quarta-feira, agosto 30, 2006

O Ministério da Saúde Adverte: "A resignação é prejudicial à saúde"

Oi Marcita.
Me conta direito esta história do blog. O que o cú tem a ver com as calças? (sua pós)
Adorei ler seu e-mail. Engraçado, porque ontem teve aula de planejamento estratégico. Não é pra pensar estratégicamente? Então vamos pensar estratégicamente. A única certeza que eu tenho é que cada dia que passa eu tenho mais *certeza* de que este mundo não é o meu e de que quanto mais eu insisto em fazer parte dele, mais eu me perco. Menos Mel eu fico.
Você sabe o que o prof. de Adm Mercadológica falou ontem? Sobre o futuro corporativo. A merda do corporativismo. Sei que nossa economia depende disso e blá blá blá, mas deixe a Economia com os entendidos e apreciadores. Comigo que fique as lágrimas de crocodilo, as que restam. Enfim, o que ele disse, em outras palavras, foi que a Terceira Guerra Mundial será Corporativista. Porque no futuro só ficarão na berlinda os melhores dos melhores e mesmo estes MM's, ganharão tanto quanto um mestre de obras. Ou pelo menos correrão o risco. E que cada vez mais as pessoas estão deixando as corporações e mudando-se para o interior do nada, abrindo um botequim e sendo felizes indo na feira aos sábados.
That's me!!!! Juro que me vi na cena. Só o que muda é que eu não vou abrir botequim nenhum.
E é isso. A ordem é pensar estratégicamente. Ser fiel aos meus princípios e à minha natureza. E aqui o buraco afunda ainda mais, porque entra junto uma série de coisas minhas que eu deixei de fazer, deixei cair pelo caminho.
O Brecht disse que aconteça o que acontecer, a maior tragédia é a resignação do homem. É ele pensar: "isto é natural".
A hora agora é de se questionar. Eu não tenho cara de quem entra em guerras. Eu no máximo vou pela Cruz Vermelha...
Querida amiga, pense estratégicamente (como sempre).

segunda-feira, agosto 28, 2006

nuvenzinha negra

Não sei até que ponto eu gosto de mudanças. O moço do signo diz que eu sou adaptável às mudanças. Fui. Será que ainda sou? Acho que eu devo ser o peixe mais rebelde do aquário. Briguenta.
O foda é quando você convive com alguém, e precisa conviver, e o seu santo não bate com o dele de jeito nenhum! Foda é quando você vê coisas erradas e não pode falar nada... você discorda e precisa ficar quieto (a). Você precisa lidar com a arrogância das pessoas, com a burrice das pessoas, com a lerdeza das pessoas, com o comodismo das pessoas, você sente vontade de mandar meia dúzia à merda, mas você precisa ficar quieto (a).
E você precisa lidar com o seu lado negro, as suas más reações, os seus defeitos e as suas fraquezas, e você também precisa ficar quieto, porque não são todas as pessoas que podem conhecer seus defeitos e suas fraquezas...
O fato é que eu não estou mais tão feliz no meu trabalho e isso me preocupa. Não tenho sido a mesma pessoa. Talvez isso passe. Eu espero que sim...

domingo, agosto 27, 2006

universidade do futuro

Eu gosto da aula de Contabilidade porque nela desenvolvo meu mais alto grau de paciência. Sério mesmo. Preciso recomendar aos psicólogos o uso do "Balanço Patrimonial" como terapia alternativa, ah, já estava me esquecendo: a psicologia abomina as terapias alternativas. Bem. Quando a gestalt não der certo, nem freud, nem jung, nem regressão, tente o balanço patrimonial.
Eu gosto da aula de Matemática, porque posso treinar meus neurônios exatos, que andaram dormindo por muitos e muitos anos. Descobri que eles não só podem estar em forma (não em plena forma, porque acabaram de acordar, mas um dia...), como são inteligentes, os danadinhos. Ah. E descobri que a matemática pode se tornar compulsiva e pode substituir o chocolate, ou coisa que o valha.
Eu gosto da aula de Direito, porque aprendo descubro o quanto aquilo tudo é incoerente e ridículo, algumas vezes, embora seja necessário em outras.
Eu gosto da aula de Comunicação e Expressão porque ela me ensina a olhar as coisas com olhos puros, como se as estivesse vendo pela primeira vez.
Eu gosto da aula de Psicologia porque ele é um doente e me faz rir.
Eu gosto da aula de Filosofia porque ela é uma senhora muito elegante e fofa, tão fofa que parece a minha avó. E como toda a avó é fofa, ela acha o máximo tudo o que a gente diz e escreve e não perde a postura quando aqueles cavalos começam a falar alto e não calam a boca. Ela é uma lady.
... é assustador, às vezes, esbarrar na pergunta: "E daí?" Mas eu dou valor a tudo o que é construtivo e que vem até mim, como ferramentas de crescimento. É estranho, mas penso que as vezes nossas escolhas não são necessariamente provas de que nos traímos, mas que estamos amadurecendo e fazendo coisas que jamais nos julgávamos capazes de entender e de fazer. Dizem que o pisciano é um ser adaptável e eu sou pisciana, enfim...
Me assusta quando preciso corrigir uma pessoa que não soube escrever "demasiado". Me assusta quando eu digo uma palavra que existe e pode ser lida nos livros e mesmo nos livros indicados pelas próprias disciplinas (para os realmente interessados) mas aos ouvidos dos outros, ao redor de mim, soa como desconhecida...
Me assusta a apologia ao álcool, como se beber e encher a cara fosse legal, e como se álcool fosse a primeira coisa que a gente pensasse, quando se pensa em "diversão". Ser moderado é careta. Quem não bebe é "santo". Quem bebe pouco ou quase não bebe, tambem. Legal é ficar de fogo, legal é falar muuuita besteira, legal é fumar maconha no intervalo da faculdade e voltar pra aula chapado (a).
As vezes dá vontade de mandar todo mundo à merda...

sexta-feira, agosto 25, 2006

Não estou gostando do que estou vendo...

Vou tentar escrever como se ninguém fosse ler... ninguém além de mim. Eu queria poder dar boas notícias ou pelo menos transmitir alegria, mas estou vivendo uma fase muito difícil. E este é um texto sem qualquer disfarce literário, estou escrevendo o que estou sentindo, pura e simplesmente.
A verdade é que meu espírito já não é o mesmo, minha alegria não é a mesma, meu corpo não é mais o mesmo... tudo está embaralhado aqui dentro, se não é um problema, é outro e isso mexe com a parte psicológica! Minha auto-estima está à zero, me sinto alguém de quem ninguém se lembra e de quem ninguém se importa. Isso vem de longe. Cada dia que passa eu tenho mais certeza de que eu não pertenço ao mesmo "mundo" das outras mulheres (as vezes acho que sou especial por isso, outras não). Isso piorou, depois que eu entrei na faculdade e vejo todas as conversas sobre chapinha, sobre tom de cabelo, sobre salão de beleza, sobre carros, baladas e namorados. Não me enquadro em nada disso... eu sou quem sou e como sou, sem sair muito, sem carro e meio sem companhia também. Escuto as conversas sobre relacionamentos, e embora eu as ache muito fúteis, sinto vontade de viver um pouco desta *futilidade*, que seja. Acho que um dia eu vou aprender que é mais fácil achar e falar do que viver a prática das coisas. O fato é que pessoas como eu já não são vistas aos olhos do mundo. Os homens preferem as "gostosas", com cabelões, brincos de argolas, enfim, tudo que é bem óbvio e bem conhecido e bem visto. Se eu sou delicada, se sou doce, meiga, etc etc etc etc etc, nada disso importa, não é isso que conta e nem sequer é percebido pelas pessoas.
Pra piorar, absorvo aos poucos toda esta pressão por beleza que a sociedade impõe. Estes dias cortei o cabelo e embora todos tenham gostado, eu odiei e estou me sentindo "fora de mim". Parece que não sou eu... (leia: estou me sentindo feia, ridícula) e agora estou me procurando.
Onde eu fui parar?
Estou sem identidade, porque deixei todas as coisas que eu gosto e que são a minha vida, de lado. Muitas vezes me pergunto qual o sentido em cada coisa que eu tenho feito, desde aprender a calcular juros compostos, até a conhecer a ***** da Matriz de BCG. Eu preciso disto para viver neste mundo, e não é que eu não goste. Eu gosto da matéria. Mas as coisas têm um sentido maior, um sentido primordial, e eu não encontro este sentido nas coisas que tenho feito.
E eu preciso encontrar...

domingo, agosto 20, 2006

Shopgirl

Uma amiga [Ellen] me indicou um filme, dizendo que a personagem era parecida comigo [ou vice-versa] e que a vida dela se parecia com a minha [ou vice-versa]. Passaram-se dias, meses, até eu finalmente alugar a fita...
Ainda estou sob o impacto do efeito que o filme causou em mim. Não é só parecido, as circunstâncias são as mesmas. As expectativas, a intensidade com que ela se dá nos relacionamentos e nas coisas importantes pra ela. A sensibilidade e muitas coisas.
Tem uma cena em que ela faz algo que eu não só já fiz, como fiz nas mesmas circunstâncias e do mesmíssimo jeito!!!!!! É como se o cara tivesse se baseado na minha vida...
[chorando]
E o cara reagiu do mesmo jeito... até o fim.
***
"As vezes ele pensa nela. As vezes ela pensa nele. As vezes isso acontece ao mesmo tempo. E então, sem saber, Mirabelle e Ray continuam se relacionando".
...assistam.

my so - called life

Tantos desejos, tantos pensamentos que não tenho registrado de alguma forma... medo de perdê-los. Espelhos que vejo por aí e gostaria de estar mais próxima. Pessoas com quem me identifico e que gostaria de estar mais próxima. Estranho. Tem gente que parece uma fada, ou um príncipe. A gente gosta, mas está na nossa imaginação e nunca vai sair de lá. Não sabe se é de verdade ou não. É que é assim. Eu vejo algumas pessoas por aí e me vejo ali, exatamente ali. Mas eu não estou ali, apesar de eu querer estar. Estou aqui. Que vontade de estar ali também! Nem precisa ser como substituição ao que já existe e que me acho parecida. Poderia ser junto. Poderia ser também. Aprendi a compartilhar, a dividir, a trocar. Mas o fato é que agora eu estou aqui atrás da tela do computador, estou gripada, amanhã cedo acordo para trabalhar e à noite tem faculdade. Isto é estar aqui.
Estar ali é um sonho. É ver o meu nome na capa de um livro. É ver o meu rosto num palco, num filme. Num bom projeto. É conseguir levantar os meus projetos e ajudar as pessoas a acreditarem nelas e descobrirem a si mesmas. Isto é estar ali.
Novos caminhos. Assustadores. Pouco a pouco eu vejo os meus sonhos ficarem para trás. Quase embrulhados com a minha própria resignação. Como se eu mesma tivesse feito o laço de fita. E a vontade que me dá, às vezes, é de apertar a tecla de reward e desembrulhar o tal pacote, com rapidez. Eu não sei se tudo ainda estará lá. E não sei se quem vai abrir o pacote, será a mesma pessoa que o fechou.

sexta-feira, agosto 18, 2006

dos modos

É falta de educação jogar lixo pela janela.
É falta de educação fazer xixi na tampa do banheiro.
É falta de educação, aliás, não puxar a água.
É falta de educação falar muito alto, ou rir muito alto.
É falta de educação ser grosso (a) com as pessoas.
É falta de educação sugar o prato de sopa com a boca, quando está no finzinho.
É falta de educação tomar suco fazendo barulhinho.
É falta de educação largar os ossos do frango do lado do prato.
É falta de educação falar de boca cheia.
É falta de educação bocejar enquanto o outro está falando.
É falta de educação falar enquanto o outro está falando.
É falta de educação colocar mais comida do que lhe cabe na boca.
É falta de educação passar o cabelo nos meio dos dentes, passando-se por fio dental.
É falta de educação ficar comendo e comendo e comendo na casa dos outros.
É falta de educação quando você vai em um casamento e não sai de perto da mesa.
É falta de educação escutar música no último volume quando você não está sozinho.
É falta de educação dar detalhes sobre suas tórridas experiências sexuais com seu namorado.
É falta de educação pegar a comida com as mãos.
É falta de educação jogar a roupa íntima, suja, na cama alheia.
Pior ainda é lavar e deixar pendurada.
É falta de educação gritar no ouvido de quem não tem culpa.
É falta de educação tossir sem tapar a boca.
É falta de educação espirrar no cabelo dos outros.
É falta de educação sentar à mesa usando bonés (e afins).
É falta de educação não dar bom dia às pessoas.
É falta de educação jogar lixo dentro da pia da cozinha.
É falta de educação não limpar o banheiro direito.
Pior ainda é se você nunca limpa...
É falta de educação fuçar no orkut dos outros.
É falta de educação dormir na cara do professor...
É falta de educação rir de boa cheia.
É falta de educação atender o telefone comendo.
É falta de educação perguntar quantos anos você tem.
É falta de educação perguntar quanto eu ganho.
É falta de educação dar calote nos outros.
É falta de educação rir da cara dos outros sem disfarçar.
É falta de educação espremer espinhas na frente das pessoas.
É falta de educação pentear o cabelo na cozinha.
É falta de educação falar palavrão.
É falta de educação dormir na recepção...

quinta-feira, agosto 17, 2006

Caraca!!!!!

Para um preso, menos 7 dias. Para um doente, mais 7 dias. Para os felizes, 7 motivos. Para os tristes, 7 remédios. Para os ricos, 7 jantares. Para os pobres, 7 fomes. Para a esperança, 7 novas manhãs. Para a insônia, 7 longas noites. Para os sozinhos, 7 chances. Para os ausentes, 7 culpas. Para um cachorro, 49 dias. Para uma mosca, 7 gerações. Para os empresários, 25% do mês. Para os economistas, 0.019 do ano. Para o pessimista, 7 riscos. Para o otimista, 7 oportunidades. Para a Terra, 7 voltas. Para o pescador, 7 partidas. Para cumprir o prazo, pouco. Para criar o mundo, o suficiente. Para uma gripe, a cura. Para uma rosa, a morte. Para a História, nada. Para a Época, tudo!
***
Arrepiiiiiio... arrepio até os pêlinhos que me restam nas panturrilhas, que eu esqueço quando me depilo [cegueira]... quando vejo um trabalho bem feito como este, fico arrepiada, emocionada, feliz, nova em folha!!! A professora deu um show ontem na aula, era sobre semiótica [signos], que eu adoro****, levando-nos material em várias mídias. Desde as várias versões da musica do Jornal Nacional [signo que se transforma através do tempo] até propagandas consagradas. E uma delas era a da Revista Época [texto acima]. Eu nunca tinha visto esta propaganda... ela é atípica, porque tem três minutos e uma dramaticidade diferente das convencionais, que nos permite a **reflexão**, enquanto as outras são tão dinâmicas que não foram feitas para a mente humana refletir, mas captar [daí o uso dos signos]. E esta propaganda é **LINDA**! Ela emociona! O texto é simplesmente genial...
Putz. Como é bom estudar e conhecer coisas novas!!! Estou tão feliz, a gente se sente mais viva quando vive coisas novas e cada coisa pequena que seja, me emociona, sim. Como uma campanha bem feita.
A sala estava escura, toda preenchida pelo som robótico que a W Brasil criou para este filme e as imagens cresciam pelas paredes. Quando a propaganda terminou, eu travei. Não conseguia dizer uma palavra de tão emocionada que eu fiquei.
Ela junta tudo o que eu mais amo: linguagem de cinema, música de primeira e poesia...
Vejam:
Procurem o link para escutar o comercial na íntegra, em banda larga ou acesso discado. Vale a pena.

domingo, agosto 13, 2006

Especial...

ap. diz:
oi, coelhinha querida.
Melissa diz:
tudo bem por aí? está insone?
Melissa diz:
rs
ap. diz:
estou bem sone...
ap. diz:
mas o vício, sabe como é....!......
ap. diz:
tudo sim, e por aí?
Melissa diz:
vc sabe que sp é sempre esquisito e que eu sou sempre manhosa.
Melissa diz:
rs
ap. diz:
e sei q és capaz de escrever frases maravilhosas como essa.
Melissa diz:
ahahahaha... só você pra admirar minhas crises de manha. rs sabe ontem eu lembrei de vc na aula de filosofia..
ap. diz:
não tem coisa melhor pra lembrar, coelha?
Melissa diz:
putz, bem que vc podia vir aqui e substituir aquela velhinha que dá aula pra gente. Ela é fofa, mas.. acho que filosofia precisa de dinamismo rs
Melissa diz:
ahahahahahahhahah
ap. diz:
eu? dinâmico?!
Melissa diz:
ahahahahahahah
Melissa diz:
ah, de vez em quando... rs
ap. diz:
vai te engasgar, assim.
ap. diz:
é? quando que não me lembro?!
Melissa diz:
seja como for, a aula com certeza seria melhor
Melissa diz:
tudo bem, vc não é dinâmico.
ap. diz:
só pq tu é minha amiga...
Melissa diz:
foi uma fantasia existencial.
ap. diz:
com ela, ou comigo?
Melissa diz:
ela colocou uma música e mandou a gente grifar as partes mais bonitas, André, socorro!!!!!!!!!! rs
Melissa diz:
ahahahhahahahahahahahha
Melissa diz:
comigo!
ap. diz:
dá a mão.....
ap. diz:
aqui...
ap. diz:
puxa......
ap. diz:
é: filosofia é isso, srta. ll.
Melissa diz:
rs... agora... mudando de assunto, tenho fantasias com vc quando leio os quadrinhos do Charlie Brown.
Melissa diz:
mas não são as fantasias que você está pensando
Melissa diz:
hihii
ap. diz:
e quais eu estava pensando?
ap. diz:
só pra não me confundir...
Melissa diz:
são fantasias doces e sutis, pq vc é igualzinho o charlie brown!!!!!!!!!! [vc estava pensando em fantasias não doces e não sutis ahahahahahha]
Melissa diz:
vc é igual em personalidade e em rosto.
ap. diz:
tu sempre sabe oq eu estou pensando?
Melissa diz:
vc anda meio tarado ultimamente rs
ap. diz:
minha personalidade é igual ao meu rosto?!
ap. diz:
não me confunde, lilica.
ap. diz:
tu q não notou antes.
Melissa diz:
qdo eu vi o seu quarto e vi vários peitos estampados na parede vc não era tarado rsrsrsrs
ap. diz:
tinha peitos no meu quarto?!
Melissa diz:
eu disse que o charlie brown é igual a vc em personalidade e o rosto dele é igual ao seu
ap. diz:
e oq eu era?!
Melissa diz:
ué guri o quarto é teu, vc é que tem que saber dos detalhes
ap. diz:
gordinho e careca?!
Melissa diz:
sim
ap. diz:
mas já mudou tudo...
ap. diz:
eu não sou gordinho..!!!!
Melissa diz:
vc tá magrelo?
ap. diz:
sempre fui. humpf.
ap. diz:
esbelto.
Melissa diz:
sim, e quem tá dizendo aqui que não, coelhinho? rsrsrs
ap. diz:
alto, moreno, e sensual.
Melissa diz:
baixinho, fofinho e bonitinho.
Melissa diz:
inhos.
ap. diz:
e eu a ando tarado...........!........
ap. diz:
a = q.
ap. diz:
q coisa esse teclado.
Melissa diz:
ué...
Melissa diz:
eu só falei de inhos
Melissa diz:
quer saber como estou vestida agora?
Melissa diz:
estou vestindo uma camiseta com botões azuis
ap. diz:
isso é uma pergunta de verdade, ou aquelas simulações eróticas?
Melissa diz:
tipo com aquelas manguinhas de menina, sabe. E uma saia jeans com renda bege na barra
Melissa diz:
e com uma trança no cabelo, com uma fita azul da cor dos botões
ap. diz:
hummmm...
ap. diz:
(é como se responde, não é..."huummm..."...)..?..
Melissa diz:
ahahahahhahahahahahah
ap. diz:
mas segue...
ap. diz:
q tá começando a dar resultado..!...
Melissa diz:
rsrs
Melissa diz:
e sapatinhos beges com lacinhos de cetim
Melissa diz:
e bochechas rosadas.
Melissa diz:
sério.
ap. diz:
tão formal em casa, coelhinha...?...
Melissa diz:
eu acabei de chegar da rua
ap. diz:
sério qual parte? das bochechas?
ap. diz:
ah,...
ap. diz:
mas então, não se sinta encomoada srta. passeadeira...
ap. diz:
pode ir te arrumar...
ap. diz:
ficar mais à vontade...
Melissa diz:
risos.
Melissa diz:
Dé, o Charlie Brown é apaixonado pela menina ruiva!!!!!!!!! Como pode ser tão parecido?
ap. diz:
não sei...e não dá mais pra saber...o shultz morreu.
Melissa diz:
Dé estes dias eu estava lendo aqueles textos que eu escrevi sobre as histórias do aeroporto e chorei.
ap. diz:
tu é chorona,
ap. diz:
nada mais normal.
Melissa diz:
eu me coloquei inteira naquelas coisas que eu escrevi, os textos estavam lindos, fiquei emocionada por te-los escrito
Melissa diz:
vou tentar continuar.
ap. diz:
achei q era por saudade, sua exibicionista..!!!..
Melissa diz:
rsrsrsrs vc sabe que não é verdade
Melissa diz:
saudade também, principalmente
Melissa diz:
claro
ap. diz:
mas é q dá uma vontade de implicar...
Melissa diz:
a maior e mais dolorida
Melissa diz:
tudo bem, pode implicar a vontade rs
ap. diz:
tive, hoje.
ap. diz:
olha, guria.......
ap. diz:
q posso passar do limite, hein...
ap. diz:
tive saudade hoje,..
Melissa diz:
passe, acho que deve ter muitos limites esperando vc passar por eles
ap. diz:
peguei o t5, te lembra..?..o ônibus q leva da minha casa ao aerorporto...
Melissa diz:
sim
ap. diz:
não me provoca, coelha..!.
Melissa diz:
é que dá uma vontade de provocar
Melissa diz:
e aí, vc foi até o aeroporto?
ap. diz:
tá.
ap. diz:
provoca, então.
ap. diz:
não...fui até o trem...
ap. diz:
mas tinha uma menininha vestida de tam..
Melissa diz:
o trem... ui. [arrepio]
Melissa diz:
os azuis estão extingüidos nos aeroportos
Melissa diz:
ops
Melissa diz:
extintos
ap. diz:
arrepio pq?
Melissa diz:
hihihi
ap. diz:
q azuis?!
Melissa diz:
trem me causa arrepios, não sei pq
Melissa diz:
e principalmente aquele trem, tb não sei pq
Melissa diz:
azuis vaspianos e variguianos
ap. diz:
ainda bem q é só trens, né?
Melissa diz:
isso é vc que tá dizendo... rs
ap. diz:
não sei q trens são esses.
ap. diz:
eu?
ap. diz:
q q eu disse, mesmo?!
Melissa diz:
ahahahhahahaha
Melissa diz:

Melissa diz:
heim.
ap. diz:
por minha causa?
Melissa diz:
pq vc sempre me desconstrói... rs
ap. diz:
os tijolinhos estão esparamados pelo chão do quarto?
ap. diz:
rr.
Melissa diz:
não, que eu já construí de novo
Melissa diz:
rs
ap. diz:
uau!
ap. diz:
na mesma velocidade q achava aquela burdx11.
ap. diz:
bu23wxx?
Melissa diz:
bk22
ap. diz:
wt15rxx?
Melissa diz:
aiiiiiiiiiiiiiiiii de novo.
ap. diz:
oq, guria?
Melissa diz:
vc se lembra qual foi a primeira mala que eu achei pra vc?
Melissa diz:
[foi arrepio]
ap. diz:
se eu disser q não, q tu faz?!
Melissa diz:
eu conto
ap. diz:
me lembro q eu fiquei pensando...."humm...melissa.."...
ap. diz:
conta.
Melissa diz:
foi uma bk25
Melissa diz:
uma não, duas
ap. diz:
se te arrepiar, vai ter
ap. diz:
q pagar uma prenda.
Melissa diz:
eu falei que uma tava, e vc me respondeu: "hummmmm
Melissa diz:
se uma está, a outra tb tem que tá né?"
Melissa diz:
e estavam.
ap. diz:
eu nunca tenho a coisa certa pra falar na hora certa..
Melissa diz:
vc acha que não tem.
ap. diz:
tenho certeza.
Melissa diz:
se vc não tivesse, não teria me estimulado a encontrar a segunda mala
ap. diz:
sempre tão gentil, ...
Melissa diz:
e eu encontrei a segunda mala e o nome dela era Melissa.
Melissa diz:
hihihi
Melissa diz:
[mas é verdade tá]
ap. diz:
quem disse q é mentira?
ap. diz:
alguma vez tu mente, lilica?
Melissa diz:
só besteirinhas
ap. diz:
conhece a piadinha da de mente?
Melissa diz:
não
ap. diz:
dua balinha foram fugir do hospício...
ap. diz:
(sou péssimo em piadas)
ap. diz:
passando pela porta o guarda perguntou:
ap. diz:
'onde tu pensa q vai, sua demente?'
ap. diz:
e ela:
ap. diz:
'a de mente é ela,
ap. diz:
eu sou a de uva'.
ap. diz:
mas do q estávamos falando mesmo?
Melissa diz:
ahahahahahahahahahahahha
Melissa diz:
rsrsrs
Melissa diz:
estávamos falando das duas malinhas.
Melissa diz:
e eu te disse depois que estou com muitas saudades de vc.
ap. diz:
melissa e élida?
ap. diz:
não era fácil essa dupla.
ap. diz:
disse?
Melissa diz:
élida, eu passava mal de rir, por causa dela
Melissa diz:
disse.
ap. diz:
pq eu não vi?
Melissa diz:
vc sabe que eu estou trabalhando em uma empresa que fornece combustível para aeronaves.................
Melissa diz:
eu disse, baixinho, pra vc não escutar
Melissa diz:
dé eu te falei que achei meus parentes na Lituânia?
ap. diz:
e oq mais não era pra eu escutar.
ap. diz:
?
ap. diz:
falou!
Melissa diz:
por enqto, que eu mesma tenha escutado, só isso
ap. diz:
mas da empresa, não...
ap. diz:
ah, bom, então foi um passarinho...
ap. diz:
já tirastes os sapatos, pelo menos?
Melissa diz:
eles são confortáveis rs
Melissa diz:
eu entrei na internet pq queria procurar alimentos que contém ferro
ap. diz:
aparece alguma coisa do lado do meu nome?
Melissa diz:
nope.
ap. diz:
entrou?
ap. diz:
e como é aí dentro?
Melissa diz:
oui
Melissa diz:
chato!
ap. diz:
achei q fosse tridimensional.
ap. diz:
mas não tenho coragem de entrar pra ver.
Melissa diz:
rsssssss
Melissa diz:
vc nao tah perdendo nada
ap. diz:
e eu q queria perder tudo....
ap. diz:
quase dez anos, melissa.
ap. diz:
éramos jovens, né?
ap. diz:
não apaga, guria.
Melissa diz:
pára, ow. nós somos, ainda. eu me sinto praticamente uma criança
ap. diz:
eu, um velhinho.
ap. diz:
às vezes, um cachorro.
ap. diz:
a bengala do velhinho.
ap. diz:
a coleira do cachorro.
Melissa diz:
conheci um gaúcho há umas semanas atrás, só por curiosidade
ap. diz:
se tu apagar de novo, vou te pegar pelo pescoço.
ap. diz:
hum, e daí?
Melissa diz:
eu não peguei o que vc tá querendo dizer com apagar...
ap. diz:
ele já foi aí, ou tu já veio aqui?
Melissa diz:
ahhh tah
Melissa diz:
entendi
Melissa diz:
rs
ap. diz:
não pegou oq?!
Melissa diz:
como vc sabe que eu apaguei????????????
Melissa diz:
não, mas ele vem no fim do ano, parece
ap. diz:
subordei o pessoal aí de dentro.
ap. diz:
te ver?
Melissa diz:
ver uns amigos
ap. diz:
suborNei.
ap. diz:
ah, sim, uns amigos.
Melissa diz:
rs
ap. diz:
é bonitão, ele?
Melissa diz:
ele é misterioso, isso que faz ele bonito
Melissa diz:
mas sim, ele bonito
ap. diz:
aiai,...a velha história...
ap. diz:
cuidado q são os mais tarados...!..
Melissa diz:
rs eu nao to apaixonada por ele
ap. diz:
não faz diferença.
ap. diz:
aliás, como se apaixona, mesmo?
Melissa diz:
sei lá
ap. diz:
belíssima resposta.
Melissa diz:
eu parei com isso
ap. diz:
a srta. acaba de levar um...........pão torrado.
Melissa diz:
pq? rs
ap. diz:
pela resposta.
Melissa diz:
mas é verdade. Vc sabe que sempre acaba mal. Eu sempre acabo chorando. Então eu tranquei a portinha.
Melissa diz:
esqueci como se apaixona.
ap. diz:
porta trancada dá claustrofobia.
Melissa diz:
está verde para o pedestre mas eu não quero atravessar
Melissa diz:
eu sei, e já está dando
ap. diz:
então fica, ué!
Melissa diz:
rs
ap. diz:
lilica melica ripilica.
Melissa diz:
o quintaninha fez anos né.
ap. diz:
de morte....
Melissa diz:
* A moça até queria levar sua cachorra [velhinha, a cachorra e não a moça] para passear. Era cedo, bem cedo. Ela a puxava com a cordinha e a cachorra meteu a cordinha na boca para tentar segurar a dona e se sacudia, e se sacudia e se sacudia... Não sei bem se a dona queria levar a cachorra ou se a cachorra queria levar a dona.
ap. diz:
bem q ele faz.
Melissa diz:
Como a cachorra não conseguiu na primeira estratégia, passou para a segunda: comer, comer, comer, comer a cordinha até chegar na mão da dona, que, sem saída, conservaria seus dedos todos e assinaria do tratado de liberdade para a velha e cansada e revoltada cachorra.


ap. diz:
...
Melissa diz:
rsrsrsrsrsrs eu escrevi isso por aí.
ap. diz:
inconfundível.
Melissa diz:
vc tá escrevendo?
Melissa diz:
inconfundível?
ap. diz:
não faço oq não sei fazer.
Melissa diz:
ah pára
Melissa diz:
ataque de modéstia rs
ap. diz:
é. inconfundível, teu texto.
ap. diz:
caída na real.
Melissa diz:
pára, André, não desperdice-se
ap. diz:
tarde demais.
Melissa diz:
pq? Te incomoda escrever?
Melissa diz:
escrever não é fácil, foi vc mesmo que disse isso
ap. diz:
me incomoda tanto q me liberta de tudo.
Melissa diz:
mas eu adorava ler os seus textos
ap. diz:
não é nada nada nada fácil.
ap. diz:
q bom q o verbo tá no passado.
ap. diz:
e pq não é nada nada nada fácil, é o q mais se deve tentar.
ap. diz:
porém, não faz sentido.
Melissa diz:
fico triste em saber disso, e vc sabe que eu sou briguenta, mas respeito vc, Dézinho.
ap. diz:
e essa vidinha não tempo pra nada sem sentido.
Melissa diz:
mas e se faz sentido pra alguem?
ap. diz:
esse alguém esá enganado.
ap. diz:
esTá.
Melissa diz:
tá bom... que puxa...
Melissa diz:
coisa mais sem sentido do mundo é este tal de orkut.
ap. diz:
não sou eu q digo isso?
Melissa diz:
eu quis imitar vc
ap. diz:
e esse tal de méssedjer, então?
Melissa diz:
o que seria de mim sem ele?
ap. diz:
uma linda menininha azul.
ap. diz:
melissinhagain,
ap. diz:
eu preciso sair daqui e comer.
ap. diz:
tô tonto.
ap. diz:
quer dizer...mais tonto.
Melissa diz:
vai comer Dé
Melissa diz:
não esqueça de mim.
ap. diz:
tu vai ficar bem?
Melissa diz:
"sim"
ap. diz:
posso dizer q nunca vou esquecer de ti?
Melissa diz:
pode...
ap. diz:
nunca vou esquecer de ti, melissa kaswqkwkasaminkas.
Melissa diz:
não apaga rs
ap. diz:
qual minha prenda?
Melissa diz:
e vc nunca vai sumir, né?
Melissa diz:
pelo menos do méssegjserneger.
ap. diz:
não garanto.
Melissa diz:
sua prenda vc escolhe
ap. diz:
cada dia sumo mais um pouquinho.
Melissa diz:
vou dar um nó na sua orelha azul
ap. diz:
a minha escolha é a q mais te satisfizer.
Melissa diz:
vc está triste/deprê/cinza, como preferir...?
ap. diz:
estou como sempre estou.
Melissa diz:
ah tah. fico mais aliviada rs
ap. diz:
diz txau, lili.
Melissa diz:
txau
Melissa diz:
beijinhos
ap. diz:
.
***
Dé. Sei que você não acredita em mim, mas eu amo você!

sexta-feira, agosto 11, 2006

correria

Cenas

* Um professor/enfermeiro/médico/etc com a blusa do lado do avesso. A minha também estava.
* A moça até queria levar sua cachorra [velhinha, a cachorra e não a moça] para passear. Era cedo, bem cedo. Ela a puxava com a cordinha e a cachorra meteu a cordinha na boca para tentar segurar a dona e se sacudia, e se sacudia e se sacudia... Não sei bem se a dona queria levar a cachorra ou se a cachorra queria levar a dona. Como a cachorra não conseguiu na primeira estratégia, passou para a segunda: comer, comer, comer, comer a cordinha até chegar na mão da dona, que, sem saída, conservaria seus dedos todos e assinaria do tratado de liberdade para a velha e cansada e revoltada cachorra.
* Ele segurava nas mãos dela, delicadamente, só os dedinhos. Um casal de velhinhos no metrô.
* Enquanto eu esperava o ônibus eu sabia que ele estava por perto, ali na pizzaria. Olhei de longe e o vi, quietinho, sentadinho na mesa e conversando com os amigos. É tão bom olhar você. Estamos perto. Eu ali e você do lado. É só querer. É só eu querer. Mas agora tem alguma coisa me amedrontando, não sei o que é. Bastava dizer um A, fazer nada. Mas tem alguma coisa me segurando... acho que é medo de errar.
***

E o pulso ainda pulsa - II

* Labirintite [confirmado]
...SOS!!!!!! :-P

***

A faculdade está dissolvendo as minhas faculdades criativas e inspiradoras... quero escrever, mas a cabeça pesa. Preciso dormir. Preciso fazer o boneco do jornal da igreja. Preciso estudar minha personagem. Preciso ir à dentista, amanhã cedo [ninguém merece, mas não teve jeito]. Preciso estudar, estudar muuuuuito. Preciso dormir....

Só - me - fodo na hora de ir embora. Ainda não encontrei o ônibus perfeito e nem o ponto perfeito. Só me enfio em bocadas, sempre sobro, sou a última pessoa a transitar pela rua. Dados oficiais. Ontem fui parar no metrô luz. Meia noite. Desci onde eu sei que era a entrada do metrô. Era... não é mais. Está em reforma... conclusão: pé-moído.

[ainda bem que foi só o pé, né]

***

Garota enxaqueca: fico PUTA da vida com gente lerda!!!! Eu odeio dondoquinhas!!! Odeio gente que fala comigo e parece que está morrendo. Dá vontade de colocar o dedo indicador na barriga, com tudo, pra ver se o dito acorda. Putz...

Desacelera, Melissa. É melhor.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Sustos

Recados...
... Marcita: eu fiquei extremamente chocada e/ou emocionada com seu telefonema. A gente cria uma imagem de indefectível da Marcia Kókot, e de-repente ela me liga chorando e sentida... se você tivesse ligado algumas horas antes, eu teria chorado junto com você. Estava no meu dia existencial. Putz. Da próxima vez trate o gato de quatro pernas como se fosse de duas [e NÃO se apegue!!!!]... embora o gato de quatro pernas não mereça tal despropósito...
...Polinho: o cuidado e o carinho curam mais do que um bifinho, pode acreditar. Obrigada por sua preocupação! Vou imprimir os artigos para ler com cuidado. E já dei uma lida no blog da Bel, tem algo familiar por ali, com certeza!
***
Ah!!!! Como é bom receber pequenas demonstrações de afeto!!!! As pessoas realmente sentiram minha falta durante minhas férias. Chego pulando. Pulando de feliz, mas só a Jô [a copeira] vê. Ela sorri e me abraça bem apertado. E por aí vai. Agora há pouco eu recebi um abraço tão bom... tão bom... e um sorriso que diz tudo! Despretensioso, mas tudo o que é despretensioso me conquista. Foi ele.
Até o Damian me deu boas vindas! :-)
Estas pequenas coisas me fortalecem e aumentam o nível de ferro no meu organismo!!!! :-D
É, eu preciso de abraços. Abraçem-me sempre, porque eu sou praticamente um teddy bear.
***
Estes dias eu assisti "Central Stage", o filme sobre dança. Na realidade eu já havia visto, duas ou três vezes, mas a reação desta última vez foi chorar e chorar e chorar. Não sei por quê, porquê tudo me emociona. As coisas mais sutis e as mais ostensivas. O que é dito, o que não é dito. O que nem sequer é mostrado... tudo me emociona. Vivo praticamente oscilando entre extremas emoções despertadas pelas mínimas coisas e não há coração que agüente!
Bem, o meu quase aguenta. As vezes ele palpita um pouco, estremece, mas isso é normal.
Central Stage. Uma das coisas que mais me chamou a atenção, é uma cena onde a instrutora [elegantíssima] fala para "Eva" que não importa o que aconteça e não importa o que lhe digam, sempre que ela se aproximar da barra, estará em casa.
Isto foi há alguns dias.
Ontem, antes de dormir, depois de ter arrumado o meu quarto e todas as coisinhas para o dia seguinte [quando a vida recomeça], resolvi abrir meu laptop para tentar escrever e rever o que eu deixei por ser feito. Cheguei até os meus textos sobre o aeroporto e os li, um por um. Lágrimas. Lágrimas gordíssimas. Arrepios, palpitações, emoções e recordações... eu sinto, eu choro, eu sofro, eu sinto medo, angústia, saudade, ansiedade, incertezas, sinto paixão, sinto amor e frustrações... e o papel está ali! Mas tenho me esquecido disto. E a conclusão é um hemograma que mais parece a arena de um circo! Diagnósticos e visitas ao médico. Tudo porque eu tenho me esquecido da minha casa...
...o papel! Ali eu posso ser a Mel, posso dizer tudo, posso indagar tudo, posso sentir o que for, sem ter medo. Não importa o que me aconteça, o papel está ali e ali é a minha casa, ali é o meu espelho, ali é a minha alma e o meu coração. Ali é a minha casa.
O que eu escrevi foi lindo. A emoção maior foi o susto que eu levei quando li o que eu mesma escrevi. Sim, vou continuar. Haverá sempre uma brechinha para eu escrever... e haverá sempre o que ser dito!
***
Respondendo scraps e sutilmente fuçando nos scraps alheios. Um amigo escreve para o outro:
"Criticamos tanto a falta de movimento dos anos 90 que não observamos o básico: o vazio era o movimento." [Adriano Tardoque]
Quantas coisas ele me fez pensar e sentir depois de ler isto! Quantos dias vazios eu passei, primeiro fugindo das coisas que eu não queria encarar e depois correndo atrás do que na verdade sempre esteve atrelado à mim. Mas eu não conseguia falar, nem fazer nada, nem gritar, porque estava sozinha. Não havia parceria. Eu pensava... cadê a juventude que tirou o Collor do poder? Cadê a indignação? Cadê a UNE? Não tem ninguém, nem um sussurro, nem uma palavra. Instituições importantíssimas perdendo a força, a alienação da juventude do Playstation, dos blogs, das drogas, da alienação, alienação, alienação [isto me inclui].
É muito importante pra mim entender o que o Adriano escreveu. O vazio diz mais do que uma passeata inteira. Não tem efeitos práticos, efeitos positivos. Mas tem entendimento. Retrata a face de uma época e de uma idade. E de certa forma, o vazio é a palavra que traduz o que eu senti boa parte deste tempo...
Sendo assim, eu entendi uma época e entendi a mim mesma.
***Obrigada, Adriano Tardoque. A sua aula de História deve ser o máximo!***

domingo, agosto 06, 2006

nada.

E o pulso ainda pulsa...
...dor de cabeça, cisto no ovário, falta de ferro no organismo, período menstrual circense, anemia... e o pulso ainda pulsa... queda de cabelo, infecção urinária, dor muscular, náuseas... e o pulso ainda pulsa... tosse, febre, dor no corpo, dor no peito, dor nas costas, probleminha na arcada dentária, hipotireoidismo... e o pulso ainda pulsa...
...que merda...
***
Tenho muito o que dizer, mas ainda não está pronto...
***
Amanhã, tudo recomeça...

sábado, agosto 05, 2006

wish you were here

Come here, come close... I don´t wanna be alone
I´m so tired to be afraid, I´m trying to keep away
You don´t need to do anything but be here close to me
hold me close till everything go on away from me
just come here, come close, hold me tight
I just want your warm company tonight
***

quinta-feira, agosto 03, 2006

O sentido das nossas vidas

Hora de escrever no blog e descontar aqui toda a carga de empolgação, porque a partir da semana que vem, tudo vai mudar! Tudo di-fe-ren-te!!!! Volto pro trabalho [estou morrendo de saudades, dá pra acreditar???], tem faculdade e tem mil planos bombando aqui na minha cabecinha. Bomba tanto que eu sinto até vertigens!!!!
Estou super feliz, minha gente! E super preocupada também. Porque vocês sabem... Mel nunca escolhe as coisas normais. Mel odeia tudo o que é óbvio. Abaixo a obviedade!!!!! E isto se aplica ao teatro. Vocês nunca me verão fazendo "As dez coisas que eu odeio em você". Dificilmente. E isto também se junta à minha necessidade em voltar meus olhos e minhas atenções às questões sociais e psicológicas.
A fragilidade me comove. Ainda que eu também seja frágil, e tanto que às vezes fico pensando... e pensando... e pensando... será que eu realmente quero entrar neste assunto? Psicopatologias. Acho que de perto todo mundo tem um ponto fraco, que adormece lá no fundo, bem lá no fundo. E no momento em que a vida mexe com nossas estruturas emocionais, então este ponto fraco "acorda" e se transforma em uma psicopatologia.
Vulgarmente, tudo isso é traduzido no bom e velho "de perto ninguém é normal".
Eu gostaria de poder falar mais sobre este assunto por aqui, mas por segurança, vou manter sigilo. Talvez eu faça um blog com minhas companheiras de trabalho [Amanda e Mirelli] para discorrer sobre os pontos que vamos pesquisar, acho até que será uma necessidade. E podemos criar senhas para os amigos que se interessarem a ficar por dentro.
Hoje pesquisei um pouco sobre isto e tive uma iluminação a respeito do nome do projeto. Estou muito feliz, porque quando a gente entra num trabalho bom, a gente sente que é bom logo no começo!!!!
***
Algumas semanas atrás, eu estava folheando uma revista, porque eu estava arrumando meu quarto. Eu guardo algumas fotos de roupas que eu gosto e de maquiagem, gosto destas coisas. E gosto de fundir uma referência com a outra e criar uma coisa com a minha cara [que vocês sabem qual é].
Folheando a revista, encontrei uma flor. Esta flor [diferente, não sei o nome] era sombreada em tons de rosa. Na hora me lembrei de um tecido em taidai [como escreve isso?]. Faz muito tempo que eu venho pensando em fazer alguma coisa [a longo prazo] na área de moda, porque quando eu era criança eu já desenhava vestidinhos e as minhas tias e amigas da minha mãe adoravam.
Já encontrei a inspiração. Já encontrei os meios. É um projeto que vai sair do papel em breve. Eu só preciso de um site, uma firma aberta, uma máquina de costura e quinquilharias para customização.
O nome da grife eu conto depois que registrar.
***
No próximo final de semana começa meu curso de dramaturgia! Na casa das rosas. Eu preciso de ferramentas para escrever, ou melhor, escrever em formatos que tenho pouca familiaridade, como roteiros e peças de teatro. E preciso de disciplina também... quem sabe fazendo uma coisa, a outra vem de brinde, né? :-P
Eu quero continuar escrevendo porque tenho algumas idéias para textos teatrais. Já escrevi alguns. Um sobre circo [O sonho de Ariel]. O outro sobre criminalidade [14 KM]. E alguns textos curtos.
Comecei um romance ambientado no século XIX mas parei, porque estava enrolando demais sem saber que caminho tomar. Não precisei fazer pesquisa histórica, porque a história é muito subjetiva. Basta que eu conheça os costumes da época.
São imensos os projetos, mas pouco tempo e pouca disposição para escrever. Eu não consigo escrever em ambiente urbano. Preciso me isolar. Já falei isto milhões de vezes. Eu preciso acordar cedo, ficar no silêncio, sentada confortavelmente, em um lugar onde não haja barulho, para que minhas idéias fluam e minha imaginação e criatividade tenha espaço para se desenvolverem. Enquanto este "ambiente" não chega, tento superar os limites e crio alguma coisa, com muita timidez.
E...
Hoje eu estava indo para a casa de chá da minha amiga [Mirelli] e passou um ônibus ao meu lado. Ok. Comecei a tossir e senti a fumaça do escapamento entrar pelas minhas narinas. Então eu entendi porque eu escolhi estudar Marketing. Eu escolhi estudar Marketing, porque eu quero comprar uma casa num lugar bem longe da cidade. Não existe um pio neste lugar! Eu já falei dele... lá se anda de bicicleta, ou à pé. Lá tem cachorro, lá tem água fresca, leite de vaca, plantas, muitas plantas. A gente tem tempo pra ver o sol se pôr [tempo e disposição]. A casa é simples. Sem luxos. Mas hoje em dia, viver bem é caro. E é por isso que eu estudo Marketing.
Quando a faculdade acaber, se Deus quiser e se depender do meu esforço, eu já terei meu pé de meia para construir minha casa. Fazer minha viagem para a Europa e estudar lá. Conhecer o belíssimo outono europeu que tanto o Jorge Amado fala [e que eu estranhamente já conheço]. Conhecer a terra do meu avô [que eu não sei se é Lituânia ou se é a Rússia, como o povo de lá me falou].
E então, quando eu já estiver estabelecida, vou poder viver do meu sonho tranquilo de escrever e cuidar. Dois verbos que acabam sendo um só...
***
Em tempo: venho pensando muito em encontrar uma causa que mexa com minhas estruturas. Existem muitas, e não posso ajudar à todas. Sempre quis trabalhar com crianças. Mas encontrei algo que me instiga ainda mais. Porque é algo em que eu acredito. Realmente acredito que as pessoas possam a vir a ser melhores. Acredito no poder da arte e da educação na transformação do ser humano. Eu acredito no ser humano. Eu acredito que um plástico usado possa ser reciclado e virar papel. E eu acredito que uma pessoa à beira da marginalidade possa ser reciclada e se transformar em uma nova pessoa.
Por isso escolhi fazer parte de uma ONG dedicada à educação carcerária. É o Projeto EduCar. Você acredita realmente em reciclagem? Então dê uma chance à estas pessoas. Não se trata aqui de julgá-las, porque cometeram erros. Elas já foram julgadas e punidas por seus erros. Trata-se de dar chances para que elas não saiam das prisões pior do que entraram. Chances para que se transformem em cidadãos de verdade... Trata-se de reciclagem. Você acredita?
Se não puder cooperar gerando fontes de renda para presos em regime semi-aberto, ao menos acredite nesta causa.
***
Cometi dois erros doloridos na minha vida. O primeiro foi não ter terminado o Jornalismo. E o segundo foi ter medo de fazer Serviço Social. Medo de aceitar aquilo em que eu verdadeiramente acredito.
Qual é o sentido da sua vida? Meus amigos, amados amigos. Tudo o que escrevi acima, é o sentido da minha.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Coisas de Férias

* Internet... internet... internet...
* Não escrevi cartas aos amigos...
* Comer [muito]
* Planejar, planejar, planejar [e não fazer, e não fazer, e não fazer...]
* Visitar os lugares mais legais de São Paulo de cabo a rabo [sem tirar uma foto]
* Arrumar o quarto pra valer [e contribuir para a coleta reciclável]
* Viajar [de verdade só três dias]
* Ficar de perna pra cima sem fazer niente
* Tomar café [preto] de manhã na Tia Lene, em cima da central de gás, olhando as montanhas
* Deitar na grama e ficar olhando o céu [vestindo camiseta hehehe]
* Subir na árvore e ler um livro [no snakes]
* Brincar com a cachorrinha
* Comer biscoito de araruta, tomar laranjinha
* Andar de bicicleta
* Olhar o trem de carga passar
* Brincar com crianças
* Comer jabuticabas e goiabas [do pé]
* Ler as frases dos parachoques dos caminhões [na estrada]
* Lavar a louça
* Comer pão com nata e mel
* Assistir o desenho do mickey & donald
* Rir
* Almoçar e Jantar com primos e tios e mais primos e mais tios e mais primos e mais tios
* Engordar
* Ir ao médico e descobrir várias coisinhas
* Gastar dinheiro
* Tirar fotos pelo celular [e não conseguir passar para o computador]
* Ler
* Ir à missa
* Descobrir coisas
* Descobrir que eu não preciso estar de férias para fazer nada disso acima descrito...

***

Trilha sonora:

"O amor é um laço aberto
Muito perto
Tiro certo
Esperando alguém cair
Iludir
Se ferir
Seu amor é desse jeito manhoso
Safado e gostoso demais
O amor é um prato quente
Atraente Envolvente
Faz a gente se servir
Engolir
Repetir
Seu amor é um jeito bom de viver
Eu não vou te esqueçer nunca mais"
Athaíde & Alexandre

***

"Se até bananeira chora o que dirá meu coração, vai lá, vai lá e traz de volta esta paixão"
[idem]

*
Considerações:
* As férias degeneram o cérebro da gente.
* A partir do momento em que você é obrigado a escutar *isto* sete horas seguidas do seu dia, ou você passa a gostar do que ouve, ou você se mata.
* Minha escolha foi super fácil, porque eu já gostava *disso* há muito tempo! =oD