Só eu vi...
Ela, vestida toda de jeans, dos pés à cabeça. Os cabelos encaracolados, enganando sua idade. É que quando ela virava o rosto a gente via que era uma senhora. Ela estava fumando, sentada no banco de cimento do terminal de ônibus. Sozinha. Mas ali vinha o cãozinho, vira-lata, malhado e de três cores. O cãozinho parou exatamente em frente à ela, e a olhou nos olhos. Ali ele pediu um cigarro.
Daí subiu no banco e se sentou ao seu lado. Ela, receptiva, vira seu corpo em direção ao cãozinho. Ele não encosta nela, embora sinta vontade. Apenas a olha nos olhos. E ela continua fumando, sem reagir, sem fugir, nem nada. Sei lá o que era. Alguém reencarnado no cachorro. Reencontrou a tiazinha, que é super assim amada, mesmo. Mas isso é pra quem acredita nisso, né. Ou então o cachorro estava carente, estava sozinho, e ela também, e ali em minutos houve ainda que em silêncio, uma troca de ais. Ou então, ainda, o cachorro, que é um vira-lata, estava realmente querendo filar um cigarro...
Afinal de contas, está frio. Estamos no inverno. Todo mundo tá estressado, e a vida não tá fácil nem pra cachorro...
***
2 Comentários:
O mááááximo!!!! Este post tá exatamente assim!!!! Amei mesmo! E não foi porque você reclamou minha ausência, não! Eu continuo sempre passando por aqui...
Super beijo
Hahha, otEmo! Alias, outro ponto em comum Mel: amamos reparar nos outros e pensar do porque de tudo aquilo. Bejitosss da Drica <* *>
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