quinta-feira, agosto 03, 2006

O sentido das nossas vidas

Hora de escrever no blog e descontar aqui toda a carga de empolgação, porque a partir da semana que vem, tudo vai mudar! Tudo di-fe-ren-te!!!! Volto pro trabalho [estou morrendo de saudades, dá pra acreditar???], tem faculdade e tem mil planos bombando aqui na minha cabecinha. Bomba tanto que eu sinto até vertigens!!!!
Estou super feliz, minha gente! E super preocupada também. Porque vocês sabem... Mel nunca escolhe as coisas normais. Mel odeia tudo o que é óbvio. Abaixo a obviedade!!!!! E isto se aplica ao teatro. Vocês nunca me verão fazendo "As dez coisas que eu odeio em você". Dificilmente. E isto também se junta à minha necessidade em voltar meus olhos e minhas atenções às questões sociais e psicológicas.
A fragilidade me comove. Ainda que eu também seja frágil, e tanto que às vezes fico pensando... e pensando... e pensando... será que eu realmente quero entrar neste assunto? Psicopatologias. Acho que de perto todo mundo tem um ponto fraco, que adormece lá no fundo, bem lá no fundo. E no momento em que a vida mexe com nossas estruturas emocionais, então este ponto fraco "acorda" e se transforma em uma psicopatologia.
Vulgarmente, tudo isso é traduzido no bom e velho "de perto ninguém é normal".
Eu gostaria de poder falar mais sobre este assunto por aqui, mas por segurança, vou manter sigilo. Talvez eu faça um blog com minhas companheiras de trabalho [Amanda e Mirelli] para discorrer sobre os pontos que vamos pesquisar, acho até que será uma necessidade. E podemos criar senhas para os amigos que se interessarem a ficar por dentro.
Hoje pesquisei um pouco sobre isto e tive uma iluminação a respeito do nome do projeto. Estou muito feliz, porque quando a gente entra num trabalho bom, a gente sente que é bom logo no começo!!!!
***
Algumas semanas atrás, eu estava folheando uma revista, porque eu estava arrumando meu quarto. Eu guardo algumas fotos de roupas que eu gosto e de maquiagem, gosto destas coisas. E gosto de fundir uma referência com a outra e criar uma coisa com a minha cara [que vocês sabem qual é].
Folheando a revista, encontrei uma flor. Esta flor [diferente, não sei o nome] era sombreada em tons de rosa. Na hora me lembrei de um tecido em taidai [como escreve isso?]. Faz muito tempo que eu venho pensando em fazer alguma coisa [a longo prazo] na área de moda, porque quando eu era criança eu já desenhava vestidinhos e as minhas tias e amigas da minha mãe adoravam.
Já encontrei a inspiração. Já encontrei os meios. É um projeto que vai sair do papel em breve. Eu só preciso de um site, uma firma aberta, uma máquina de costura e quinquilharias para customização.
O nome da grife eu conto depois que registrar.
***
No próximo final de semana começa meu curso de dramaturgia! Na casa das rosas. Eu preciso de ferramentas para escrever, ou melhor, escrever em formatos que tenho pouca familiaridade, como roteiros e peças de teatro. E preciso de disciplina também... quem sabe fazendo uma coisa, a outra vem de brinde, né? :-P
Eu quero continuar escrevendo porque tenho algumas idéias para textos teatrais. Já escrevi alguns. Um sobre circo [O sonho de Ariel]. O outro sobre criminalidade [14 KM]. E alguns textos curtos.
Comecei um romance ambientado no século XIX mas parei, porque estava enrolando demais sem saber que caminho tomar. Não precisei fazer pesquisa histórica, porque a história é muito subjetiva. Basta que eu conheça os costumes da época.
São imensos os projetos, mas pouco tempo e pouca disposição para escrever. Eu não consigo escrever em ambiente urbano. Preciso me isolar. Já falei isto milhões de vezes. Eu preciso acordar cedo, ficar no silêncio, sentada confortavelmente, em um lugar onde não haja barulho, para que minhas idéias fluam e minha imaginação e criatividade tenha espaço para se desenvolverem. Enquanto este "ambiente" não chega, tento superar os limites e crio alguma coisa, com muita timidez.
E...
Hoje eu estava indo para a casa de chá da minha amiga [Mirelli] e passou um ônibus ao meu lado. Ok. Comecei a tossir e senti a fumaça do escapamento entrar pelas minhas narinas. Então eu entendi porque eu escolhi estudar Marketing. Eu escolhi estudar Marketing, porque eu quero comprar uma casa num lugar bem longe da cidade. Não existe um pio neste lugar! Eu já falei dele... lá se anda de bicicleta, ou à pé. Lá tem cachorro, lá tem água fresca, leite de vaca, plantas, muitas plantas. A gente tem tempo pra ver o sol se pôr [tempo e disposição]. A casa é simples. Sem luxos. Mas hoje em dia, viver bem é caro. E é por isso que eu estudo Marketing.
Quando a faculdade acaber, se Deus quiser e se depender do meu esforço, eu já terei meu pé de meia para construir minha casa. Fazer minha viagem para a Europa e estudar lá. Conhecer o belíssimo outono europeu que tanto o Jorge Amado fala [e que eu estranhamente já conheço]. Conhecer a terra do meu avô [que eu não sei se é Lituânia ou se é a Rússia, como o povo de lá me falou].
E então, quando eu já estiver estabelecida, vou poder viver do meu sonho tranquilo de escrever e cuidar. Dois verbos que acabam sendo um só...
***
Em tempo: venho pensando muito em encontrar uma causa que mexa com minhas estruturas. Existem muitas, e não posso ajudar à todas. Sempre quis trabalhar com crianças. Mas encontrei algo que me instiga ainda mais. Porque é algo em que eu acredito. Realmente acredito que as pessoas possam a vir a ser melhores. Acredito no poder da arte e da educação na transformação do ser humano. Eu acredito no ser humano. Eu acredito que um plástico usado possa ser reciclado e virar papel. E eu acredito que uma pessoa à beira da marginalidade possa ser reciclada e se transformar em uma nova pessoa.
Por isso escolhi fazer parte de uma ONG dedicada à educação carcerária. É o Projeto EduCar. Você acredita realmente em reciclagem? Então dê uma chance à estas pessoas. Não se trata aqui de julgá-las, porque cometeram erros. Elas já foram julgadas e punidas por seus erros. Trata-se de dar chances para que elas não saiam das prisões pior do que entraram. Chances para que se transformem em cidadãos de verdade... Trata-se de reciclagem. Você acredita?
Se não puder cooperar gerando fontes de renda para presos em regime semi-aberto, ao menos acredite nesta causa.
***
Cometi dois erros doloridos na minha vida. O primeiro foi não ter terminado o Jornalismo. E o segundo foi ter medo de fazer Serviço Social. Medo de aceitar aquilo em que eu verdadeiramente acredito.
Qual é o sentido da sua vida? Meus amigos, amados amigos. Tudo o que escrevi acima, é o sentido da minha.

2 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Boa Sorte!

10:50 AM, agosto 04, 2006  
Blogger Drica <* *> disse...

Mel... levamos o sentido da vida quando acreditarmos naquilo que realmente queremos. Vah atras do que te deixa feliz. Nao importa o tempo, a situacao, nem a distancia... Apenas faca!
Saudades. Take care, girl! Bejitosss da Drica <* *>

7:49 AM, agosto 06, 2006  

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