Eu já sabia...
O que acontece é que eu não queria escutar o que a minha voz dizia [como todas as vezes em que eu não quero aceitar alguma coisa].
Nós éramos um time de estrelas. Mas não basta ser um time de estrelas. É preciso também agir como um time de estrelas.
Havia quem olhasse para a frente e só visse quantos gols precisaria fazer para ser o maior artilheiro. Havia quem só estivesse preocupado em jogar, para ser o jogador maior tempo em campo. Cada estrelinha, ali, estava preocupada com seu próprio universo e com seu próprio brilho. E todo mundo sabe que sozinhos, não se chega a lugar nenhum.
Uma estrela sabe que um dia ela será vencedora, mas no outro ela vai perder. Porque ela é uma estrela, mas existem outras também. E o fato de ela ser ou estar entre as melhores, não quer dizer que seja a única e que não existam outras.
Um time de estrelas sabe que não basta o título de "melhor do mundo". Na hora do vamos ver, o que conta é tudo aquilo que a gente está careca de saber: humildade, técnica, união, vontade, vontade, vontade, vontade, motivação, acreditar em si, no time, no país, respeitar o adversário. Quer? Então faça por merecer. O seu título de melhor do mundo não basta para te trazer a taça. O seu título de pentacampeão não garante os próximos títulos, nem assegura merecimento por uma ou duas copas.
O merecimento é um ciclo que começa e termina e começa e termina... e começa de novo.
E não é só o nosso time de "grandes estrelas" que precisa saber disso tudo. Somos nós, também. A mídia, o Brasil. Aquele que espera, aquele que faz, aquele que vê. Todos nós. E talvez esta seja uma grande lição, que nos traz mais dignidade do que se ganhássemos a copa:
aprender que todo grande campeão precisa saber perder, tanto quanto sabe vencer.
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