Querido Diário!
É engraçado. A gente fica triste por muitas coisas, mas basta uma coisa pequena pra nos deixar felizes. Estou falando de mim, mas acho que todo mundo é assim, também. É que hoje eu levantei cedo para fazer meus exames odontológicos, e quando voltei, fiz um passeio por aí. Fui na 25 de Março (o limbo) comprar presilhinhas para o cabelo. Depois fui ao Mosteiro São Bento... amo tanto aquele lugar! Deus é tão bom e faz tão bem para a gente, quem não sabe deveria experimentar. Eu entro (em qualquer igreja, mesmo uma capelinha pequena) e... não sei explicar...
Depois fui ao café Girondino, que fica exatamente em frente, tomar um café e comer um pedaço de bolo (eu tive que fazer jejum para os exames). É gostoso observar as pessoas. A moça na mesa ao meu lado que estava super ansiosa esperando alguém (que não veio). Uma família reunida, os pais dizendo para a filha que ela só pode levar um amiguinho na viagem. A menina é super educada e sabe ouvir os pais sem teimar (é difícil).
O café é um dos meus preferidos, e tinha cortininhas verde-amarela. As flores eram amarelas e os garçons estavam vestidos à caráter. Eu adoooooro este café.
No metrô, me sentei em frente à uma moça de trinta e poucos anos (oriental) que estava lendo um livro espírita. Ao seu lado, uma menina (oriental), que estava dormindo. E eu comecei a observá-la (com discrição) enquanto dormia. Ela estava super bem vestida, toda de preto, com uma cacharel e um casaco de zíper todo preto, com listras (tipo adidas) azuis. A moça estava ao mesmo tempo lendo o livro e protegendo a filha, ainda que sem tocá-la. Em dado momento, a menina encostou a cabeça no ombro da mãe, que voltou um pouco o seu rosto em sua direção, sem desviar a atenção do livro. Elas desceram na mesma estação que eu. A mãe pega a mão da filha, como se ela tivesse dois ou três anos.
É bom ver como as pessoas são felizes e se gostam. E quando eu estava falando de pequenas coisas, era disso que eu estava falando...
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Eu preciso, preciso, preciso prestar mais atenção à minha espiritualidade. Eu preciso perdoar, estou guardando rancor e eu não era assim. Estou irritada, e eu não era assim. Estou super consumista, e eu era mais ou menos assim. É que não adianta. Não é o psicólogo que vai me ajudar a superar o que eu já sei que acontece comigo. Eu estou precisando falar, me expressar, colocar minha reserva de carinho e de amor e de muitas coisas pra fora, mas não estou encontrando onde (e com quem; e não estou falando só do namorado que eu não tenho). Daí eu me empanturro de tudo o que tem a minha cara, como se eu estivesse comprando vários pedacinhos de mim mesma.
E depois dá vontade de chorar!
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Chorei agora à pouco, porque eu quero adotar a Isabella. A Isabella é uma cã. Cã é fêmea do cachorro. :-) Mas meus pais não gostam da idéia, e eu tenho que acatar, porque moro na casa deles...
Mas fico triste. É tão difícil de entender o quanto ter um cachorro me faria bem e o quanto estou precisando disso? E os benefícios disso não superam os milhares de cuidados e chateações????
Porque as pessoas são tão egoístas? Alguém pode me responder?
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Portugal está nas semifinais e eu fiquei feliz. Parabéns, Felipão. Não sei que orgulho e felicidade são estes que eu vejo em você, que não seja amor e patriotismo. Ah, acho que é... paternidade, né? Ver seus filhinhos conquistarem alguma coisa. Ok. Vou tentar te compreender, porque confio em você e fiquei feliz por sua vitória.
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Agora eu vou arrumar o quarto e me preparar psicologicamente para o jogo das quatro horas.
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