Quando eu tinha uns dez anos eu amava a minha professora de literatura. Ela era tão suavezinha e nos dava aula na biblioteca. E quando acabaram as aulas eu escrevi um poema [ou coisa parecida] pra ela. A mulher até chorou, coitada!!! [estou rindo]. Hoje em dia eu morro de vergonha destas coisas que eu faço. Eu queria que as pessoas entendessem que eu faço por verdadeira admiração, é mais forte do que eu!!! E depois eu reclamo que eu faço isso e as pessoas nunca retribuem. É claro que elas não retribuem... huahuahuahua... elas ficam simplesmente paralisadas!!! Foram váááários casos, que minha memória emotiva deletou, por pura vergonha.
Mas não consigo conter minha admiração. E eu acho indigno [como dizem Letícia e Julia] que as pessoas acrescentem tanto em minha vida e de forma tão profunda sem que eu faça algo em troca!!! Qualquer coisa! Mas algo que marque com carinho este gesto de troca, e uma troca que nem sempre é clara entre as partes, entende???
Isto posto, se um dia você for ou se foi um (a) contemplado (a) por meus acessos de amor e crises múltiplas de admiração, não se assuste, não se acanhe! Isto quer dizer que você é importante demais pra eu deixar passar e retribuir sua obra com um sorrisinho e um obrigada-apagadinho. Eu quero é mais. Preciso - pelo menos - tirar de dentro de mim este turbilhão de emoções e a admiração gigante, incessante, inebriante e claro que a culpa disso tudo é sua e não minha!
Estou escrevendo isso porque eu fiz de novo! Sim, fiz de novo... e sim: a culpa é sua!!!!
Uma culpa adorável!
***Eu vou te amar, apertar, abraçar, até ficar em pedacinhos!!!*** [risos]

As minhas verdades


Uma amiga um dia me disse que todo mundo tem sua verdade e que nenhuma deixa de ser relevante. Sei disso. Tento me lembrar. Estou aqui para dizer algumas palavras para quem quer ler.
Quando recebi aquele e-mail super carinhoso e depois, o link do meu blog a ser lido por oitenta pessoas, fiquei extremamente apavorada com toda a exposição. Não tinha caído a ficha que o meu blog era lido por x pessoas. Não escrevo para os outros. Eu escrevo para mim e só. Há quem passe por aqui, alguns amigos que são leitores fiéis: Marcita, Drica, Carla, Adriana, Peu, Ellen e outros que eu não tenho conhecimento porque a galera não comenta [seria muito legal se eu pudesse saber]. Mas na realidade eu escrevo para mim. O que eu escrevo aqui eu não digo por aí. Se eu me sinto mal em um lugar, posso confidenciar para algumas pessoas próximas, mas provavelmente vou despejar aqui tudo o que me incomoda. De que maneira você faz isso? De que maneira desabafa? Eu escrevo no meu blog e quando isso envolve outras pessoas, não cito seus nomes, apenas as circunstâncias. Acaba se transformando em uma historinha. Azar que um dia as pessoas x vêm e lêem e sabem de quem estou falando.
Quero que saibam *todos*, que o fato de eu escrever isso ou aquilo, não quer dizer que eu me sinta superior ou qualquer outra coisa. Existem situações que são pitorescas e como escritora, não posso deixar passar, como a cara do professor de matemática quando o "menininho" lhe fez a pergunta sobre o que escreveu na lousa. Outras vezes eu preciso vomitar minha desaprovação: como o fato dos jovens de hoje acharem muito legal encher a cara e isso não tenho vergonha de dizer e repito aqui: acho horrível e é por isso que nunca estou no meio, porque eu não concordo e não compartilho. É isso o que penso e esta sou eu. E outras vezes eu venho aqui chorar o que não posso chorar no próprio ambiente. Não acho que deva ser julgada pela maneira que eu escrevo, eu escrevo assim e pronto. E falo assim também. Não tenho nada à mais, que não seja o gosto diferente e mais experiência de vida: maturidade não vem necessariamente com a idade, mas quando as pessoas tiverem quase trinta anos nas costas vão entender do que estou falando. Uma pessoa de quase trinta anos nas costas não perde mais tempo com certas coisas e não tem mais a energia que tinha quando tinha vinte e dois. Está em uma fase mais resignada, mais serena e sabe resolver as coisas de um outro jeito e levar a vida de outro jeito. Ela não vai pra balada [no meu caso eu nunca fui], vai para bares conversar com amigos que no meu caso são mais velhos do que eu. Ela vai em exposições, frequenta feirinhas, etc etc etc. Tudo é gosto e identificação. O fato de eu não me identificar com muitas coisas não me torna superior - e nem inferior - a ninguém.
Então por causa do pavor à exposição eu acabei deletando o meu blog e me arrependi algumas horas depois. Perdi os meu textos - todos eles - mas felizmente, alguns deles eu consegui recuperar e estão espalhados por este novo blog. Algumas das coisas que eu escrevi - e que na verdade eu nem me lembrava mais - estão aqui.
Escrever é vomitar, muitas vezes. Não me lembro a última vez que vomitei e nem porquê. Se vocês se lembram ou se encontrarem o motivo, não se deixem levar por ele. Aquilo foi naquele dia, naquela hora. As pessoas não devem ser julgadas pelo seu passado. E eu tento não fazer a mesma coisa.
Este blog combina muito com a minha nova fase: estou limpa! Se eu pudesse recuperar o meu blog eu o republicaria inteiro, não tenho nada a esconder. Mas as minhas defesas estão justamente aqui, dispostas. Entre, tire os sapatos e leia. Pode ser que ao invés de julgamentos, você encontre espelhos por aqui. Amigos. Um outro modo de ver as coisas. Algumas histórias legais de se contar e de saber. O modo como o meu blog - como qualquer outra coisa que se lê - vai afetar você, vai depender do seu olhar e nao do meu.
Tenho e tive minhas feridas. E se feri alguém, peço desculpas. Não tive a intenção de fazê-lo. Muitas vezes ferimos alguém justamente no momento em que nos defendemos. Só peço que não dêem muito valor às coisas que estiverem escritas aqui. Num dia eu sinto uma coisa e noutro, sinto outra. Um dia quero uma coisa, noutro quero outra.
Tudo o que aconteceu me fez pensar e repensar as coisas. Encontrei algumas explicações e percebi que o meu coração estava desativado e que isso aconteceu desde o momento em que escolhi um curso por pura conveniência. Tomei algumas decisões, que para alguns serão motivo para rir. Outros entenderão. Eu não tenho a necessidade de provar nada pra ninguém. Eu só quero buscar o meu coração, onde ele estiver. Já sei onde ele está!
***
Amigos? Sim, os tenho:
"Mel, vou te passar um texto pra depois fazer as devidas explicações: 'Em todas as almas há coisas secretas cujo segredo é guardado até à morte delas. E são guardadas, mesmo nos momentos mais sinceros, quando nos abismos nos expomos, todos doloridos, num lance de angústia, em face dos amigos mais queridos - porque as palavras que as poderiam traduzir seriam ridículas, mesquinhas, incompreensíveis ao mais perspicaz. Estas coisas são materialmente impossíveis de serem ditas. A própria Natureza as encerrou - não permitindo que a garganta humana pudesse arranjar sons para as exprimir - apenas sons para as caricaturar. E como essas ideias-entranha são as coisas que mais estimamos, falta-nos sempre a coragem de as caricaturar. Daqui os «isolados» que todos nós, os homens, somos´.
Mário de Sá Carneiro (in 'Cartas a Fernando Pessoa')
Eu acho que já te passei esse texto antes, lembro que comentei inclusive que ele consegue dizer o indizível. Passei agora de novo pra tentar explicar que tem horas que, por mais que a gente tente, não consegue mesmo dizer o que precisa, o que quer dizer. Então, eu só posso torcer pra que você saiba o quanto a sua amizade é valiosa pra mim, e o significado que ela tem na minha vida. Estar ao seu lado, ser sua amiga, é uma aventura constante. Você surpreende a cada minuto, com sua força, com seu talento, com sua sensibilidade, com sua generosidade, com a sua capacidade de reinventar tudo, sempre. Sem perceber, você transforma a rotina e a vida de quem tá do seu lado, desperta a gente pra coisas maiores, pra enxergar o mundo de outro jeito, pra querer (e ter forças pra) ser melhor. É uma dádiva ser sua amiga. Eu falo que andei picando salsinha na tábua dos dez mandamentos, mas devo ter feito algo muito bom, também, pra compensar a heresia, pra merecer algo assim...Então, Mel, te desejo o melhor Natal do mundo, um Ano Novo mágico, cheio de desafios, realizações, sonhos e alegrias. Que cada momento da sua vida, alegre ou triste, te traga algo de bom, e que vc esteja sempre rodeada de pessoas queridas. Em anexo, mando um poema do Vinícius, lindo de partir o coração (no bom sentido). Beijos, um grande abraço!!! Jú."
***
E por último:
Para você, que escreveu aquele e-mail horrível e que eu imagino quem possa ser, mas não tenho certeza. Que palavras horríveis!!! Imagine se você tivesse razão. Se eu realmente fosse depressiva e se realmente não tivesse amigos para me amparar, como fui amparada - e por muita gente - e se minha consciência me condenasse... o que uma pessoa assim poderia fazer depois de ler um e-mail daquele? Pensa um pouco. Da próxima vez toma cuidado quando for dirigir suas palavras. Elas me feriram. Mas elas poderiam matar.
***
Com sinceridade.

Os meus olhos estão brilhando de novo!

Fui com a Mi assistir o Quebra-Nozes... os meus olhos estão brilhando de novo!!! Pra começar, eu adoro a suíte do Tchaikovsky para o Quebra-Nozes. É tão lindo!!! Quando vi a página grande no jornal e tão colorida, não resisti. Pra que resistir, né?? Cada vez estou mais convencida de que tem certas coisas na vida que não vale a pena resistir!!!
A Mi quase caiu pra trás quando viu o convite. A nossa cara! E os meus olhos [e os dela também] estão brilhando de novo!
Toda vez que isso acontece, saímos do teatro *mudas*. Simplesmente não conseguimos dizer nada. É sempre assim! E não é por falta do que dizer, mas porque falar limita. Na realidade é porque a gente não consegue falar!!!
Então junta-se a emoção de estar ouvindo Tchaikovsky, acompanhada da minha melhor amiga e companheira de todos os projetos e não-projetos, tudo tão colorido, tudo tão europeu [a gente adora!!!], neve, ballet e NATAL!!!! Não poderia ser mais perfeito.
Tem momentos, dias, que a gente não quer que acabe nunca... quer saber? Acho que tudo depende da forma como a gente vê as coisas!!!!
É isso!

Eu não sou dona de mim.

Eu esqueci de escrever.
O velhinho me perguntou, lá na praça da Luz, se eu já me apaixonei. O meu coração estremeceu e eu respondi que sim, duas vezes. Pensei em você e em você.
E eu penso sempre em você e em você. Parece que o tempo vai passar e você e você estarão sempre no meu pensamento...

Feliz! E muito!!!!

Eu não ia sair. Queria resolver as pendenguinhas. Mas o Peu me mandou uma música linda, e eu não sei direito por que motivo, mas as músicas são minhas maiores inspirações. Minha alma simplesmente foge de dentro de mim, ela voa e - claro - me leva junto. E ela disse assim: "Saia! Vá andar, tomar um sorvete com suas amigas, a noite está lindíssima!". E eu vi a imagem do Masp. Chamei a Júlia para olharmos a cidade ali debaixo do museu, é tão linda!Fomos. Júlia, Juliana e eu.Meu Deus, como eu amo a minha cidade! Tá: as pichações, o abismo social, os lugares feios. As pontes. Os túneis. As luminárias do centro e o centro. A Paulista, toda iluminada e festiva para as festas de final de ano!!!
Nós conversamos sobre tudo. E tomamos café no Fran's. E caminhamos por quase toda a avenida.
Acho que me sinto presa à São Paulo por cordão umbilical. Simbiose. Na realidade, a minha alma fugiu e virou uma só, junto com a alma paulistana. Eu adoro adoro adoro São Paulo e eu adoro adoro adoro a noite paulistana, a noite de verão.
E eu adoro as minhas amigas!

Um anjo.

Na realidade se eu pudesse escolher, não teria ido até lá e não teria gastado R$50,00 em livros! Não eu, que estou falida e meia. Papai Noel sabe e me mandou de presente de natal algumas notas promissórias e uma imagem de Santa Edwiges. Claro que ele nem se arrisca a descer na chaminé, porque tem receio de que isto seja contagioso... [ele está certo]
Mas eu fui, né. Comprei livrinhos. Um conto de natal, Maiakóvski, Lya Luft [pro amigo secreto], A Ostra e o Vento e um livro sobre cenas marcantes no Cinema. E depois, perguntei as horas.
_Para moça bonita a gente faz tudo, diz ele. É um velhinho. Usa um aparelho no ouvido. Quer saber o que eu comprei. Mostro-lhe. Me conta uma piada, mas antes quer saber se sou católica.
_ Sim.
_ Muito fanática?
_ Não muito. Se eu disser que sim vou estar mentindo.
A piada é a seguinte: a fábrica de pregos portuguesa contratou o Washington Olivetto para fazer uma propaganda daquelas!!!! E lá foi ele. Qual não foi a surpresa de toda a comunidade portuguesa quando viu o resultado...
A imagem: a cruz de Cristo, vazia. Alguns pregos, na cruz, quase caindo. No chão, Cristo e ao seu lado, um prego. A legenda: "Se fosse pregos molina, isso não teria acontecido".
A direção da empresa não admitiu, ferida em sua fé. E Washington Olivetto a refez. O resultado:
A imagem: A cruz de Cristo. Cristo com os braços abertos, cabeça caída.
A Legenda: "Pregos Molina. Há mais de 2000 anos servindo à civilização".
Ri, e ri gostoso!!! Então o tiozinho me perguntou quantos anos tenho, o que faço da vida, qual minha descendência [branca deste jeito, claro que não pode ser brasileira], não, russa não é porque o seu cabelo é muito preto para isso. Mas eu pinto o cabelo, respondo. Você sabia que o Maiakovski é um autor russo? Eu vou te mandar mais livros, uma lista deles. Me dá aqui o seu endereço de correspondência. Dou-lhe o endereço do escritório. Vou te visitar. Nãããão!!!!!!!! É que... eu trabalho muito,não tenho tempo nem pra fazer xixi. E o da sua casa? Na minha casa não. Ué? Lá é muito pobre? Risos. Me pergunta quantos anos ele tem. Digo que tem oitenta. Ah! Se eu fosse mal educado eu te daria um tabefe!!!! Oitenta? Hummm. Acho que falei besteira. Melissa, penso: você perdeu a oportunidade de ficar quietinha, Melissa. Eu tenho cinquenta e nove!!!! Ah... fico amarela. É que eu perdi os meus avós [piorando tudo] e eu não sei mais a idade que as pessoas mais velhas têm. Quantos anos tem seu pai? 57. E ele tem cara de oitenta também? Risos de novo. Você escreve? Sim. Poesia ou Prosa? Mais prosa. Tem aí? Não, está em casa! Manda pra mim, tá. Serei duro em minhas críticas, mas condescendente quando puder. Sábato Magaldi é muito mole. Eu acho. Agora você vai me acompanhar, eu te mostrarei outros livros, tentarei me lembrar de alguma história de relacionamentos, para te orientar e outras piadas. Talvez russas. E depois lhe pago um café. Sabe o que é, seu moço? Eu preciso encontrar uma amiga. Mas me dê o seu cartão, eu lhe escrevo.
Me beija a mão e me dá três beijos, que é pra casar. Ah! Diz. Falta o meu. Beijo-lhe seu rosto. Seu rosto tem gosto de colônia, que fica na minha boca. Ele sorri.
Um anjo.Destes que vêm para fazer nosso dia ficar mais leve e mais feliz.

Dezesseis de Dezembro


Sim, eu te recuperei, pedacinhos de mim. Fui juntando e aos poucos estou me juntando. Não sei se meu olhar sobre as coisas é o correto e nem quero que seja correto, só quero que ele seja o meu olhar sobre as coisas, e quero poder olhar da maneira como a minha alma ou sei lá o quê vê as coisas. E eu vou continuar olhando, e vou continuar sofrendo, porque olhar é sofrer muitas vezes, e vou continuar dizendo e escrevendo - sim, vou continuar escrevendo e vivendo e amando e sofrendo e gozando. E o que é viver senão esta ardência toda de sentimentos, na pele, na alma, nos olhos, o que é viver senão sentir medo toda vez que o carro despenca na descida da montanha russa???
Eu já disse que eu tenho medo de altura! Eu já disse que eu não sou corajosa...
De-repente me deu uma vontade louca de sair e olhar a noite, está tão bonita!!!! Olhar a cidade, ali sentadinha no vão do Masp. Tomar sorvete, rir com os amigos. Festejar o que deve ser festejado. Chorar pelo que deve ser lamentado.
Acho que sentir medo é parte da alegria que vem depois. Eu tirei 9,5 na prova de Adm. Estava morrendo de medo porque eu peguei no sono e dormi sobre os livros. Você e sua eterna generosidade. Saudades dos nossos papos.
Meu apelido que de Flor de Mel, vou te pagar os merecidos direitos autorais!!!!
Sua risada desacreditada toda vez que percebe que a vida - de verdade - é assim, embora a gente pense que ela não seja!! Na escala de mais e de menos eu não sei e nem quero saber se estou no mais ou se estou no menos. Eu só sei que eu sou diferente daquilo que eu vejo quando olho em volta.
Mas deixa. Hoje eu só quero ser feliz, e feliz do melhor jeito que eu puder ser...
[ouvindo: No surprises - Radiohead]

Esta é pra você, Bilu-Bilu!!!!

_Confesse seus pecados, meu filho._
Tenho pecado não - diz invocado, Leandro, o motoboy. Ali escondidinho por detrás do pinheiro de Natal da recepção. Não o vejo. Isto me lembra aquelas casinhas onde as pessoas entram e confessam seus pecados. Os receptáculos dos nossos podridões hehehe. Nunca entrei não. Faço pior: digo na cara do padre mesmo. Mas o Leandro me dizendo que não tinha pecados, lendo O Estado de São Paulo, enquanto eu ligava para o zôológico.
_Alô, por favor o Ricardo?
_Ricardo?
_Isso. O Ricardo é biológo daí.
Musiquinha.
_Setor de Aves.
_Bom dia, por favor o Ricardo?
_Ricardo? Que Ricardo?
_Biológo. Olhos claros. Fala baixo.
_Um momento....
_Alô.
_Ricardo?
_Sim.
_Oi, é a Mel!
_Oi!
_Por acaso o meu cartão do banco está com você aí?
_Está.
_Ah! Legal! Posso pedir ao moto boy que vá buscar?Leandro coloca o cabeção de maneira que possa me ver. Ergue as sobrancelhas. Está assustado. Resmunga:
_Eu não vou no zoológico não.
_Ah, legal, Rica. Então eu peço pra ele ir pegar. Procura quem? Ah... setooooor [anotando] de répteis. Ok. Beijos!Desligo.
_Não vou.
_Leandro.
[começo a rir]
_Zôológico??
_É! Ele trabalha lá! E ele está com o meu cartão do banco. Ah, Leandro! Olha só que passeio legal! Eu ia amar fazer!!!
_Tchau, então.
_Olha. Você vai na portaria e procura o setor de répteis.
_Rép.
_Répteis. Cobras.
Leandro começa a rir.
_Só por Deus... - abre seu sorriso bobo como sempre faz quando desacredita das coisas que eu apronto. E vai.
14h00
_Oi! Você já almoçou?
_Sim senhora.
_E aí? Como foi o passeio?
Faz cara feia:
_Fiquei uma hora andando dentro daquela porra de zoológico pra achar as porras das cobras.

Meu Deus. Este ano já deu o que tinha que dar!


Sério, tô cantando uma música do Legião já tem algum dias. Não aguento mais! Quero cantar outra coisa, aqui dentro da minha cabeça. Ah. Eu queria estar, agora, deitada em cima das folhas secas, em pleno outono, na Lituânia. Um puta frio, é verdade. Na minha cabeça não é tão frio. Tem sol. É tudo laranja, cor terra. Eu tenho alguma coisa com outono, esta coisa de folhas secas. Freud explica? Desistiu. Eu acho que tem um quê de ancestralidade, aí. Algo como a gente sentir todos os lugares por onde nossos antecedentes passaram. Um "elo de ligação" - huahuahuahua. Elo sem ligação. Elo que desliga. Elo que liga quando quer. Elo sem liga. Elo sexy.
*liga não*. Tá tudo bem por aqui. É que todo ano, nesta época, sempre acabo dizendo a mesma coisa...

Apocalipse


Leitores, não entrem em depressão. Tive que deletar meu blog por questões de cunho - barraco. Um dia nós todos passaremos por um destes, não? Acontece que eu sou uma pessoa um pouco diferente das outras por aí [pro bem e pro mal] e isso causa *desconforto*, e da minha parte, a sensação de ...
Então eu percebi que estou no segmento errado. Sabe o que é segmento? Segmento é quando uma parcela do mercado tem interesses mais ou menos parecidos. E nicho é quando *dentro deste segmento*, uma parte das necessidades e/ou desejos, não estão sendo satisfeita. E o meu nicho é outro!
E o fato é que estou tentando consertar esta coisa de ser um cachorro no segmento dos gatunos. [nada contra um nem contra o outro, é bom que se esclareça aqui, porque isto pode ser usado contra mim no futuro huahuahuahua]
Alguém aí poderia sorrir pra mim, por favor? Eu preciso esquecer que existem depressões montanhosas e dias cinzas. Preciso esquecer que finjo esquecer [mas não consigo], esquecer que amo gente que não presta, esquecer que existem pessoas que são do mal e que o mundo não é feito só de boa gente. Esquecer que estamos em Dezembro, mas hoje está frio. Esquecer que eu tenho uma afta na boca e incomoda pra chuchu. Esquecer que eu vou passar mais um Reveillon sem namorado [é aí que é feita a contagem]. Esquecer que hoje eu não almocei porque estragaram o meu dia. Esquecer que hoje eu me vesti toda de preto. Esquecer de alguns dos últimos 120 dias.
Esquecer.
Eu preciso de você, de colo, de abraço, de risadas. De coragem e de sangue-frio. De um saquinho de vômito...