terça-feira, janeiro 03, 2006

De formigas e do que os olhos não vêem...

Pois é. O ano mudou mas as preocupações continuam... não sei se vou conseguir prestar vestibular - tarde, mas antes tarde do que nunca e me perdoem o jargão - porque os cursos estão caríssimos e eu teria que simplesmente dar adeus ao meu salário que é tão pequeno quanto uma formiga. Formigas não fazem faculdade mas eu quero e preciso. Bem, o fato é que eu estava querendo fazer Relações Internacionais, para "mudar o mundo". Risos. É verdade. Entender das coisas que poderiam levar o mundo a se ajudar mutuamente e reduzir os problemas mundiais - como a fome na África - juntos. Utopia da brava. Ou não, mas agora estou na fase mais pé no chão. E tem um lado meu que até se daria bem nisso de Relações Internacionais... mas ontem me perguntei se passar a vida dentro de um avião é o que eu quero pra mim...
Quando olho meu futuro eu vejo uma casinha simples, num lugar tranqüilo, com um cachorro, uma janela com uma vista razoável (para não dizer a Patagônia Chilena rs), ou seja, uma vida bucólica, simples, calma, ainda que este lugar-paraíso seja em São Paulo mesmo. Quer dizer, não sei se escritórios, aviões, mil línguas e imensas salas de reuniões são o que eu quero pra mim... será??? Ainda que por trás disso tudo tenha um justo objetivo e maior do que tudo... mas é a minha vida!
Estou num cruzamento, não sei se sigo por aqui ou por ali...
Bem, vou perguntar às formigas, elas são espertas e certamente saberão me aconselhar.
***
Ontem minha colega de trabalho me disse que todos gostam de mim. Isto foi porque ganhei um porta-incensos de sapinho, do meu amigo Marcito. Todos me dão tudo o que existe de sapo na face da terra. Eu fico feliz. Mas ontem, diante do comentário da mocinha, fiquei triste. Porque quase todo mundo gosta de mim. Se alguém simplesmente não gosta ou não fede nem cheira, ok. Mas se um dia alguém me adora, me ama, me isso e me aquilo, e no dia seguinte me ignora, me despreza, como se eu não existisse e como se nada tivesse acontecido, como se fossemos dois estranhos, fico triste, muito triste.
Mas eu sou assim, igual criança. As pessoas me tratam mal e eu continuo mantendo afeto. Talvez porque enxergue qualidades dentro delas que elas próprias não notem em si. "Coisas que os olhos não vêem"
Ontem à tarde quando a Renata me disse que todo mundo gosta de mim, fiquei tão triste! Eu gostaria de verdade que todos gostassem de mim. Não sei lidar com o desprezo das pessoas. Não demonstro, mas isto realmente me atinge. Não sigo a linha "foda-se e seja feliz". Eu me importo.
A controler saiu distribuindo docinhos para o escritório inteiro e simplesmente passou por mim direto, sem nem sequer olhar para a minha cara. Será que é porque eu sou recepcionista? [risos] Já é a segunda vez que faz isso.
Claro que o existem exceções para todas as regras... [cujos nomes não merecem ser citados aqui] mas não acredito e não quero que você [já estou falando de outra pessoa] seja esta exceção. Eu passei a te desprezar quando me decepcionei com a sua conduta. Mas eu não quero te desprezar...
Quase sempre é nas coisas boas que eu me apego e fica difícil de deixar pra trás. Você não se importa e talvez minhas amigas tenham razão quando me dizem que você não merece meu sofrimento. E não merece mesmo. Mas isto não tira o fato de que eu sinto muito a sua falta... não é o meu corpo que sente falta do seu, porque GRAÇAS A DEUS já não sente mais. Não é o meu corpo que me rege!!!! Mas é a minha alma que sente falta da sua.
É engraçado... o tempo passa, você só me desrespeitou, mentiu, fingiu, dissimulou, isto das coisas que eu TIVE CONHECIMENTO, e o motivo que me leva a não olhar para você não é raiva, é dor. Raiva eu não sinto. É que ver o seu desprendimento me decepciona. Você realmente não se importa.
Um dia eu aprendo a ser assim. Reciclável. Ou descartável?
***
Eu quero doce.

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