domingo, janeiro 29, 2006

O que a gente sabe onde vai dar...

Eles eram diferentes, mas a porção principal, ali, era igual, tanto em um quanto em outro, o que os tornavam muito parecidos. Ela, às vezes intelectual. Às vezes porque nem ela agüentava muito este papo fino demais, culto demais, fresco demais, ateu demais. Fugia de todos os homens cultos, todos os que eram uma enciclopédia ambulante porque não existe mais um Santo Agostinho: homem culto e católico. Muito embora ela saiba que hoje em dia a coisa está tão difícil que basta que ele saiba fazer o sinal da cruz, vá lá. Mas não são assim, os homens. Se sabem demais, duvidam demais. Enfim. Ela, algumas vezes intelectual e outras sendo apenas uma menina. Ele, um sem-rumo. Sim, lê jornais. Mas ela o perdoa, porque também achou Dom Casmurro um saco. Eles se entendem porque são parecidos de jeito. Gostam de observar: pessoas, coisas, bichos. Quietinhos. Ela sabe que ele gosta de se aninhar em seu ombro e ela adora quando ele faz isso. Sabem todas as letras dos Paralamas. Cantam juntos quando ele dirige. Ele dirige e ela toma água e olha a estrada, ou as ruas. Ela canta, ela ri, ela beija sua bochecha. Ele faz carinho no queixo da menina, que se desmancha. E sempre quando chegam no destino, seja qual for ele, ela já está dormindo, com a cabeça encostada no vidro e a baba escorrendo pelo rosto. Ele vê e explode em ternura. Depois tira sarro, esconde a parte dos carinhos. Ele olha as meninas na rua e ela finge que não vê e finge que não sente ciúmes. Ele a protege quando atravessam as avenidas. Ele ajuda na decoreba dos textos. Odeia teatro mas nunca perde uma peça dela. Ela odeia cerveja, mas está sempre ao lado dele nos bares, porque precisa dirigir o carro quando ele encher a cara até cair. Ela balança a cabeça e o leva até o carro e não o coloca debaixo do chuveiro gelado porque fica com dó. Ele sempre quer que ela vá junto mas não sabe explicar bem porquê. Ela sabe quando está sobrando, mas nem assim ele deixa de cuidar dela. Um olho na gata e outro na menina. Eles adoram andar descalços, isso depois de muito tempo até que ela perdesse a vergonha do pé. Ele se diverte. Eles fazem tudo juntos. Ou nada, mas sempre juntos. Andam no parque, treinam o inglês, olham os cachorros, tomam caipirinha, sorvete. Ela dorme na casa dele quando ele está triste. Ele vai até a casa dela quando ela não quer sair. Ele gosta de olhar enquanto ela dorme mas ela ainda não sabe disso. Eles colecionam cartões telefônicos e conversas jogadas fora. Ele dorme no ombro dela quando vão ao cinema assistir comédia romântica. Ela faz o mesmo quando o filme é de ficção científica. Ela cobre as mentiras dele para suas namoradas. Ele fura os encontros pra tomar sorvete com colher de sopa, junto com ela, no sofá da sala. Ela é a única pessoa que o viu chorar. Ele detesta quando a vê chorando. E ele sabe que ela chora muito. Ele odeia quando ela veste preto e adora quando veste azul. E ela adora quando ele tira a camisa. De vez em quando eles ficam comparando os tons de pele. Ele não deixa que ela fique na praia depois do meio dia. Ela sabe quando ele fica de mau humor e sai de perto. Sabe quando ele quer ficar sozinho. E ele sabe quando ela fica de mau humor e sai de perto. Sabe quando ela quer ficar sozinha. E depois que acaba a fase, eles simplesmente ficam ali no sofá sentados, um do lado do outro, sem dizer nada e sem precisar dizer. Até que um dos dois ache graça no silêncio e comece a rir. Eles adoram rir juntos. Rir deles e da cara dos outros. E eles adoram andar na chuva. E tudo de bom que aconteceu na vida dos dois foi debaixo da chuva. E agora eles estão correndo e está chovendo. Eles iam ao cinema. Resolveram esperar debaixo de um toldo. E agora eles brincam de dar beijinhos. Assim ele resolveu dar um beijo na amiga. Mas isso já faz uma hora e ainda não conseguiram terminar o que era pra ser só um beijo...

sexta-feira, janeiro 27, 2006

PIMACO 6181

Super legal.
Tenho que admitir que meu dia começou super legal, porque eu cismei que queria ir de saia [cutewear] e sandália. Cheguei a improvisar um esmalte nas unhas do super-pé, assim igual ao meu nariz... saí e voltei, porque basta bater um ventinho mais frio no meu braço pra que eu pegue minha blusa de lã... voltei e vesti meu casaquinho branco. E tomei o caminho da "roça". Uma roça que eu adoro, é verdade. E no meio do caminho, uma pedra. Uma pedra no meio do caminho... [risos], bem, é que começou a chover. Na verdade, começou a cair o maior pé d´água, enquanto eu estava dentro do ônibus, descendo a Brigadeiro. Eu literalmente pedi ao Papai do Céu que por favor parasse a chuva para eu descer, pois estava de pés e perninhas de fora. Verdadeiro nojo ficar ensopada de água da chuva respingada pelos ônibus. Mas deu certo. Alguns minutos depois, quando eu desci do ônibus, a chuva já tinha diminuído.
Fico perguntando ao Papai do Céu porque não atende meus pedidos básicos. Parou a chuva... o que custa fazer o Caco Ciocler tropeçar no meu pé? [ok, estou só brincando] [mas vocês entenderam].
No meio da manhã o sol já tinha aparecido e eu liguei o ar da recepção, e guardei meu casaquinho no cabide. A vida corre. Renata pegou trânsito. Dou risada quando a escuto rir, parece que ela sofre pra dar risada!!!! Olho pra cara da Marisa e me lembro que esqueci a câmera digital que eu prometi. Marcio Lucas me traz o calhamaço - caralhamaço - da Price. E eu - é claro - devolvo antes do almoço.
Gladstone já me ligou cinco vezes e não são nem duas horas da tarde. Mas já são mais de três e meia quando dona Coelho vem me dizer que eu preciso fazer todas as etiquetas dos convites para a inauguração de Foz para hoje. São oitenta. Tudo bem, se eu não fosse tão nó cega para fazer etiquetas. Mas antes preciso terminar a price, porque apareceram mais umas trinta contas para eu digitar. Mas antes preciso passar o fax da Telma e confirmar. Mas antes preciso tirar as xerox do André, ele se ofereceu pra fazer, mas largaria a "visita" a ver navios na sala de reunião...
Quase choro.
Antônio vem me perguntar se eu quero uma sacola e eu respondo que sim sem nem olhar na cara dele... [risos] [ele percebeu o meu desespero e saiu de mansinho]. Maurício, então, coitado. Quase chorou - e isto é sério - junto comigo quando ali no meio da bagunça, veio me pedir pra passar outro fax. Eu tento disfarçar, mas... são quatro e meia e as porras das etiquetas não dão certo! Preciso digitar todas elas e prestar atenção porque são mil Infraeros e cada uma em um andar diferente do prédio que fica em Brasília, e no aeroporto de foz e ...
Penso na possibilidade de eu mandar o convite do cara de Francisco Beltrão para o cara de Foz e do cara de Foz para o cara de Francisco Beltrão.
E as pessoas começam a ir embora, algumas. Termino de digitar as porrinhas quando já são pra lá das sete e só agora a Luciana se tocou que eu ainda estou no escritório. Ri da minha cara, eu também. Adriana me perguntando no msn porque estou triste e me mandando joaninhas.
Porque é que determinadas pessoas sempre percebem quando estou triste? Porque eu não consigo disfarçar? Melissa!!!! Você é uma atriz... não, a minha vida não é um teatro e e não sou falsa, nem hipócrita, nem a Mulher-Maravilha e hoje eu estou triste.
Pára, pára de chorar. Recepcionista chorando na recepção causa sustos. Sem contar o fato de que você está usando rímel... vai parecer uma gótica com a cara toda borrada de preto e o cabelo escurecido e esta pele pálida.
Peço socorro à Coelho, porque só o amor constrói. Vai, moça. Você que ama, você que voa, você que viaja, me ajude a imprimir as porrinhas. Ela, toda animada, vai medindo folha por folha milimétricamente como se fosse um vestido de noiva. Já escureceu lá fora. Minha chefe foi embora. Luiz vem entregar uma nota fiscal, dou risada porque ele é irônico:
"Achei de uma crueldade atroz" - diz ele. Mas não me lembro mais do quê ele estava falando, na hora eu estava prestando atenção no Prefeito de Foz de Iguaçú a quem chamei de SENHOR [e não Excelentíssimo]. E no Oswaldo Sansone que tem nome de marca de bolsas.
Adrianinha chega e bota eu e a Lú no bolso. Termina de imprimir as etiquetas em dez minutos:
"Porque vocês não experimentam diminuir a fonte e centralizar?"
Elementar, minha cara Sollitto. Lógico. Eu tinha pensado nisso, mas não queria ofuscar a Luciana com minha brilhante inteligência [é mentira]. O prêmio das minhas duas amigas foi uma bala e um beijinho!
Sei que é pouco, mas eu prometo que as próximas cem porrinhas serão por minha conta!
***
Hoje vi um cachorro no terminal. Ele era branquinho e parecia uma pipoca. O meu coração apertou porque eu queria levar ele pra mim. Ele estava procurando formigas.
***
Eu queria colo...
***

quarta-feira, janeiro 25, 2006

de bico

Olha, na próxima vida eu quero ser menos tapada!!!! Menos tapada, menos travada, menos Ema, menos besta, menos envergonhada... é certo que eu já agarrei um cara no metrô, mas ele tava ali comigo, já era "meu", eu estava segura. Tudo o que eu fiz foi dizer com o beijo: escuta, vamos parar de falação???
Agora... esta coisa de olhares... de gracinhas... uma que eu nunca sei quando o cara tá sendo sincero ou quando ele só tá brincando. Eu sempre acho que ele tá sendo sincero e SEMPRE me phodo.
E... é, ontem minha orelha estava ardendo. A orelha direita. Eu disse para o bofe: minha orelha está ardendo. O carinha nem sabe que ele é o vinagre da minha salada [kakakakakaka]... uma coisinha fofa que dá vontade de...
...beijar!
Só que - óbvio - a Melissa não abre a boca!!!!! Ela nem ergue os olhos nas raras vezes em que o vê, fica amoada parecendo um coelho assustado. E aí, minha gente, ontem minha orelha estava ardendo e eu disse para o cara. Ele me respondeu que se estivesse perto de mim me daria um beijo, mas não sabia se adiantaria...
O que é que a Melissa fez????
Naaaaaaaada........................................... amuou-se ainda mais no vermelho da timidez e no amarelo da tapação.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Viver sem moderação...







Você bebe com moderação. Você beija com moderação. Você se envolve com moderação. Você vota com moderação. Você aproveita o dia com moderação. Você dança com moderação. Você faz amor com moderação. Você ri com moderação. Você valoriza sua família: com moderação. Você ama com moderação. Você briga com moderação. Você acredita com moderação. Você chora com moderação e sofre com moderação. Você pensa com moderação. Você arrisca com moderação. Você busca com moderação. Você tenta com moderação. Você anda com moderação. Você vive, com moderação...

No entanto, toda a vida te é dada sem moderação. No passado, alguns quiseram este privilégio e não tiveram. Hoje, estão de algum lugar nos assistindo, ansiosamente e apaixonadamente e dariam tudo para poder respirar um pouquinho que seja deste ar livre a que dispomos. Um tempo imoderado. Por vezes, ficam tristes. Ficam, quando notam nosso jeito moderado, tímido, de viver. E dizem, cabisbaixos:

"Ah, se eu tivesse a sua liberdade"...

sábado, janeiro 21, 2006

Merecem o registro


Eu e a Lú fomos juntas embora, ontem. A gente sempre dá muita risada, mas ontem ela tava triste por alguns motivos, ansiosa por outros... [e eu percebi no decorrer do dia]
A gente tem em comum a dor do passado e a ansiedade do futuro...
Antes de ela descer, no metrô tietê, eu disse:

_ Lú! (...) A Marcia faz mó falta, né?

Ela confirmou:

_ É, acho que é por isso que eu tô assim, também.

Os gatos são sempre injustiçados... [quase] todo mundo prefere os cachorros...

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Swing, swing...

Empolgação foi um presente que Deus nos deu que funciona como aspirina [no meu caso anador dá mais certo]: a gente encontra o mecanismo de despertar esta coisinha que dá vontade de sair pulando por aí e falando qualquer coisa mesmo que esta coisa não signifique coisa nenhuma. Tenho que tomar cuidado porque não sei bem que mecanismo é esse e tenho a declarar que a empolgação às vezes quase sempre vêm em pleno horário comercial [e acho que tem gente que percebe]. É por isso que eu saio assobiando a musiquinha do "Ciliro" [torradinho do Luiz] ou dando risada por qualquer bobeira ou fazendo piada ou rindo da cara de alguém ou rindo da minha própria cara.
Empolgação é o que me fez balançar o carro da Dri - tive a ajuda da Luciana, porém - enquanto a gente voltava do almoço [hut, hut, Pizza Hut!!!] dançando tspum tspum no carro [flying fiesta].
Quase meia noite, se eu pudesse escolher neste momento eu estaria em todos os lugares, menos escrevendo este blog e cantando Erika.
[risos]
Mas eu tô feliz mesmo assim. Santa empolgação...
***
[saudades do cariño... "minha companhia"...]
Vou te roubar um beijo, um beijo de empolgação, de oi e de tchau, de até logo, de carinho, de querer bem...
Você tem merecido...
"Kiss me, out of the bearded barley
Nightly, beside the green, green grass
Swing, swing, swing the spinning step
You wear those shoes and I will wear that dress
Oh, kiss me beneath the milky twilight
Lead me out on the moonlit floor
Lift your open hand
Strike up the band and make the fireflies dance
Silver moon’s sparkling,
so kiss me..."

***

Frase do dia:

" a lagartixa é gelada? Pede uma sem gelo" ....... [meu pai]

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Recado para o mundo:

Chega de cú doce!!!!!!!

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Porque eu tenho MUITA imaginação...

Surpresas [desagradáveis] durante o dia. Amigas por perto, graças à Deus. Crises de tosse, não consegui falar com o "Ciliro" e depois a crise foi da tosse para o riso, porque fiquei imaginando a cara dele enquanto me ouvia quase morrer de tossir do outro lado da linha. [só me fodo e estou na fase de falar palavrões]
Pedi conselhos para a Tia Esmeralda e ela nem me deu bola. Magoou um coração. [cara de pau]
Depois, à tardinha, alguém falou em sorvete e eu fico aqui me perguntando se eu não entendo as indiretas ou se sou assim muito assanhada mesmo, porque ele me fala em sorvete e eu já penso em beijo gelado. [preciso tomar jeito]
Mas nada. Ô homem sem atitude. Me chama logo pra tomar um sorvete na padaria perto do seu prédio, eu meleco sua blusa de chocolate branco só pra provocar e em troca você me dá um beijo hehehe. Ah, pq pq pq, não existem motivos para se dar beijos. Afinal somos livres e fofos. E hoje o dia estava tão lindo!!!!! A tarde com o sol ardendo o couro!!!!!! Aquela suadeira toda!!!!! A pressão lááá no péééé... uma ma-ra-vi-lha! Você podia se tocar e vir soprar meu pescocinho, mas sua imaginação ainda não encostou perto da minha... [posso te dar umas aulinhas a primeira aula é de graça]
Daí resolvi ir para a Paulista, depois que tomei o sorvete, o tal sorvete, e fui atrás do dvd que eu queria comprar (In América, Jim Sheridam). A menina canta "Desperado", do Eagles, numa das cenas. Deja vu??? Ou Vudu??? hahahahahaha... não sei bem, não sei bem... mas o filme é mesmo maravilhoso, o mais lindo e perfeito que eu já vi. Narrado por duas meninas, duas crianças. A perfeita visão do mundo. A única, pra falar a verdade... [alívio]
O moço da loja eu desconfio que seja um anjo. O olhar tão doce!!! E olha só, quando eu fico falando estas coisas, acreditem em mim, senhoras e senhoras. Se eu tô dizendo que é doce é porque É DOCE! Ele praticamente não disse nada, mas disse tudo com os olhos e eu quase me desmanchei. Não dá pra explicar. Nestas horas o meu cupido deve estar dormindo... cupido burro! Cupido vagal!!! Onde anda você, heim? Quando passar outro traste perdido e sacana, daí você acorda, todo arregalado, né???? [é, sim!]
Enfim. Acabei que resolvi assistir um filme. Vi Cidade Baixa e babei com a interpretação dos três. Estou de boca aberta até agora. PUTZ! Precisa ver a cena em que eles brigam à tapas. Perfeita. Fora... bom, deixa pra lá. [nos-saaaaa]
Saí do cinema e ao invés de ir de metrô, escolhi pegar aquele ônibus que faz um tour pelo Velho Centro. A noite estava linda, magnifíca. Mosquitos e tal. A lua que parecia que era o sol que esqueceu de ir embora: ela estava gorda e laranja! O Velho Centro todo iluminado por aquelas luzes antigas, charmosas... me faz amar ainda mais minha cidade. Me faz sentir vontade de descer do onibus e ficar simplesmente caminhando por estas velhas ruas, iluminadas, debaixo deste céu aberto e maravilhoso! Falar mais é pecar: as palavras limitam a beleza. É simples: é só o ônibus, são só as ruas do centro de São Paulo e é só uma noite de verão...
Uma linda noite de verão... [ainda que sem companhia e sem sorvete]

sábado, janeiro 14, 2006

Enqüanto se sobe as ruas...












Passo pelos mesmos caminhos há pelo menos 19 anos, que é a idade da minha linda irmã caçulinha [que hoje é maior do que eu] - ou seja: nós moramos no mesmo lugar desde que tal criaturinha nasceu [e sorriu, acreditem, na primeira foto, no primeiro instante de vida, mas isso não vem ao caso]. Passo pela mesma rua há 19 anos e nunca reparei:

lá embaixo, na parte terrível [a rua é comprida e eu moro na parte ok], tem uma oficina, e o dono da oficina por algum motivo [um dia eu descubro] pendurou na parede do seu quintal vááários brinquedos velhos. Velhos não, acabadíssimos. Do tipo boneca-sem-cabeça ou sem perna.

A vontade é descer e analisar porque é no mínimo curioso!!! Será que mora ali alguém que não teve infância? Um sádico? Um colecionador excêntrico? O funcionário do papai noel? Ou o próprio, escondido, que além de bonzinho é inteligente e recicla os brinquedos velhos? Não, ele não moraria no Lauzane, ou seria internado em três dias.

Mas enqüanto não sobra tempo para que EU possa cometer minhas esquisitices, fico tentando entender! Ora, entender. Entender não é um verbo muito aplicável ao século XXI, foi abolido. O fato é que naaaaada é por acaaaaaso... E aquele monte de brinquedos pendurados na parede, sem cabeças e sem pernas, descabelados e sujos, me deram uma idéia!!!

Clarisse, quando vir a ser montada, precisará de um cenário... hehehe... falar da infância deturpada combina com brinquedos sem cabeça e sem pernas... DE MODO QUE agora eu preciso realmente descer e agradecer à seja lá quem for o dono daquela casa pela inspiração [mas é fato também que eu farei isso do portão, porque nunca se sabe...].

E hoje eu estava olhando as fotos do Fashion não sei o quê 2006, porque um dos desfiles foi inspirado no livro "O Jardim Secreto", que eu amo, o livro e o filme. E o cenário do desfile parecia vários pedaços de papel crepom picadinhos e juntinhos, que de fato lembrava o jardim. Cenário este que será roubado quando eu montar a histórinha hehehe. Sempre quis, mas a dúvida era como representar o jardim maravilhoso, colorido, lindo, lindo, lindo...???

É por isso que eu digo: durma menos! Abra os olhos porque há muito o que ser visto. Mas ainda não faço o que digo.

***

Subindo a rua, estávamos atrás do carro do lixo. Os lixeiros são os mesmos de sempre. E sempre acontece a mesma coisa: a gente reduz a velocidade e espera, porque a rua é estreita demais para ultrapassar. E eu fico observando cada um deles trabalharem. Trabalham felizes e fazem tudo juntos, de alguma maneira, um sempre ajudando o outro. Passam fazendo festa. Chegam a pegar o lixo da gente com carinho. Acontece sempre a mesma coisa: meus olhos se enchem de água e eu choro.

Nunca ninguém reparou, e nem eu entendo direito. Um dia aquele que me fez há de me explicar, porque uma cena tão simples me emociona tanto e me emociona sempre.

Dedico este pedacinho à eles.

***

Frase do dia:

  • "Não me enrola que eu não sou panqueca".

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Frases do dia

  • "A vida não funciona assim!" [fonte fidedigna!]
  • "Nem só dos coices se reconhece um cavalo... " [ligando o substantivo e os adjetivos à determinadas pessoas]
  • "Filha!" [minha amiga super prática!]
  • "Não se iguale..." [minha irmã me impedindo de sair correndo para não perder o metrô]
  • "Eu ficaria feliz com um copo de água!" [nada como a simplicidade: o meu não à sofisticação]
  • "Orkut só em casa flor" [porque as pessoas não tem dois olhos, têm quarenta]
  • Você está com cara de quem vai aprontar" [várias pessoas, várias vezes e eu adoro escutar esta frase!!!] [ e eu preciso aprontar mais]
  • "Melissa, juízo nesta cabecinha!!!!" [O sujo aconselhando o mal lavado!]
  • "Quanto maior..." [Minha amiga Esmeralda-Mente-Podre que nem me deixou terminar a frase]
  • "A noite foi boa?" [ela de novo, só porque eu atendi o telefone aos risos]
  • "Renata, que cara é essa???" [a cara tava igual à daquela foto lá, com algumas pioras, e ela sabe disso!!!]
  • "Tô com medo da Sandra, ela vai brigar comigo!" [desfilando pelo corredor em plena 17h30]
  • "Melissa fecha a cortina aí que não aguento mais esta platéia me olhando" [Renata]
  • "Até os gansos namoram" [assistindo Globo Repórter]
  • "Isto porque eu não tenho maldade nenhuma neste coração, heim..." [Nâo tenho culpa se as mães colocam nomes absurdos nos seus filhos]
  • "O perigo tem um metro e meio, kakakakakaka" [segredo]
  • "Então eu vou falar com os ratos: Viu... acho que esta tosse é alééérgica..." [meu pai]
  • "Ei, eu entendi direito ou minha mente é podre, mesmo?" [a menina que nos contou detalhes sobre suas peripécias sexuais como quem fala do tempo...]
  • "Aí nããããããããoooooooo...!!!!" [aaaaaaaaaaaaai! No meio da conversa ele deu um toquezinho sutil bem naquele lugar super inocente mas que me deixa rosa] [será que ele tem noção disso???]
  • " Um olho no chuveiro, outro na lagartixa" [minha corajosa irmã]
  • "Frescura da porra!!!" [dondoquices]
  • " Irmã o cara..........................eo!!!!!!!!!!!!!" [me chamaram de irmã]
  • "Se você sair eu saio tamén" [porque o amor é lindo]
  • "Institucionalização de bobagens!!! [tá cheio disso por aí, minha amiga... rs]

quinta-feira, janeiro 12, 2006

I really need a shoulder



Às vezes eu fico com muito medo de viver... medo da minha vulnerabilidade... do futuro, das coisas...

***

Você e eu somos tão diferentes, mas toda vez que eu fico pertinho de você, algo acontece... Querido, querido, querido, agora que eu descobri o quanto você é querido, you are going away... ah vida... por que você é tão cruel com a Mel? [rs]
A bittersweet symphony, that´s life...
É bom ser feliz. É bom aprender as coisas cedo... o amigo da Marcita disse bem: as mulheres de trinta já se ferraram tudo o que tinha pra se ferrar [hahahahaha]. Quer dizer, eu não tenho trinta, ainda, sou um bebê. E estou me ferrando [hahahahahaha de novo]... é bom, porque tenho uma testemunha, quando eu agitar a bandeira da paz, ele vai confirmar: "
"Essa pastou..."
Bem, eu estava dizendo que eu estou me sentindo um bebê aprendendo a falar e a andar... putz! Esta semana passou um anjo e me disse: você se preocupa com o que não precisa e deixa o que precisa de lado. O resultado foi que fui fazer aquele exame super agradável, com o pííí na mão, porque a ficha caiu um ano depois [maneira de dizer] que a japinha me pediu o exame. A ficha caiu quando eu comecei a sentir umas dorezinhas estranhas e já imaginei meu epitáfio.... putz!
Mas deu tudo certo... vou precisar tratar, né. Ow, eu sou muito nova pra ter estes pire-paques! Mas ok. Vou cuidar de mim. Não é pra tanto. Daí eu fiquei pensando que as coisas que acontecem na vida da gente acontecem porque a gente quer... por falta de responsabilidade, na maioria das vezes.
A gente passa a dar mais valor pra vida, pra cada momento: um raio de sol que bate na nossa pele, o passarinho que a gente escuta cantar de manhã, um sorriso de alguém, cortar a salada em pedaços pequenininhos e brincar de graminha... amigos, amigas, família...
É, eu só tenho a agradecer ao Papai do Céu, por me ensinar coisas importantes para a vida inteira.
O ônibus de novo não parou quando dei sinal. Mas aproveitei pra mudar o caminho. Gosto de ir pelo bairro, onde passo por entre as árvores das ruas e respiro aquele ar fresco da manhã. Chegar, tomar meu café, quietinha, dar bom dia com sorriso para as pessoas, algumas especiais, descobrir novas amizades e novas afinidades a cada dia e a importância que têm na minha vida...
Dar risada com as minhas queridas, fiéis e grandes amigas: o jeito pavio-curto da Marcita! A risada escrachada da Lú... O jeito de ursinho da Dri!!!
Gostar! Acho que eu fui feita pra isso...
Foto: Vilnius, Lituânia. Um dos poucos dias de sol.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Nossa! Nossaaaa! Nossaaaaaaaaa!!!!!

É o seguinte.

Primeiro: Pólinho, como assim "você continua a mesma"????
Fique você sabendo que eu estava com cabelos naturais e castanhos até as festas [leia: natal e ano - novo] quando a vida me pediu mudanças, na marra:

"Vamos, Melissa! Mude! Mudanças! A começar pelo cabelo, você fica muito melhor de cabelos escuros"...

Os homens precisam entender que tudo começa pelos cabelos...

E tem as unhas, mas eu já falei. Portanto, Pólinho: sou uma nova mulher! :-) [embora você esteja rindo disso enquanto lê]

Pequenas mudanças: não largar o livro no meio e sim, ler no metrô e no ônibus [sem essa de que dá sono], ir para as baladas [por mais enfadonho que venha a ser] e sim, dançar funk [pelo menos uma música], já que você nunca - jamais conseguirá derrotar tais "inimigos", sabe que é mais inteligente juntar-se à eles [por alguns minutinhos]. A outra mudança é deixar de ser tão boba e dar uns beijinhos naquele amigo fofo de vez em quando [nos livres e desimpedidos]... numa destas uma bela surpresa aparece e a gente descobre que ele é tudo-de-mais...

Levar a saúde à sério...

Não ser egoísta e lembrar dos seus amigos e ligar pra eles e dizer oi, quanto tempo, sinto saudades [porque eu sinto mesmo]

Parar de adiar as coisas... fazer primeiro, pensar depois [por mais que isso possa me envergonhar depois]

Ir no dentista colocar aparelho...

Parar com as idas e vindas espirituais... [Deus sabe]

Escrever e tomar vergonha na cara e escrever e escrever e escrever...

Enfim... vocês sabem... viver...

beijos melecados. Uma criança.

PS: o título maluco são minhas reações cada vez que abria uma tuperware na geladeira, neste final de semana... comidas guardadas por séculos e séculos... desde a Santa Ceia. [risos]

sábado, janeiro 07, 2006


Primeira balada do ano: Mari, eu e a Mê.

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Santa Luzia não usa blush

Goteiras e a chuva que não pára. Meu quarto é quase um pântano, porque mesmo que o Gênio da Lâmpada passe e faça uma mágica, ainda assim a água vai encontrar um buraquinho pra passar e entrar e cair sobre a cabeça da mocinha que está dormindo bem ali... [eis a diversão]
Ok. Coloca-se a cama para a esquerda e keep on moving... como minha resolução de ano novo é dormir o menos possível, a goteira vai me incomodar o menos possível também. Se a gente parar pra pensar em quanto tempo se perde dormindo... ainda que eu não consiga levantar às quatro e meia para fazer babyliss no cabelo, porque como diz a Dri, "ninguém merece".

O motivo que me trouxe para o editor do blog é que ao reler minha última postagem, ri de mim mesma. Melissa, quanto tempo perdido! hahahahahaha... como você é CEGA!!! Agora eu sei porque eu vivo vendo a imagem de Santa Luzia pra cima e pra baixo: Santa Luzia é a protetora dos OLHOS! [risos] Preciso pedir à ela que abra os meus... [e os de uma lista estratégica de conhecidos e conhecidas]

Não, não vejo coisas, eu vejo esta Santa em camisetas, ônibus, livros, música, poema, tudo quanto é canto que eu olho eu vejo escrito: Santa Luzia. E peguei um cd de música italiana pra ouvir, lá está ela no refrão da terceira faixa:

"Santa Luziiiiiiaaaaaa" .... [rindo sozinha no ônibus]

Pois bem, Santa Luzia, quanto você quer para abrir meus olhos???? Tenho algumas moedas aqui. Tenho livros, também. Várias figurinhas de sapo e de "amar é". Tenho alguns tercinhos na gaveta. Tenho girassóis de plástico, mas se a senhora quiser posso arranjar uns de verdade, ali do lado do Cemitério da Consolação tem várias barraquinhas e no largo do arouche também. Acredito que a senhora vá gostar de alguns brinquinhos que eu aposentei, tem um escuro que é a sua cara!!!

O sinal do milagre feito é eu simplesmente não enxergar mais certa pessoa. Perguntar para os outros se lhe aconteceu algo, que não o vejo mais. Serei taxada de louca: "Melissa, ele está bem ali". Rirei com prazer... uhhhhuuuuuu.

Obrigada, Santa Luzia.

***

Minha prima Marianne, linda, veio para São Paulo passar férias. Passear de barco [na melhor das hipóteses].

***

Minha chefe, também linda, me pediu o nome do blush que eu uso. Eu lhe disse que se estivesse disposta à pagar qualquer coisa por um blush, que comprasse da marca tal, que é a melhor que conheço em linhas de maquiagem.
Desespero: pagar qualquer coisa por um blush é ótimo. Rimos. Não desejo que mulher nenhuma chegue à tal ponto.

***

Falta do que dizer é foda. Mas me dou ao direito [de vez em quando].

terça-feira, janeiro 03, 2006

De formigas e do que os olhos não vêem...

Pois é. O ano mudou mas as preocupações continuam... não sei se vou conseguir prestar vestibular - tarde, mas antes tarde do que nunca e me perdoem o jargão - porque os cursos estão caríssimos e eu teria que simplesmente dar adeus ao meu salário que é tão pequeno quanto uma formiga. Formigas não fazem faculdade mas eu quero e preciso. Bem, o fato é que eu estava querendo fazer Relações Internacionais, para "mudar o mundo". Risos. É verdade. Entender das coisas que poderiam levar o mundo a se ajudar mutuamente e reduzir os problemas mundiais - como a fome na África - juntos. Utopia da brava. Ou não, mas agora estou na fase mais pé no chão. E tem um lado meu que até se daria bem nisso de Relações Internacionais... mas ontem me perguntei se passar a vida dentro de um avião é o que eu quero pra mim...
Quando olho meu futuro eu vejo uma casinha simples, num lugar tranqüilo, com um cachorro, uma janela com uma vista razoável (para não dizer a Patagônia Chilena rs), ou seja, uma vida bucólica, simples, calma, ainda que este lugar-paraíso seja em São Paulo mesmo. Quer dizer, não sei se escritórios, aviões, mil línguas e imensas salas de reuniões são o que eu quero pra mim... será??? Ainda que por trás disso tudo tenha um justo objetivo e maior do que tudo... mas é a minha vida!
Estou num cruzamento, não sei se sigo por aqui ou por ali...
Bem, vou perguntar às formigas, elas são espertas e certamente saberão me aconselhar.
***
Ontem minha colega de trabalho me disse que todos gostam de mim. Isto foi porque ganhei um porta-incensos de sapinho, do meu amigo Marcito. Todos me dão tudo o que existe de sapo na face da terra. Eu fico feliz. Mas ontem, diante do comentário da mocinha, fiquei triste. Porque quase todo mundo gosta de mim. Se alguém simplesmente não gosta ou não fede nem cheira, ok. Mas se um dia alguém me adora, me ama, me isso e me aquilo, e no dia seguinte me ignora, me despreza, como se eu não existisse e como se nada tivesse acontecido, como se fossemos dois estranhos, fico triste, muito triste.
Mas eu sou assim, igual criança. As pessoas me tratam mal e eu continuo mantendo afeto. Talvez porque enxergue qualidades dentro delas que elas próprias não notem em si. "Coisas que os olhos não vêem"
Ontem à tarde quando a Renata me disse que todo mundo gosta de mim, fiquei tão triste! Eu gostaria de verdade que todos gostassem de mim. Não sei lidar com o desprezo das pessoas. Não demonstro, mas isto realmente me atinge. Não sigo a linha "foda-se e seja feliz". Eu me importo.
A controler saiu distribuindo docinhos para o escritório inteiro e simplesmente passou por mim direto, sem nem sequer olhar para a minha cara. Será que é porque eu sou recepcionista? [risos] Já é a segunda vez que faz isso.
Claro que o existem exceções para todas as regras... [cujos nomes não merecem ser citados aqui] mas não acredito e não quero que você [já estou falando de outra pessoa] seja esta exceção. Eu passei a te desprezar quando me decepcionei com a sua conduta. Mas eu não quero te desprezar...
Quase sempre é nas coisas boas que eu me apego e fica difícil de deixar pra trás. Você não se importa e talvez minhas amigas tenham razão quando me dizem que você não merece meu sofrimento. E não merece mesmo. Mas isto não tira o fato de que eu sinto muito a sua falta... não é o meu corpo que sente falta do seu, porque GRAÇAS A DEUS já não sente mais. Não é o meu corpo que me rege!!!! Mas é a minha alma que sente falta da sua.
É engraçado... o tempo passa, você só me desrespeitou, mentiu, fingiu, dissimulou, isto das coisas que eu TIVE CONHECIMENTO, e o motivo que me leva a não olhar para você não é raiva, é dor. Raiva eu não sinto. É que ver o seu desprendimento me decepciona. Você realmente não se importa.
Um dia eu aprendo a ser assim. Reciclável. Ou descartável?
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Eu quero doce.

domingo, janeiro 01, 2006

"Faça por onde, que eu te ajudarei"






Estou fedendo à champanhe [risos]. Não sei direito se são as duas taças que me deixaram assim "gira", ou se foi o banho de champanhe que tomei - livre e espontânea vontade.
Limpei toda a casa, para entrar em 2006 com - pelo menos aparentemente - tudo em ordem. Posso dizer que no meu quarto não havia um durex fora do lugar - o que é muito bom e super novo, mesmo... acendi um incenso de ... de quê... ah, de Sândalo. Sucesso, autoconfiança e tal. Coloquei um no quarto e outro na sala.
Terminada a faxina - faxina fora e faxina dentro - subi até o mercado para comprar algo "bonito" que se pudesse enganar e pousar de "ceia", porque eu definitivamente não sairia na foto comendo China in Box em plena virada de ano.
Não deu muito certo no mercado, tive que pagar à vista e gastei OS MEUS ÚLTIMOS TROCADOS. Voltei para casa segurando meu humilde saquinho de frutas, lentilha e fanta, pensando com meus botões "nossa que legal Melissa, você vai entrar em 2006 literalmente sem dinheiro, como você é original!!!"...
Fui tomar banho e me preparar para a grande noite, acompanhada do meu Coelho Rosa, elegantemente vestido em sua samba-canção branca, de cetim, estampada na bunda com um enorme coração [ele quer amor]. Uma verdadeira princesinha [que desperdício]... é bom ficar se achando nestas horas, e se olhar no espelho e se achar linda e maravilhosa e saber que o carinha precisa MERECER e muito aquilo tudo... um sorrisinho de canto: me lembro que alguém disse que eu tava com cara de quem ia aprontar...
Fiz as unhas: o maior orgulho que levo nesta transição de tempo são minhas unhas perfeitas! A única vez em que consegui mantê-las ilesas, sem quebras, sem lascas, sem roeções ou tristezas, foi depois do tombo. É o que me faz afirmar que a gente só consegue se enxergar direito depois dos tombos que se leva, antes disso a vista empreguiça e se acomoda. É como se eu tivesse desistido de mim e minhas unhas eram o sinal disso.
A virada foi no terraço, escutando CIDADE NEGRA (Pensamento), olhando os fogos coloridos explodirem dentro e fora de mim, sorrindo e chorando de alegria: OBRIGADA, DEUS, PELA VIDA! Tomei duas taças de champanhe e o resto joguei por cima de mim...
[alma lavada!!!]
Ainda perambulei por um tempo antes de resolver tomar o banho, porque meus lençóis estavam limpos e cheirosos e eu não poderia melecá-los de gente champanhada.
[levantei com uma puta dor de cabeça]
"Muita coisa não se terá mudado dentro de si? Algum canto do seu ser não se terá modificado enquanto estava triste?"
Rainer Maria Rilke em Cartas a um jovem poeta
Minha resposta à sua pergunta: DEFINITIVAMENTE.
"Não somos mais Que uma gota de luz Uma estrela que cai Uma fagulha tão só Na idade do céu Não somos o que queríamos ser Somos um breve pulsar Em um silêncio antigoCom a idade do céu Calma Tudo está em calma Deixe que o beijo dure Deixe que o tempo cure Deixe que a alma Tenha a mesma idade Que a idade do céu Não somos mais Que um punhado de mar Uma piada de Deus Ou um capricho do sol No jardim do céu Não damos pé Entre tanto tic tac Entre tanto Big Bang Somos um grão de sal No mar do céu Calma Tudo está em calma Deixe que o beijo dure Deixe que o tempo cure Deixe que a alma Tenha a mesma idade Que a idade do céu A mesma idade Que a idade do céu"
A Idade do Céu - Paulinho Moska

Feliz Homem Novo!!!

... É o que eu desejo à todos os meus amigos e você que está passando por aqui. Não se iluda: se você não mudar, 2006 será exatamente igual aos anos que ficaram pra trás.
"Custe o tempo que custar esse dia virá
Eu nunca penso em desistir, não
Te aconselho a prosseguir
O tempo voa, rapaz
Pegue seu sonho, rapaz
A melhor hora e o momento é você quem faz...
Recitem poesias e palavras de um rei:
Faça por onde que eu te ajudarei..."
Pensamento - Cidade Negra