domingo, maio 21, 2006

Pequenas metas para complicados dias...

Eu não sei onde foi que eu li e me inspirou: "Tudo o que você precisa fazer, é começar". Começar não sei o quê, no caso dos meus leitores fiéis (alguns anônimos). Mas no meu caso, começar uma porrada de coisas que estão empilhadas ali no cerebelo. Ah, esta palavra eu peguei emprestada de um amigo gaúcho, amigo que eu desisti de procurar, mas isso são outros quinhentos. Falar do André demanda um outro post.
E é isso. A ordem é parar de planejar e executar. Minha amiga Mirelli me fez rir, ela me disse que quando estivermos velhinhas, corremos o risco de nos ver exatamente como hoje:
_ A gente precisa fazer alguma coisa.
_ É, a gente precisa.
_ Vamos montar, vamos montar...
_ Vamos!
_ Então vamos...
É, e a gente vai, sim...
Mas isto vai acabar. Não podemos deixar a loucura urbana nos levar embora. Levar nossos planos, nossos desejos, nossas idéias. Tudo isso não se limita só a você e eu, leva embora todas as pessoas. Putz! Este ultimato é pra mim, mas veja se ele serve pra você: /
COMECE!!!!
É assim... quando a gente tá discutindo idéias para uma cena, não adianta ficar falando, falando, falando. Alguém logo diz: vamos fazer? Porque a gente só vai saber, fazendo. Então, galera, vamos fazer! O que eu não sei! Porra! Eu só falo palavrão quando fico brava. Você é que sabe. Fazer cerâmica, para se descobrir. Fazer meditação. Fazer um bolo. Distribuir sopas para os moradores de rua, agasalhos. Sorrisos. Fazer um grupo de estudos, ou um grupo de caminhadas. Ou fazer teatro amador. Ou estudar violão. Ou reciclar jornais. Participar das reuniões do Movimento Humanista. Ler mais sobre Economia, estudar História Mundial. Fazer o que precisa ser feito, é isso. O que é que precisa ser feito? Você sabe, eu sei. Ir ao dentista colocar a droga da placa de mordida. Colocar o santo aparelho. Fazer um financiamento, se você não vai conseguir juntar o dinheiro. Montar uma ong (mas pensando realmente nos outros)... não sei. Você sabe de você e eu sei de mim. E de agora em diante, esta á a frasezinha que não vai sair da minha cabeça:
COMECE!!!!
Ou correremos o risco de nossos verdadeiros propósitos se transformarem em um universo paralelo, pródigamente transformado em mitologias, para aqueles que vem depois.

***

E ontem eu descobri dados importantíssimos sobre a minha personalidade. Descobri que eu fico extremamente mal humorada (beirando à depressão) quando não como direito. Que tristeza! Eu chego em casa e minha mãe abre o freezer, descongelando o arroz, o feijão e o chuchu. Que tristeza eu sinto na alma quando ela aperta o chuchu em gelo, com o garfo. Senti revolta. Pedi para que ela não congele mais a comida... ela me disse que precisa. E no fim, eu não comi. Adoro legumes, mas odeio chuchu! Chuchu não tem gosto de nada, não lembra ninguém! Não me sinto feliz quando como chuchu. Eu sei, eu sei que os menininhos da Somália lamberiam os dedos se tivessem este mesmo chuchu, ainda que em cubinhos de gelo. Mas da licença de eu odiar chuchu? Arroz, feijão e chuchu???? Poderia ser arroz, feijão e ovo. Eu ficaria feliz. Mesmo. De verdade. Mas ver aquele chuchu amassado, sentir o frio do gelo se despedaçando, me deixou triste. Não comi nada. Fui me preparar porque tinha um casamento. E comecei a chorar, porque não queria ir. É sempre a mesma história, eu não tenho carro, não tenho uma companhia (leia: namorado) pra ir comigo e poder me levar. Para estar comigo e me fazer pensar que um dia a gente vai viver a mesma coisa... é, isso dá outro post. Vou parar por aqui. Mas eu fiquei chorando, não queria me maquiar, não sabia o que fazer pra ir, pra voltar. Até que me lembrei que não tinha comido nada.
Coloquei a mesma roupa que eu visto pra ir trabalhar... (digamos que eu vá trabalhar elegantíssima... rs) E a maquiagem, que eu sei fazer, ficou uma droga. Fui comprar o presente de casamento da moça, sim, no mesmo dia do casamento (tem coisas, meu amor, que só a Melissa faz por você!!!!). Esqueci a bolsinha prata que eu emprestaria para a madrinha, minha mãe (leia: chofer...) voltou pra casa pra buscar, enquanto eu comprava o presente e comia alguma coisa. Um lanche do mac. Eu quase sinto os fenômenos químicos cerebrais voltando ao normal.
E na igreja, um longo papo com o Cara. Então, né. Tá difícil, será que dá pra dar uma forcinha? Já dei todos os argumentos, todas as manhas e choradeiras. O que ficou: eu não aguento mais ficar sozinha.
O padre disse: "Juliana, quando Deus fez o Eduardo, Ele estava pensando em você. E Eduardo, quando Deus fez a Juliana, Ele estava pensando em você..." que lindo!!!!
A pergunta que não quer calar... e eu????? Será que eu fui sobra de massa?
...esperando...

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***

Fui assistir A ERA DO GELO... como é bom... Fui assistir na terça-feira, depois do bang-bang, pra relaxar. Nada como ouvir a preguiça falando besteiras e ver o esquilinho se ferrando, pra dar boas risadas depois de uma segunda-feira sórdida.

***

Resumindo:
- Começar.
- Comer.
- Esperar.
- E rir.

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