Querido Diário
Hoje eu estou triste. Na verdade, eu comecei o dia chorando. Mas primeiro vou falar de ontem à noite, que terminei o dia sorrindo. Rindo bastantão, porque ficava lembrando das trapalhadas no escritório. Mas nem foi isso que me fez sorrir! Sorrir igual boba. Ficar sorrindo à toa. Dã. Foi porque minhas bochechas ferveram e eu fiquei roxa. Não sei onde enfiar minha cara, minhas mãos, deixo as coisas caírem e gaguejo. E quanto tempo eu não me sentia assim!!!!!
Ele ficou sabendo que eu quero ficar com ele, diário! Que vergonha!!!!! E eu quero mesmo. Ele é uma gracinha...
Basta aparecer um menino educado e fofo que a Mel já se derrete toda, esta é a senha.
Mas isso foi ontem. Hoje tudo normal. Cheguei e fui tomar meu café. Mas bastou ele vir e ficar perto, para o pão parar na garganta. Minha cara fecha na hora. Peguei meu leite e meu pão e saí da mesa. Você vai dizer que eu não deveria fazer isso, e eu vou responder o de sempre:
Fingir, só no palco! Ainda que no palco seja também uma verdade. Mas ser o que eu não sou, só em cima de um palco. Fora dele, não dá. Não desce.
Aí você vai me dizer que se ele me incomoda, é porque ainda gostou dele. E eu vou te responder que não. Não posso gostar de uma pessoa que não respeito e não admiro. Não mais. O que acontece, querido diário, é que ele me causa repulsa e revolta.
O que aconteceu?
Minha amiguinha percebeu e foi falar comigo. Comecei a chorar e chorar e chorar. Fiquei sentida, triste, cansada...
***
É fácil usar as pessoas e é fácil agir como adolescente. Se fosse assim, eu não estaria (tão) sozinha agora. Mas eu prefiro ficar sozinha a jogar este jogo irresponsável e imaturo.
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