Enqüanto se sobe as ruas...

Passo pelos mesmos caminhos há pelo menos 19 anos, que é a idade da minha linda irmã caçulinha [que hoje é maior do que eu] - ou seja: nós moramos no mesmo lugar desde que tal criaturinha nasceu [e sorriu, acreditem, na primeira foto, no primeiro instante de vida, mas isso não vem ao caso]. Passo pela mesma rua há 19 anos e nunca reparei:
lá embaixo, na parte terrível [a rua é comprida e eu moro na parte ok], tem uma oficina, e o dono da oficina por algum motivo [um dia eu descubro] pendurou na parede do seu quintal vááários brinquedos velhos. Velhos não, acabadíssimos. Do tipo boneca-sem-cabeça ou sem perna.
A vontade é descer e analisar porque é no mínimo curioso!!! Será que mora ali alguém que não teve infância? Um sádico? Um colecionador excêntrico? O funcionário do papai noel? Ou o próprio, escondido, que além de bonzinho é inteligente e recicla os brinquedos velhos? Não, ele não moraria no Lauzane, ou seria internado em três dias.
Mas enqüanto não sobra tempo para que EU possa cometer minhas esquisitices, fico tentando entender! Ora, entender. Entender não é um verbo muito aplicável ao século XXI, foi abolido. O fato é que naaaaada é por acaaaaaso... E aquele monte de brinquedos pendurados na parede, sem cabeças e sem pernas, descabelados e sujos, me deram uma idéia!!!
Clarisse, quando vir a ser montada, precisará de um cenário... hehehe... falar da infância deturpada combina com brinquedos sem cabeça e sem pernas... DE MODO QUE agora eu preciso realmente descer e agradecer à seja lá quem for o dono daquela casa pela inspiração [mas é fato também que eu farei isso do portão, porque nunca se sabe...].
E hoje eu estava olhando as fotos do Fashion não sei o quê 2006, porque um dos desfiles foi inspirado no livro "O Jardim Secreto", que eu amo, o livro e o filme. E o cenário do desfile parecia vários pedaços de papel crepom picadinhos e juntinhos, que de fato lembrava o jardim. Cenário este que será roubado quando eu montar a histórinha hehehe. Sempre quis, mas a dúvida era como representar o jardim maravilhoso, colorido, lindo, lindo, lindo...???
É por isso que eu digo: durma menos! Abra os olhos porque há muito o que ser visto. Mas ainda não faço o que digo.
***
Subindo a rua, estávamos atrás do carro do lixo. Os lixeiros são os mesmos de sempre. E sempre acontece a mesma coisa: a gente reduz a velocidade e espera, porque a rua é estreita demais para ultrapassar. E eu fico observando cada um deles trabalharem. Trabalham felizes e fazem tudo juntos, de alguma maneira, um sempre ajudando o outro. Passam fazendo festa. Chegam a pegar o lixo da gente com carinho. Acontece sempre a mesma coisa: meus olhos se enchem de água e eu choro.
Nunca ninguém reparou, e nem eu entendo direito. Um dia aquele que me fez há de me explicar, porque uma cena tão simples me emociona tanto e me emociona sempre.
Dedico este pedacinho à eles.
***
Frase do dia:
lá embaixo, na parte terrível [a rua é comprida e eu moro na parte ok], tem uma oficina, e o dono da oficina por algum motivo [um dia eu descubro] pendurou na parede do seu quintal vááários brinquedos velhos. Velhos não, acabadíssimos. Do tipo boneca-sem-cabeça ou sem perna.
A vontade é descer e analisar porque é no mínimo curioso!!! Será que mora ali alguém que não teve infância? Um sádico? Um colecionador excêntrico? O funcionário do papai noel? Ou o próprio, escondido, que além de bonzinho é inteligente e recicla os brinquedos velhos? Não, ele não moraria no Lauzane, ou seria internado em três dias.
Mas enqüanto não sobra tempo para que EU possa cometer minhas esquisitices, fico tentando entender! Ora, entender. Entender não é um verbo muito aplicável ao século XXI, foi abolido. O fato é que naaaaada é por acaaaaaso... E aquele monte de brinquedos pendurados na parede, sem cabeças e sem pernas, descabelados e sujos, me deram uma idéia!!!
Clarisse, quando vir a ser montada, precisará de um cenário... hehehe... falar da infância deturpada combina com brinquedos sem cabeça e sem pernas... DE MODO QUE agora eu preciso realmente descer e agradecer à seja lá quem for o dono daquela casa pela inspiração [mas é fato também que eu farei isso do portão, porque nunca se sabe...].
E hoje eu estava olhando as fotos do Fashion não sei o quê 2006, porque um dos desfiles foi inspirado no livro "O Jardim Secreto", que eu amo, o livro e o filme. E o cenário do desfile parecia vários pedaços de papel crepom picadinhos e juntinhos, que de fato lembrava o jardim. Cenário este que será roubado quando eu montar a histórinha hehehe. Sempre quis, mas a dúvida era como representar o jardim maravilhoso, colorido, lindo, lindo, lindo...???
É por isso que eu digo: durma menos! Abra os olhos porque há muito o que ser visto. Mas ainda não faço o que digo.
***
Subindo a rua, estávamos atrás do carro do lixo. Os lixeiros são os mesmos de sempre. E sempre acontece a mesma coisa: a gente reduz a velocidade e espera, porque a rua é estreita demais para ultrapassar. E eu fico observando cada um deles trabalharem. Trabalham felizes e fazem tudo juntos, de alguma maneira, um sempre ajudando o outro. Passam fazendo festa. Chegam a pegar o lixo da gente com carinho. Acontece sempre a mesma coisa: meus olhos se enchem de água e eu choro.
Nunca ninguém reparou, e nem eu entendo direito. Um dia aquele que me fez há de me explicar, porque uma cena tão simples me emociona tanto e me emociona sempre.
Dedico este pedacinho à eles.
***
Frase do dia:
- "Não me enrola que eu não sou panqueca".
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