Eu adoro aprender!!!!
Muitas histórias pra contar! Muitas!!!! Começando com o chiclete.
Do flying gum
Uma cartelinha de chicletes, como estas de comprimidos. O ônibus mais fedido e sujo do mundo (digo SPaulo e vocês já me entendem) (Nada contra SPaulo: é fato). Um homem ao meu lado, lendo um livro e escutando música. O meu chiclete que pula da cartelinha e faz uma parábola, dando certeiro no rosto do pobre rapaz. Que ri.
Das aulas
Delícia!!!!!! Respiro com alívio. Ontem a professorinha nos pediu opiniões sobre sua aula: críticas. Críticas foram feitas. Sem falta de respeito. E ela NÃO ficou constrangida. Falou-se num tom moderadíssimo e usou-se palavras de nível bacaníssimo. Somos adultos, pois. [parece arrogância, mas é o céu, depois do purgatório].
Delícia de aula!!!! Adoro a aula do Rainer. Uma que ele é o meu amigo Erick, amanhã.... é científico: eu posso provar!!!! A pessoinha é um personagem dos filmes de Walt Disney [ou como disseram por aí, Valdisnei!!!!]. Vai lendo os textos, disparado, correndo atrás do último trem que está pra sair. Manda a gente formar uma roda com as cadeiras. Me sinto no Bar Magrão, papo de bar. O tema: Ciências Políticas. Uma delícia!!!!!
Nunca pensei que um dia eu fosse gostar de alguma coisa que envolvesse Política. É pra deixar registrado aqui que a gente nunca deve cuspir, muito menos pra cima.
Rimos muito na aula de hoje. Super leve, natural, ufa... estou me sentindo muito melhor!!!!!
[é que eu fiz uma transfusão de sangue]
Das cenas
Meia noite. Plataforma do terminal de ônibus. No banco de cimento, um mendigo dorme, deitado na posição de feto. Suas mãos cobrem sua braguilha que está totalmente aberta. Seu traseiro está totalmente de fora. Perto da cabeça, o Metronews dobrado e dobrado e dobrado. Ele ronca. Usa uma camiseta da Iugoslávia virada do avesso. As pessoas da plataforma ao lado veriam a imagem do traseiro com exclusividade, se prestassem atenção. Há alguns metros dele, também sentados no banco de cimento, dois (outros) mendigos conversam baixinho e tão "lucidamente" e comportadamente quanto dois intelectuais reservados em uma biblioteca. Quase arquetípico, assim. Um deles está descalço. O outro mastiga um palito. Espero o meu ônibus pedindo ao anjo da guarda que olhe por eles, já que ninguém olha. São como o próprio chão que pisamos. Nós pisamos no chão e não olhamos para ele. Quase pisamos nestas pessoas sem notar sua presença. Mas aqueles se fazem notar. Um dos dois mendigos se levanta e vai indo embora. Calmamente, mas pára ao olhar para o outro, deitado. Observa, analisa. Vê o jornal, dobradinho. Dá a volta, de modo a ficar atrás de seu traseiro. Desdobra o jornal com calma, com (muito) cuidado. Cobre-lhe o traseiro, com ternura. E continua seu caminho...
***
Sou grata pela vida, quando tenho a chance de aprender com belas cenas como esta...
2 Comentários:
Me [nininha],
Coisa linda esse seu texto... me emocionei c/ a cena!
Um dia, eu tbm estava na platéia, eqto uma cena assim se desenrolava: o mendigo estava com seu cachorrinho. Abre um saquinho de pão, retira um (único) pãozinho, amassa o saquinho. Corta o pão ao meio - nem um centímetro a mais p/ ele - e entrega a outra metade ao cachorrinho!
Mtos têm tanto, mas são incapazes de compreender a generosidade e, acima de tudo, o amor pelo próximo! Mesmo que esse próximo "apenas" abane o rabinho...
Gdes espetáculos p/ pequenas platéias.
Te amo!
Mi [nininha]
Meu... tô curioso pra conhecer este teu professor! Manda uma foto do cidadão, ;-)
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