Que país é este???
No meio de tanto barulho e de tanta insanidade, coisas pequenas ainda fazem valer a pena levantar cedo, ir trabalhar, e viver a vida. E são nestas coisas pequenas que eu estou tentando manter o foco, agora, e construir um sentido maior para a minha vida.
Estou falando de uma cena que vi, ontem, no metrô, e que me emocionou. O funcionário do metrô avisou a estação onde o deficiente visual desceria, e eu observei, enquanto aguardava o trem. Quando desci, na estação Brigadeiro, lá estava o outro funcionário do metrô, esperando por ele. Ele segurou em seu braço, e foram em direção à saída, conversando. Não sei bem qual foi o mecanismo que esta cena "apertou", aqui dentro de mim, para despertar a emoção que eu senti. Meus olhos se encheram de água. Acho que eu poderia escrever um pouco sobre isso, mas penso que eu direi muito mais se não dizer nada...
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De vez em quando bate uma saudade de alguém que a gente não vê há tempos... um rosto conhecido, distante, mas próximo do coração. Eu senti saudades dele, ele sentiu saudades minha, e me contou um pouco do que anda fazendo. Está trabalhando em uma ONG, está trabalhando com arte-educação, com alfabetização de adultos. Eu o invejei! Mas trata-se de uma invejinha boa, viu. Vou transformá-la em ação. Eu estou com muita vontade e muita necessidade de dividir as coisas e de dar o melhor de mim.
A gente vai se ver na estação São Bento, qualquer dia...
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Não entra na minha cabeça, certas coisas. Eu não sou definitivamente deste mundo, onde os interesses pessoais de cada um está acima de tudo.
Temos um amigo da família que é médico. Eu havia pedido uma visita em casa, para que ele examinasse minha mãe, mas eles me pediram para desmarcar, porque não tínhamos dinheiro para lhe pagar. Que situação chegamos!!!!! Mas me espanta, um AMIGO, cobrar uma consulta! Acho que nos vestibulares de medicina, deviam avaliar o grau de AMOR e de ALTRUÍSMO do candidato, tanto ou mais do que outras coisas... a Medicina deveria ser uma missão, mais do que uma profissão. ..
O dinheiro está acima do que a solidariedade. Estes valores não existem mais, não têm mais peso. Quanto mais se tem, mais se quer.
O Governo do EStado de São Paulo rejeita a oferta do Governo Federal, por puro interesse político! Ele deveria pensar na segurança e bem estar das pessoas, mas por puro jogo de interesses, rejeita a oferta. Não que eu ache que ele deveria aceitar, eu acho que é importante que a Polícia de São Paulo tenha autonomia. Mas eu sei o que pesa mais nesta história. E não é a segurança pública.
Até quando estaremos à mercê deste segundo governo, regido pela criminalidade? Quando eles bem entendem, recuam ou avançam. E só nos resta, também recuar, fugir. E quando passa, a gente coloca a cabeça para fora. Enquanto isso, vemos inocentes serem mortos. E civis. Um dia isso pára. A gente fica esperando. Ou seja... alguém aí ainda pensa que somos livres?
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