sexta-feira, outubro 27, 2006

Sonhos.

"Tenho andando distraído... impaciente e indeciso..."
Um lugar para estar agora... qualquer um! O que seria de mim se não fosse o pensamento! Eu vejo [além da minha cama, é claro, porque a estas horas eu sempre vejo a minha cama] uma janela, uma mesa, um caderno [ou computador, mas juro que não vejo-o tão fácil], algo onde eu possa escrever, estudar... e lá fora, outono ou neve. Agora eu vejo tudo branco, mas adoro o outono. Mas isso só vale para hoje. Amanhã pode ser que eu já veja outra coisa.
"tão correto e tão bonito/o infinito é realmente um dos deuses mais lindos"
Um cheiro... cheiro de flor, aquele cheiro que a gente sente à noite! Ou então o cheiro das minhas duas bonecas Magali's.
"Me disseram que você estava chorando"
Uma música...
"sei que as vezes uso, palavras repetidas/mas quais são as palavras que nunca são ditas"
Uma vontade... ser vista! [e ouvida]
"as vezes o que eu vejo quase ninguém vê"
Um medo... medo da prova de Direito [e do professor de Direito] e daquelas questões terríveis que estão rindo da minha cara até agora porque eu marquei o xis no lugar errado, af. Era casamento e não regime de bens!!!!!! Emenda Constitucional realmente altera a Constituição e não as ordinárias leis... Suplício!
"mas não sou mais tão criança a ponto de saber tudo..."
Esta semana senti um nó na garganta quando estava voltando da faculdade, após a prova da Ana. Estava no metrô comendo bolacha Passatempo. Tentando não pensar muito nas coisas que eu tinha escrito na prova [pra não ter que descobrir coisas certas no momento errado - tardio]. Ela faz tanto escarcéu nas aulas, mas sua prova não estava difícil! E ainda assim ela nos explicou uma por uma. Nossa cara devia estar em pane e em pânico, já que ela logo foi dizendo pra gente respirar fundo e fazer a prova. Será que é porque eu estava amassando minha bolinha de borracha? No fim, a mais exigente e mais rígida é a mais amiga e a mais companheira. E quando eu pensei nisso, no metrô e comendo a bolacha passatempo, deu um nó na garganta...
Sei lá! Sempre me espelhei em meus professores [alguns]. E eles sempre me fizeram descobrir coisas novas em mim. Não gosto de ser tão óbvia e dizer as coisas assim tão claramente, e não sei bem porquê. Preferia dizer isso usando "figuras de linguagem". Mas ultimamente eu ando tão precisada de dizer todas as coisas que eu sinto! Acho que não cabe mais nada dentro de mim, não suporto mais engolir as coisas e guardar e guardar e guardar... [o olho enche de água, agora]
Sempre falo nela aqui, já repararam? E eu me entendo, agora. Sei porque sou tão ansiosa em conhecer as coisas e tão inquietamente descontente. Porque eu preciso de mais para não desanimar de vez! Geralmente a gente não vê nada além na crueza das coisas. Mas se parar e olhar direito, aparecem algumas coisas que acabam salvando o dia e valendo a existência.
Como cores. E pessoas!!!!!!!!!!!!!!
Horrível quando a gente admira alguém - admiração ou gratidão, agora não sei bem [ou ambos] - horrível quando a gente fica quieto e acaba dando bandeira do que pulula dentro da gente e pulula e pulula e pulula. Se existe pulula eu não sei, acabei de inventar. Horrível quando a gente quer dizer que admira alguém, ahhhh!!!!! Agora eu entendi porque não gosto de dizer as coisas tão claramente! Porque não dá pra "dizer o indizível"!!!!! O que poderia dizer tão perfeitamente toda a admiração que eu sinto?
Talvez dizer que assistir suas aulas me faz lembrar um certo filme chamado "Sociedade dos Poetas Mortos"...? [sei que ela me entenderia]
"me fiz em mil pedaços/pra você juntar e queria sempre achar explicação pro que eu sentia"
Fiz o meu primeiro seminário e consegui apresentar o resultado que eu queria. Eu estava com muita *vontade* de falar!!! E no meio, eu me lembrei da Ana. Acho que descobri uma vocação, com uma certa ajudinha de alguém...
Eu sempre me espelho em quem veio neste mundo pra fazer a diferença.

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