domingo, abril 29, 2007

Melissa Nova, Blog Novo. A Perséfone morreu.

Meus amigos...

Toda vez que a gente quer que alguma coisa na nossa vida mude, a gente tem que de fato largar velhos hábitos, velhos ismos, tem que deixar o passado pra trás e abrir a alma e o coração para uma nova vida. Este blog está carregado de mim: de reflexões, de descobertas, de sensações e sofrimentos. Mas a Perséfone - tão ambígüa, cultivando a sombra e a luz, as trevas e o paraíso, o inverno e o verão, morreu. Ela não existe mais dentro mim. Eu sou luz!!! Sou e estou.

Senti necessidade de recomeçar. De uma quebra. E ela está sendo feita. Este endereço ficará linkado no meu novo blog, um lugar de luz, de sorrisos e de só primaveras:

http://meldosol.wordpress.com

Sejam bem vindos e deixem suas mensagens de despedida para a Perséfone, que já não mais existe.

sábado, abril 28, 2007

Ivy Walker não me ouviu! ;-)

Estou sem saco pra escrever...

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Não deu certo.

***

sexta-feira, abril 27, 2007

Libertando Ivy Walker

Eu tenho menos de 24h para me imbuir da mais genuína coragem que eu nunca tive e fazer as coisas acontecerem.
***
Conto depois.

segunda-feira, abril 23, 2007

Maravilhoso!

Andar ao redor da praça, à noite, toda quieta e toda iluminada, em frente à igreja, conversando com o meu melhor amigo de todos os tempos [exagero pra ver se eu consigo traduzir como eu adoro este cara].
Uma loooonga conversa. Eu tava sentindo falta disso.

domingo, abril 22, 2007

Domingo besta!

É horrível quando as coisas não saem do jeito que eu esperava...

Como ser feliz sem precisar de muita coisa

O que fazer quando for à uma "Noite da Macarronada" (na igreja ou não, mas principalmente na igreja):
...não chegar muito cedo, se não quiser pagar mico. Especialmente se você for com a sua mãe, que costuma traduzir seus pensamentos para as pessoas em voz alta...
...se a sua mãe comer toda a entrada, peça para a Dona Dalva trazer outra, assim, sem rodeios.
...sente-se próximo à mesas onde estão amigos e parentes de amigos e em lugares estratégicos por onde circulam as pessoas mais... digamos... interessantes pra você.
...não seja tímido/a na hora de passar o prato para a tia colocar a macarronada.
...leve sua câmera digital, porque é difícil de conseguir fotos com o tiozinho que tira foto.
...se o padre estiver usando um chapéu mestre-cuca, não perca tempo e vá tirar uma foto disto!
...não beba demais para não dar vexame (não, eu não dei vexame)
...e na hora da festança, roube um pandeiro que está pendurado na decoração do teto, e vá dançar no meio do povo, trenzinho e o escambau!
...se puder, dance com as pessoas certas.... (risos)
...deixe que estas pessoas agaaaaarrem a sua blusa, no trenzinho... (risos)
...leve sua mãe para dançar junto com outras mães num "momento-mães"
...cuidado quando se perder no sorriso de algumas pessoas, para não tropeçar ou cair ou deixar a comida cair na sua blusa branca
...dance muito, cante, sorria, bata palmas, faça bagunça.... quando estiver acompanhado/a das pessoas que você mais gosta e quando estiver simplesmente na sua casa!!!
...dance na frente daquele/a que você quer que te veja dançando... e neste momento demonstre toda a sua graça e alegria (hora de se exibir, mesmo!)
...depois curta um papo - fim - de - festa com seus amigos, de preferência planejando outra
...brinde a vida com estes amigos
...não tenha pressa de ir embora, e quando for...
...não vá sem dar um beijo no seu amor e ver os olhos dele olhando pra você!

quarta-feira, abril 18, 2007

Algumas confissões

Agora são quase sete da noite e eu não estou com o menor saco de ter aula e ainda mais de ver a carinha de interior de Birigüi daquele professor tão bonziiinho que acha que todo mundo é tímido e precisa de terapia e obriga a gente a ir falar lá na frente e eu realmente não tenho problemas em falar ou falar lá na frente mas odeio quando me obrigam a fazer algo que eu não to a fim. Aconteceu um dia há muito tempo atrás a minha mãe me obrigou a fazer a primeira leitura na missa das onze e eu não queria bati o pé esperneei mas ela foi mais forte e eu tive que ir lá e qual não foi a surpresa de todos quando eu ao invés de ler a primeira leitura, li a segunda. Desde então sou malcriada e respondona e quando eu não tô a fim eu não tô a fim e pronto. E agora eu não tô a fim de ter aula - é um puuuuuta saco - e olha que eu só falo palavrões em casos graves mas tem um lado responsável ou caxias dentro de mim que fala mais alto do que a coisa rebelde em si e eu não consigo simplesmente não consigo largar esta cadeira e ir embora daqui. Ainda bem que hoje eu saí cedo do trabalho e dormi um pouquinho e babei em cima da mesa do computador e ainda bem que o Tio Rolf não me viu. O diretor é alemão, quer dizer ele é quase alemão e ele é bem engraçadinho e eu estou escrevendo assim porque na verdade eu estou super ansiosa por alguma coisa e eu não sei bem que coisa é essa que está me deixando assim. Ontem eu passei a maior vergonha porque fui fazer o tal eletro e quem fez foi um enfermeiro e vocês sabem que eletro a gente faz sem blusa e sem sutiã pois é eu nasci pra passar vergonha e ele até ofereceu pra trocar com uma mulher mas eu achei que poderia passar por isso afinal de contas eu sou mais e o que são um par de peitos. Fiquei meio assim porque as vezes a gente se derrete pra alguém e este alguém é tão frio com a gente e eu não posso dizer os nomes aqui porque vai que a pessoinha resolve aparecer afinal de contas tanta gente já se viu aqui nas páginas da minha vida e não gostaram muito e teve gente que se viu sem na verdade existir de verdade pelo menos por aqui. Se a gente for parar pra pensar a vida é mesmo uma doidera. Hoje o dia foi tranquilo eu trabalhei bastante preenchendo cento e pouquinhos envelopes e depois colando todos eles com a minha super cola Pritt que todo mundo vê como um símbolo fálico só porque ela é grande e eu já passei da fase de achar graça com isso até porque a cola acabou e hoje eu tive que trocar por uma menor e não é o que vocês estão pensando se é que tiveram saco de chegar até aqui. O que eu quero dizer mesmo é que eu queria que alguma coisa bem legal acontecesse comigo assim tipo o beBê aparecer no msn e não sair sem me dar tchau ou quem sabe a gente simplesmente dizer o que pensa dentro deste nosso grande cabeção que adora complicar todas as coisas que são as coisas mais simples do mundo e agora eu preciso mesmo parar porque a droga da aula vai começar e todo mundo está olhando pra minha cara porque eu digito muito rápido e faço uma cara de louca enquanto eu digito.
Mas eu sou normal. Né Márcia?

para a sua lista de sensações

Um trident de tutti - frutti. Uma latinha de Coca-Cola. Você coloca o chiclete na boca e masca. Depois bebe um gole de Coca-Cola...

terça-feira, abril 17, 2007

A/C Sra Militante dos Gatos [M.K.]

A voz dele fica cada vez mais longe... resolve colocar o raio da fita, e eu preciso escutar o cara falando inglês lá na Terra. Estou em Plutão. Encosto as costas na cadeira e sinto minhas pálpebras pesarem, apesar das treze horas apenas. E ele me pergunta alguma coisa, só posso saber porque vejo sua boca de Mr Bean se mexendo ass i m. Daí eu começo a falar. Tentando responder, confundindo vergonhosamente he com she. Ele enruga a testa, metade tentando decifrar what the fuck are you speaking, melissa, e a outra metade morrendo de pena do esforço que eu faço para poder me comunicar. Quase.
A Marisa me disse que achou que estas coisas só acontecessem com ela... [ela vê três teachers]
***

A mesma dinâmica acima [na aula de inglês], serve para o momento - faculdade.

***

Não sei se eu contei essa. Eu. Ponto de ônibus da Rio Branco. Domingo. Porcaria. Demora. Mal encarado. Tentando me ensinar a andar com uma caneta. Diz que eu tenho cara de boneca. Alguém me chama. Um casal de amigos. Onde vai Mel. Vou no Center Norte. Nós também. Entra aí. Estacionamento. Falando um pouquinho sobre o teatro do Santa. Planos. Não tem vaga. Roda. Roda mais. Roda de novo. O celular dele toca. Tem um carro saindo ali. Eu cutuco o ombro dele. Ali, Rodrigo.


... o nome dele é Douglas. Rodrigo era o cara em quem eu tava pensando na hora.

PS: O Douglas conhece o Rodrigo.


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Minha irmã comprou uns ovinhos pequenos de chocolate para distribuir para as crianças da creche, mas os ovinhos eram tão terríveis que minha irmã não teve coragem de. Chego em casa no dia seguinte e lá está um desenho feito pelo meu pai: uma caveira. DANGER.

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Acabei de sair do Hospital Santa Paula. Fiz um eletrocardiograma porque estava com formigamento no braço esquerdo. E eu tenho 28 anos!

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Minha amiga Juliana... "Mel, você tem que assistir Olga, vai passar na Globo, hoje! Pra você ter uma idéia do que me causou este filme quando eu vi a primeira vez, minha vontade foi de jogar tudo pro alto, vestir uma boina e sair por aí pra acabar com esta corja!!!!"

***

HAHAHAHAHAHAHA... [rindo de nervoso]

domingo, abril 15, 2007

Felicidade Plena...

...é ter um dia como o dia que eu tive hoje!!!
...é olhar o rosto das pessoas que a gente gosta e admira, e notar que é recíproco... ;-)
...é ver o sorriso de satisfação no rosto de um amigo, quando a gente conta uma coisa boa que aconteceu na nossa vida!!!
...é sentir paz de espírito, como estou sentindo agora, agora que fiz as escolhas certas, as escolhas que estavam sempre dispostas, esperando que eu as visse...

***

Oba!!!

sexta-feira, abril 13, 2007

balanço da semana

Uma cantada criativa:
"(...)mas agora eu não vou poder falar com você porque está passando uma moça linda [eu!] e eu preciso olhar pra ela".
Um menino lindo:
"Jesus"
Um acontecimento formidável:
Meu amigo Dennys e o *grandioso favor* que ele me fez esta semana!!!!!! ;-)
Outro acontecimento formidável:
Meu dvd novo chegou!
Uma coisa muito legal:
Já tenho planos para o teatro!
Uma coisa triste:
Pais que esquecem filhos dentro do carro (onde andam a cabeça das pessoas?), pessoas que morrem no meio de bombardeios, entrar em um avião dentro do território brasileiro, com um baita ponto de interrogação na cabeça.
O que me fez rir:
a conversa com o Dennys pelo msn, na segunda-feira...
O que me fez sorrir:
os cafunés do Marcelo, ontem, na aula...
O que me fez chorar:
pensar na segurança dos meus amigos motoboys (Alessandro e Leandro)
Música pra deixar rolar...:
"Kiss me" - Sixpence None the Ritcher
"Noites Traiçoeiras" - Pe. Zezinho
Filme que eu não esqueci:
"Shining Through" [e a cena do baile militar]
Vontade de comer...:
"Marshmellow"
Vontade de...:
viajar, beijar [certos], ver estrelas.
Palavra:
Felicidade.
Complemento:
"apesar de tudo"

quinta-feira, abril 12, 2007

A Menina que roubava livros - Markus Suzak

Dói.

quarta-feira, abril 11, 2007

bem lá do fundo

Engraçado é notar como para algumas coisas você é gente crescida e para outras coisas você é criança. Eu sou criança quando preciso entender certas coisas que eu sinto, aqui e lá. Tem coisas que eu ainda preciso aprender, ou viver, ou querer de parar entender. Bah.
O que pega é que eu estou me sentindo imensamente serena e feliz desde o último final de semana. Quando vem aquele pensamento de solidão eu me lembro de que não estou sozinha... tá, a gente sempre fala que agora é pra valer, agora é diferente, que agora vai. O que há diferente? Confiança, talvez. E disposição pra manter o coração aberto e deixar as coisas boas entrarem... sério mesmo.
Tem coisas que dão no saco. A faculdade é uma delas. Fazer trabalhos em grupo, porque as pessoas geralmente não entendem as coisas que eu falo. Geralmente estão no fundo do mar, mas nem todo mundo sabe nadar. Nem eu sei, na verdade. O que pega é que eu enxergo, mesmo assim, vai ver que é porque sou pisciana, vai saber...
E quando eu mais acho que estou crescendo, não tenho coragem de adicionar o nenê no msn. Será, será e será. Seria. Meu humor melhorou horrores. O que um pequeno comprimido não faz pela gente? Tô falando do Puran T4, que coloca ali no buraquinho de hormônios os hormônios que me faltam. Tô falando do sorriso, do sol, dos amigos, do amor...
...ah, o amor. E suas mil formas e definições no dicionário da Melissa... bem dizem, a Língua Portuguesa é de verdade a mais complexa. Seria mais fácil conjugar de uma vez só. No máximo assim e assado. Mas os seus cílios não deixam ser diferente!!!
Aqui no livrinho diz que você se chama tentação. Um pequeno verbete [será que esta palavra é feminina?] que parece direitinho com meus poros e com os seus cílios. Já os sinto fazendo cócegas no meu rosto, imaginação que vai além do que deve...
...acho melhor aumentar a dosagem.

domingo, abril 08, 2007

Me faltam palavras!



O Haroldo é quem melhor traduz...

... a minha quaresma

... a minha semana santa

... o meu final de semana

... meus amigos

... a descoberta de um certo "Jesus" em cena

... a montagem da Paixão de Cristo, na praça da igreja, com toda aquela superprodução

... o nosso novo amigo, Pe. Mauro

... a minha felicidade e a minha gratidão...







quarta-feira, abril 04, 2007

aqui com meus botões...

Está cada vez mais difícil dizer eu te amo, porque está cada vez mais difícil entender que raios é amor de verdade. Se for algo parecido com o que eu sinto quando o mocinho aparece na minha frenet, favor avisar...

terça-feira, abril 03, 2007

do que dinheiro nenhum há de comprar...

Tem coisas que não têm preço, eu vivo dizendo isso, e pensando isso e falando isso e me torno repetitiva e chata e pentelha. Fico às vezes pensando: pobres dos meus amigos, seus ouvidos-pinico devem estar cansados dos meus discursos como quem tudo entende e como quem tudo sabe. Só que a verdade é que... nada sei!!! Pouco sei. De verdade. E tem coisas que... não tem preço! Eu penso nisso e sinto vontade de olhar pra trás e soltar uma risada escancarada quando eu rejeitei aquele bando de artistas de nariz empinado, segurando livros e livros debaixo do braço: odeio academicismo e nem vou falar muito nisso pra não ser repetitiva... também. E eu disse: tô fora! A arte está na alma e não nos livros. O livro alimenta, mas a fonte jorra de você e não do fato de você ter lido ou não uma biblioteca inteira e saber [ou não] falar javanês. E como dizia um amigo... raspei o gato. Dei no pé, mesmo.
E o tempo passa e cada vez mais eu saco que eu tava certa, quando eu vejo os meus amigos do Santa. Pra quem não sabe do que eu estou falando, muito prazer: meus amigos da Paróquia Santa Terezinha, que conheço há pouco mais de dez anos. Os meus amigos do Santa nunca fizeram teatro na vida, e eu sou testemunha do quanto eles conseguem evoluir nas montagens que nós fazemos. Querem exemplinhos?
O Dú Negão tinha que fazer um sacerdote, mas ele tava requebrando como um funkeiro. Dei uns toques mínimos, e o cara tá um arraso. Cada gesto, e o olhar sobre o companheiro de cena, e o jeito de andar.
Quando eu falo de como temos que tomar cuidado com as palavras - a maneira como elas saem da nossa boca, posso usar o Christian como exemplo. Ele dá vida para cada palavra que pronuncia: elas não sabem de qualquer jeito, mas com uma entonação toda especial.
Tem gente que tem uma boa sacação cênica: O Renato Ribas. Ele sempre dá toques legais e muito bem justificados. E acredito nele, quando está em cena.
De gente como Índio, Dennys, Dênis e Daniel eu já não digo nada... :OD
E já que eu tô falando de surpresas, por que não falar sobre a maior de todas?
Começou quando eu recebi a lista de personagens e vi o nome dele ao lado do personagem principal (Jesus). Ele? Me lembrei - na hora - da conversa que tivemos quando ele me deu carona, uma vez e me disse que teatro não era a praia dele. Quer dizer... o fato é que no primeiro ensaio, ele já estava com todas as falas decoradas. Vem me fazer uma pergunta e eu vejo suas anotações, como um ator profissional (isso porque esta é exatamente a tática que eu uso para decorar textos: escrevê-los). Ele é tímido e passou por cima do que ele pensava ser seus limites, para **servir**. O que dizer, diante disso?? E o que dizer, quando eu já não vejo o Marcinho em cena, mas vejo Jesus?
Vocês sabem quando uma cena teatral está pronta? Quando o público está acreditando dela. E quando eu vejo a cena da Santa Ceia, e os olharezinhos, os trejeitos, o monólogo interno (ele nem sabe que faz isso), a suavidade que eu considero ser característica de Jesus, misturada na medida certa com firmeza... eu acredito piamente nele.
Enquanto nós estamos tão escassos de atores e atrizes disponíveis e realmente comprometidos para o trabalho, de-repente, vejo a Carolzinha descendo do carro dos pais: ela havia ido almoçar com eles, e como é uma colaboradora (mas não atua), eu não a estava esperando. Saber que ela trocou sua tarde com a família por um projeto que abraçou, junto com o namorado, quase como só uma acompanhante, não tem preço!!!! Viu como não tem jeito??? Eu tenho que dizer!!!!
Ver um cara que é super tímido passar por cima da própria timidez e de outros conflitos, já que nunca tinha feito teatro antes (suponho) e encarar com tanta vontade o desafio, e fazê-lo com sutilezas iguais às de um ator profissional... também não tem preço! Se alguém ainda espera que as palavras digam o que sentimos melhor do que as atitudes, eu desafio: palavras não valem nada, perto de atitudes como estas!
E eu estou escrevendo isso aqui, porque eu queria falar... mas talvez não conseguisse. O que eu quero dizer é que, apesar das dificuldades que existem, eu não posso deixar de estar feliz, por causa de agradáveis presentes como este.
Como vocês podem perceber, tudo o que você precisa para fazer arte [além de malandragem] é vontade, intuição e FÉ. Isso prova o que o teatro e a religião têm em comum. Os dois precisam em primeiro lugar, de nada mais do que simplesmente ACREDITAR.
***
Do que dinheiro nenhum há de comprar II
De modo que quando Jesus está levando a cruz, ele cai três vezes. Na terceira queda, Verônica enxuga seu rosto, com o pano onde no futuro próximo há de estampar seus traços. Na nossa igreja, a Dona Olinda interpreta este papel há 40 anos. Só que na cena, ao invés de ela enxugar o rosto, ela canta, liiiiiiiiiricamente..., toda vestida de preto, com lenço cobrindo o rosto. Enquanto canta, seu canto fúnebre, ela desenrola um pergaminho onde está estampado o rosto de Jesus Cristo. E nosso ensaio, no domingo, rolou assim. Só que ela foi embora. E na segunda vez que ensaiamos, quando vi, lá estavam seus substitutos...
...os garotos todos, em pé, no alto, cantando como galinhas com dor de barriga. Cantavam e riam. E caído ao chão, com a cruz, o Marcinho, que interpreta Jesus, passando mal de tanto rir.
Do que dinheiro nenhum há de comprar... [risos]
Eu morro de orgulho destes meninos...!!!

segunda-feira, abril 02, 2007

Doce, doce, doce.

Oi blog!!! Ai como sinto sua falta, heim. Tenho novidades...
Meu final de semana: Foi *maravilhoso*!!! No sábado acordei [tarde] e arrumei um pouco do meu quarto: papéis, bagunças, etc. Depois, fiz a sessão-beleza... pintar o cabelo, fazer as unhas, depilação, tirar sobrancelha etc etc - isso durou duas horas. E ainda fiz uma hidratação no cabelo (você conseguiria se ver refletido no espelho dos fios, bloguinho). Ele ficou maravilhoso!!! Eu tentei dar uma enrolada nas pontas, mas... é preciso muita paciência, coisa que eu não tenho. Não pra cabelos.
Bem, blog. Daí eu comecei a me arrumar pra ir à missa; eu queria ir deslumbrante, por vários motivos: primeiro porque eu estava disposta e estava feliz. E depois porque eu queria ... como é que eu vou dizer... mexer com o menininho.
Ah, e foi a missa de ramos!!! Eu cheguei super em cima da hora, e a procissão já estava começando, na praça. Tinha até um burrinho!!! [o de quatro patas]. Tadinho do burrinho, ele não estava entendendo nada!!! O padre queria montar no pobre, mas ele era arisco por demais, e já estava com a pata traseira preparada para o Super-Coice. A propósito, a procissão foi linda [eu estava rezando pra não chover, porque queria de verdade que minha escova me trouxesse sorte] e depois entramos na igreja. Senti uma felicidade descomunal, uma paz sem tamanho. Tanto que eu cheguei à agradecer à Deus por estar ali, cercada dos melhores amigos do mundo [e da visão doce do menininho mais querido do mundo]. Algo que eu tenho prazer em fazer, um lugar onde eu tenho prazer em estar... um lugar *especial* de verdade.
E depois da missa, tinha a Ceia Judaica. Quer dizer, depois da missa, nós tentamos ensaiar um pouco da nossa montagem de "A Paixão de Cristo", mas condições adversas nos impediram. Uma delas era a montagem da festa da Ceia Judaica, que seria feita exatamente no espaço onde nós costumávamos ensaiar. As pessoas não têm a decência de fazerem aquilo que se propõem a fazer até o final, vão embora, deixam seus companheiros de cena na mão. A Van chegou ao seu limite, quase brigou com o namorado, e eu tentei segurar as pontas, dizendo que nós somos os líderes da coisa, precisávamos ser firmes - se a gente perde as estribeiras, todo mundo perde também - e no final [depois de muito choro e muita conversa], tudo acabou razoavelmente bem.
Meu chororô se dava ao fato de que eu sentaria em uma mesa repleta de casaizinhos, sendo a única solteira. Mas como eu estava em casa, no meio dos meus amigos do coração, não foi tão ruim assim e eu até me esqueci de que estou solteira. Aliás, não era a única. Havia um certo menininho querido que também era da mesma classe...... [us two]
Foi divertidíssimo, porque a cada minuto nós tínhamos uma açãozinha pra fazer, tal qual uma ceia judaica, como na época de Jesus. Mas nós somos caipiras por demais, um exemplo disso era o Dani, que ao invés de molhar as ervas amargas na salmoura, molhou os dedos... depois veio o vinho, e o pão, e o cordeiro [que eu não comi] e o frango [que eu comi]... nos divertimos muito, o tempo inteiro, inclusive na hora em que precisávamos manter a compostura [impossível].
Bem, blog. Veio o domingo e nós precisávamos ensaiar - seria o último ensaio. Chegamos às 14h na praça e depois de uma hora, quase, fomos rezar para começar os ensaios. Tudo rolou na mais santa paz e as cenas que estavam me preocupando foram arrumadas. Dá pra aprender que na próxima experiência eu tenho que ser chata, sim. Já sei o que não poderei fazer, e já sei como agir para que certas coisas não aconteçam.
O fato é que no fim de tudo, só ficaram coisas boas, aqui no fundo do coração. E o menininho ainda está longe... dá vontade de abraçar, apertar, colocar no colo. Não, não morro de amores. Mas é que eu vejo o rostinho dele e tem alguma coisa familiar...
...é preciso muita paciência, sim.