sábado, abril 29, 2006

mulheres burras e homens infantis... o mundo está perdido!!!

Hoje eu fiquei muito triste. Na verdade foram várias emoções seguidas. Primeiro, desprezo. Porque ontem eu briguei com meu pai, simplesmente porque eu emiti uma opinião, que era verdade, e ele não curte muito escutar as verdades. Sei que é difícil, mas é nossa única ferramenta pra sermos melhores a cada dia. Fiquei com raiva. E hoje de manhã ele saiu e eu fiquei aliviada porque ele não estava em casa. Estou ficando de saco cheio de pessoas egoístas. Daí ele começou a demorar, porque aos sábados ele nunca demora muito. Chega cedo para comprar pizza (e atazanar a nossa vida). Veio então a dúvida. Fui para o quarto escrever a história do Brownie (que depois eu conto), e fiquei por lá durante umas três ou quatro horas. Pedimos comida chinesa e eu jantei com a minha irmã. Fofocamos, ela me mostrou seu celular novo. Minha mãe estava assistindo novela. Voltei para terminar a primeira parte da minha história. Desci com o laptop pra ficar com a minha mãe, na sala. Na verdade eu queria tentar conectar com o cabo usb (qual o nome do cabo, mesmo?), pela minha máquina, mas não consegui. Fiquei revisando a história do Brownie. Até que minha mãe fez um comentário... "o seu pai sabe que eu tenho problema no coração e faz isso. Se foi sequestrado, assaltado, não tem como a gente saber"...
Daí veio a novela Horrorosíssima, e veio a Porra Total. E nada do meu pai. Fui trocar de roupa (porque acreditem: eu fiquei de pijama o dia inteiro, deprê total... rs) e comecei a pensar no pior. Daí veio o medo duplo. Medo de ter acontecido alguma coisa com o meu pai e logo me ligarem para eu identificar o corpo (porque eu jamais deixaria esta tarefa para minha mãe fazer), medo do desespero da minha mãe e do ataque que ela poderia ter (porque ela realmente tem problema cardíaco)... desespero porque se acontecesse alguma coisa, não tínhamos carro em casa. Pensando em pedir pra minha irmã voltar com seu carro. Não queria, porém, assustá-la. Não liguei.
Passou uns quarenta minutos e meu pai chegou, bêbado. Até agora eu não sei onde ele estava e não me interessa saber. Ficou agindo como uma criança, porque ele queria que a minha mãe perguntasse onde ele estava e demonstrasse ciúmes e estas coisas, mas ela não disse uma palavra e continuou assistindo a televisão como se nada tivesse acontecido.
Minha mãe quase teve um troço e eu perdi meu sossego no feriado, para alguém que tem quase sessenta anos e age como um moleque de doze.
A desculpa? Estava trabalhando.
***
Reward
O que ele me disse:"excesso de trabalho". "Este final de semana não vou poder ficar com você, porque vou visitar minha irmã".
O que realmente aconteceu: ele se envolveu com uma colega de trabalho, e começaram a passar os finais de semana juntos.
O pacto de transparência? Ele está cagando para isso.
Eu acredito que eles se gostem, e parece que ele está bem, com ela. Mas não precisava ter feito todo este teatro!!!! Bastava ter sido honesto.
***
Reward dois
Ele (outro) mudou de cidade e duas semanas depois, quando pegou as chaves do apartamento, me ligou dizendo que queria que eu fosse pra lá. Eu me empolguei, porque ele é uma gracinha. Mas sempre me incomodou o fato de que ele não conversa muito pelo msn, e não tem como a gente se conhecer melhor se a gente não conversa! A gente se falava todas as noites, pelo msn. Daí, depois do feriado da Páscoa, ele sumiu e nunca mais apareceu. Sem sinal de vida. Eu disse - com sinceridade - que estava sentindo sua falta. A desculpa?
"Excesso de trabalho".
***
RECADO AOS HOMENS:
Parem de agir como crianças!!! Parem de usar as mulheres para superarem suas crises de carência!!! Parem de se masturbar no banheiro e engatem relacionamentos de verdade, não tenham medo da vida à dois! Nós não queremos homens perfeitos. Nós queremos homens íntegros. Homens que saibam dar exemplos e serem pais de verdade.
Homens que não mintam... porque mentira é falta de respeito.
Enfim. Nós queremos homens de verdade, no melhor sentido da palavra. Nós não queremos crianças.
***
E é exatamente isso que eu estava pensando estes dias. Que os homens são crianças.

quinta-feira, abril 27, 2006

"ela se jogou da janela do quinto andar, nada fácil de entender"...

Sem paciência.
Com gente que faz cara feia.
Com gente que se faz de coitadinho/a
Com gente que fica andando pelo corredor com o olhar perdido
Com gente que não sabe ser maluca
Com gente falsa
Com gente que finge
Com gente que mente
Com gente que não fala o que pensa e fala o que não pensa
Com gente folgada
Com gente mal educada
Com gente fedida
Com gente que não olha pra sua cara quando fala com você
Com gente que só usa preto (baixo astral besta)
Com gente que só fala de si mesmo o tempo inteiro
Com gente medrosa
Com gente que faz fofoca
Com gente que não se toca que você tá no telefone e começa a falar com você
Com gente que fica falando alto perto de você quando você está no telefone e você não escuta bosta nenhuma
Com gente que só reclama (talvez eu esteja incluída neste nicho)
Com gente que não tem paciência...
Com o meu cabelo
Com o meu corretivo que não funciona
Com as espinhas todas
Comigo, porque eu não sei um monte de coisas
Com gente que fuma
Com gente que fica brava quando eu grito quando eu vejo uma barata
Com baratas
Com coisas sujas
Com lerdeza...
Sem paciência, sem paciência, sem paciência.
Fazendo uma novena para Santa Kókot. Santa Kókot, padroeira da paciência, me presenteie... (só ela vai entender).
PS: Com gente burra.

terça-feira, abril 25, 2006

Íntimo e pessoal

Nada ficou no lugar
Eu quero quebrar essas xícaras
Eu vou enganar o diabo
Eu quero acordar sua familia
Eu vou escrever no seu muro
e violentar o seu rosto
Eu quero roubar no seu jogo
Eu ja arranhei os seus discos
Que é pra ver se você volta
Que é pra ver se você vem
Que é pra ver se você olha Pra mim
*
Agora é sério.
*
Estou me sentindo uma criança pequena. Como quando eu esperneava e batia os pés no chão ou então aprontava só pra chamar a atenção... somewhere inside me still lies that child... but I do forgive her... Não sei se porque não consigo entender o que eu estou sentindo *e que está me incomodando*, ou se porque talvez eu não tenha o direito de sentir o que eu estou sentindo.
ah, tudo bem. Eu estou com ciúmes *este é um mal antigo* e estou sentindo falta, mas não sei de quê exatamente estou sentindo falta. Pode ser que passe, pode ser que as coisas venham e aconteçam e meu foco simplesmente mude e eu simplesmente... te apague da minha memória ou me acostume com a sua ausência.
Eu não devia estar assim, porque converso muito mais com minha caneca de sapo do que com você. E eu odeio sentir isso. Não quero admitir que eu quero sua atenção. E não quero admitir que eu preferia mil vezes te ver do que *não te ver.
Não quero admitir que isso está me incomodando. Vou continuar repetindo: não está, não está, não está. Quem sabe um dia minha oca mente e meu teimoso coração me escutam e acreditam em mim e se convencem de uma vez por todas de que você simplesmente *não existe.

brincando de falar francês

Je veux un chien.
Et un petit ami, aussi.
Je veux voir la mer.
Et apprenez comment cultiver des fleurs.
Je veux voir mon ange.
Tout ce que je veux est un chien.

(forgot what everything above means)

sábado, abril 22, 2006

Home, sweet home...


Tudo bem, pode ser que tenha visto muitos filmes. Soma-se à isso o fato de que eu sou uma pisciana.
Melissa = pisciana
Pisciana = sonhadora, idealista, romântica
Melissa = sonhadora, idealista, romântica
Enfim. Um dia eu ganhei uma revista portuguesa, de um senhor que frequentava as tardes de ópera no Centro Brasileiro Britânico. Ele me deu, aliás, ele me pediu que entregasse à alguém que jamais recebeu a revista... ;-) E tinha uma foto que de cara me chamou a atenção, que eram dois meninos sentados à beira de um lago ou coisa parecida, e atrás deles tinha um labrador, e parecia que os três estavam olhando para a mesma direção... e eu sempre quis morar num lugar como aquele (rs...). E hoje em dia, recebo as fotos dos meus parentes da Lituânia, fotos como aquela... e é muito estranho, porque parece que é um lugar que eu já estive e na verdade... eu nunca estive... mas entretanto... eu gostaria de estar! rsrsrs...
Por exemplo... peguem o filme "Amigo Oculto". Sabe a casa que o pai leva a filha pra morar, numa cidadezinha à uma hora da capital, no meio do nada? É mais ou menos isso. O lugar dos meus sonhos tem um lago bonito, tem árvores e uma estrada de terra, onde no outono fica todinha forrada de folhas secas, e na primavera, toda repleta de flores amarelas (não sei porque amarelas, mas sim, amarelas!!!)... e tem um cachorro que me acompanha por todas as partes. Eu planto flores e alfaces, cuido do jardim e das coisas. Tenho um canto, na casa, onde bate sol no fim das tardes, e meu laptop fica numa mesinha em frente à janela, através da qual eu tenho uma vista razoável (não precisa ser os Andes... rsrsrs pode ser algumas montanhas). Eu não uso o carro, exceto para ir à cidade, eu uso uma bicicleta (e adoro). E os móveis da minha casa são todos reciclados, reaproveitados, meio românticos, meio rústicos, sem muitas frescuras... uma vida simples. E é isso. Ah, e eu não acordo ao meio dia, acordo cedo.
E fico aqui pensando, com os meus botões, se um dia eu encontrar um lugar assim, será que eu vou voltar??? Será que isso combina com a vida que a gente leva hoje em dia e com o que o futuro parece trazer (ou seja, mais correria ainda?)
E será que - sobretudo - este lugar combina com o meu jeito agitado e menina-super-poderosa?
Sim, porque afinal de contas, eu sou de Peixes. Mas meu ascendente é Leão. Um leãozinho sobreviveria nesta calmaria? Quando me decidir entre o peixinho e a leoa, eu respondo...
O fato é que... se eu pudesse optar um lugar para estar agora, o lugar seria exatamente esse...

domingo, abril 16, 2006

From lithuania with love


Enquanto os brasileiros se preparam para a chegada do inverno, do outro lado do mundo, um punhado de gente comemora a chegada do sol e do colorido que o verão traz. Alguns lugares, como a LITUÂNIA, comemoram simplesmente O SOL. É uma terra fria, e a aparição do sol e os raios quentinhos sobre a nossa pele são cada vez mais raros. Eu tenho o privilégio de poder acompanhar a alegria dos meus parentes, em pura comemoração. Eles nos escreveram e fizeram um paralelo lindo entre a Páscoa e a transição das estações do ano. O poeminha (lindo), está abaixo.
~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~
"Annually the seasons come and go
In springtime new life begins to grow

Plants emerge from their hiding places under ice and snow
Creeks and rivers thaw and fully start to flow

A profusion of bright colours greets the eye
Glorious sunshine warms both earth and sky

Forest and hillsides awash with green
Luscious valleys nestled in between

Hope your Easter is happy, joyful and sunny."

sexta-feira, abril 14, 2006

Chegaaaaaa!!!!

(foto: sem título, por Ricardo Faria - www.1000imagens.com)
Ih, que dia quieto!
Sim, eu sei. Sexta-Feira da Paixão é sempre assim, para nós Cristãos. Existe um silêncio estranho. E eu fico estranha. E se fico, é porque a minha sensibilidade não permite que seja diferente. E porque eu amo aquilo em que acredito. E como amo!!!
Meu coração ou minha alma (ou os dois) chegam a sentir sede. Quando chega o final da semana eu preciso que uma serenidade "sobrenatural" me atinja e me acalme... porque é tanto caos, tanta bagunça, tanta humanidade e já que nós somos pequenos e inquietos, tanta inquietude! Ah, eu preciso descansar o espírito e vou à missa, ou entro na igreja, aquele ambiente totalmente quieto e maravilhoso e ali eu descanso.
Hoje, para os católicos, é o único dia no mundo inteiro onde não se celebra a missa. É um dia de recolhimento, de retidão, de mortes. Quando esta palavra já não nos assusta mais - a morte - é porque começamos a compreendê-la no sentido crucial.
Ultimamente eu tenho pensado muito em quantas coisas preciso exterminar, na minha vida.
... me isolar (e depois reclamar por ser ou estar solitária)
... não me planejar (e depois me enrolar toda)
... ter MEDO (e não crescer, não sair do lugar, nunca)
... ser egoísta (e me envergonhar)
... ser impulsiva (adultos não podem ser impulsivos. Adultos impulsivos são adultos irresponsáveis. E adultos irresponsáveis, portanto, não são adultos)
... não executar os infinitos aprendizados (porque existe sempre uma escolha mais nobre ao invés das velhas reclamações, velhas práticas, velhos eufemismos, velhos desentendimentos)
... não agir com determinação e objetivos (não ter focos significa andar em círculos)
Ah, eu sei. Cansei. Me irritei. E chegar neste ponto significa que eu não aceito mais este jeito "velho" de levar a vida. Chega!!! Chega de reclamar e não fazer nada pra mudar. Chega de desacreditar, na vida e nas pessoas. Putz! Jesus Cristo transformou um ladrão em santo!!! Se eu o escolhi como mestre e como exemplo, eu PRECISO acreditar que as pessoas podem mudar. E para as pessoas mudarem elas precisam acreditar nelas! E quantas vezes eu só acreditei em mim depois de um estímulo? Ah que vergonha, como somos pequenos!!!! Quanto potencial jogado fora!!! Quanta união desperdiçada, quantas palavras desperdiçadas, quanta inteligência desrespeitada!!! Não, eu não posso mais ser assim. Chega de chorar e abaixar a cabeça ao invés de olhar pra frente, pra cima, nos olhos. Putz! Quantas vezes eu não enxerguei a oportunidade justamente porque ao invés de olhar pra frente eu olhei pra baixo!!!!!! Que vergonha!!!!
Pra mim chega. Chega uma hora na vida da gente que a gente desperta. E quando isso acontece, a gente se assusta - e muito - com o que vê.
A Páscoa é a chance de transformar todas estas coisas. Estes "sustos". E a esperança de que todas estas "mortes" serão bem sucedidos renascimentos.
Não basta que o outro se canse de você. Isto não gera mudança. O ponto é quando VOCÊ se cansa de você!!!! Isso sim gera mudanças!!! Eu cansei de choramingar!!!! Olhei em volta e percebi que eu simplesmente não tenho o direito disso. Dom Bosco era um cara muito legal que trabalhava com um monte de meninos e ele dizia pra eles: "olha pra frente, rapaz!!!"
Olha pra frente!!!!!!!! Veja ali quanta coisa existe te esperando simplesmente CHEGAR. E quanta coisa existe AGORA, aqui, te esperando olhar para frente, para o lado, parar de olhar para o seu umbigo, para o chão!!!
Não, não mudei de um dia pro outro. Veio tudo junto, tudo certo, tudo na hora que devia ser. Eu me cansei das velhas práticas. Do velho chororô. Chega!!!!! Eu tava sumida nestes últimos dias por conta disso. Pensando... me olhando e não gostando nada nada do que tava vendo.
Ninguém muda de um dia para o outro. O que acontece é que um dia, um belo dia ... você simplesmente se cansa!

sábado, abril 08, 2006

Me, just alone...

(Foto: Oração, por Marília Gomes - www.1000imagens.com)

Achei este poeminha escrito no profile de um dos meus contatos, no orkut. O nome dele é Zöhäïb Rëhmäñ e é paquistanês. Ele não sabe, mas eu coloquei melodia no poema dele! :-) E saiu super natural, eu li o poema uma vez, e na segunda comecei a cantar. E tô pegando gosto pela coisa! Quer dizer... não sei se o poema é dele... ele disse e não disse nada. Mas vejam... de tão singelo, ele é maravilhoso.
~*~


Pólinho, o que combina comigo, violão ou piano?
Bom, eis o poema:


~*~*~*~*~

darkness is with night
the moon with the moon light
the roses with a thorn
the sunlight with the dawn
clouds with the rain
a heart always with pain
the leaves with tree
the shore is with sea
a boat with a stream
and a sleep with a dream
heat with summer
a rainbow with the colour
tears with eyes
stars with the sky
fragrance with the air
love with care
poetry with rhyme
tide with time
even a dog with the bone
and me.........just alone

Não é lindo????

quinta-feira, abril 06, 2006

Enqüanto o amor não vem...

(sem título - por artur franco - www.1000imagens.com)

É, o tempo. Esta sombra inimiga que só me faz lembrar o quanto eu te procuro e o quanto você está atrasado. Isto que me amedronta e cada dia que passa eu estou mais distante do espelho. Sou mocinha. Pra falar a verdade, sou moçona. O tempo cochicha coisas aqui no meu ouvido, coisas que eu não faço questão de lembrar o tempo todo. Que nesta idade minha mãe já cuidava de duas filhas... mas a culpa é sua, que não vem. Não vem aqui me dizer que eu fico linda de qualquer jeito e não preciso gastar dinheiro pra me produzir. Talvez fazer com que eu te ame tanto, que gaste tudo o que tenho e tudo o que sou com você, você, você. Um suéter novo. Uma bola de futebol. O conserto do carro. Um cachorro. Um porshe em miniatura. Uma foto minha, gigante, na parede do seu quarto! E ouvir suas bronquinhas depois...
Vc é o único culpado por minhas noites solitárias, e por eu viver no msn. Até o frio que eu sinto é culpa sua. A minha blusa que não me serve, não me esquenta, não me adianta. Meu frio é falta de você, que não chega. Não sabe que eu existo, bastaria que você me visse, e meu sorriso de moleca te deseducaria. E os meus textos, ali jogados, porque eu não tenho para quem ler. Mesmo que você dormisse e eu não percebesse (apesar de saber) e depois dissesse: "que lindo, meu amor"... eu ficaria feliz mesmo assim. E também ficaria feliz quando você me beijasse depois da nossa primeira briga, porque eu nunca briguei com ninguém e nunca fiz as pazes. Ia adorar brigar toda hora com você e fazer as pazes toda hora, porque é super romântico. E te explorar bastante, pedindo para você me buscar quando estivesse chovendo, porque eu sempre molho meus pés. Mas tudo bem se você quiser molhar os pés comigo. Depois a gente ia pra sua casa e você e eu estaríamos de banho tomado em vinte minutos (sem necessariamente sair debaixo do chuveiro). Você é a pessoa mais cheia de culpa do planeta, porque é por conta da sua ausência que hoje eu nem ligo para futebol, e não faço a menor idéia de quem seja o campeão da libertadores, ou do que seja "tiro de meta". Cadê você, heim? Cadê você porque eu preciso que você chegue, agora, e segure minha mão, porque estou com medo. E deixe eu dormir sobre o seu peito pra esquecer do mundo e das eleições. E me faça sentir uma mulher amada e desejada, toda vez que me tocar e descobrir meus pontos covardes! E me faça acreditar que vai dar tudo certo, e ri da minha cara quando eu fico boba. E me dê chocolates e não ligue quando aparecerem espinhas. Que me deixe dirigir seu carro quando beber de cair. Que me convença a te acompanhar e voltarmos de táxi. Rirmos bêbados. Dançarmos ou dormirmos juntos na rede, como dois preguiçosos. Que me deixe espremer seus cravinhos, os do rosto e os das costas. Que acredite em mim e que acredite em você também. Que me defenda e que mate as baratas. Mil carinhos. Ou nada, nenhuma palavra, porque você sabe olhar bem dentro dos meus olhos e sabe que sim, isto basta... e não se importe quando eu não souber a capital do Quirguistão, e também não se importe porque os dedos do meu pé parecem os dedos do E.t.
Que ache o meu bolo queimado a coisa mais gostosa deste mundo e o meu beijo também. Eu nem lembro se eu sei beijar. Porque eu só beijo quem eu gosto. E eu ainda não gosto de você, porque ainda não te encontrei. Dizem que eu vou saber que você é você, quando eu te encontrar. Se eu não sacar (pelo menos no mesmo instante), voce certamente vai: vou ficar vermelha e rindo à toa. Vou passar toda a hora a mão no cabelo e mesmo tímida, vou olhar no fundo dos seus olhos e vai ser superinteressante. E você vai gostar do meu jeitinho. E eu, muito provavalmente já terei me encantado com o seu... Daí você me avisa? Me avisa com o seu carinho, com a sua sinceridade e com o seu respeito. Me avisa que é você o meu amor. Meu amigo, companheiro, laranja, não é assim? Ah, eu não ligo pra estas coisas. Você é você. Você é o meu amor. Amor louco, amor lindo e amor teimoso. Amor que não vem. Amor que não me completa e não me deixa ainda mais linda do que eu sou. ... Ah, vê se não demora, tá? Você vai me escutar dizer isto muitas vezes... Não demora... a noite é eternamente fria sem você. E o tempo, eternamente vazio.
Sua Mel.

segunda-feira, abril 03, 2006

"Não tenho nada na cabeça, à não ser o céu"

Fui ao Shopping Ibirapuera e fiz umas comprinhas estratégicas. Eu sempre abuso um pouco, mas já coloquei na minha cabeça que Eva não conseguia poupar dinheiro, Joana D´arc também não e eu também não. Pelo menos eu fiquei feliz... quem é que não gosta de se sentir bonita?
Mas que valor tem esta "felicidade" se o fato de eu estar feliz não deixa a minha mãe feliz.
Ela só consegue me repudiar e SEMPRE estraga o meu dia. Nunca acreditou e NUNCA, JAMAIS deu apoio aos meus sonhos. Só consegue ver os meus defeitos: "esta roupa não está boa, você está falando errado, a sua voz está com problemas, este cabelo é muito escuro pra você, este sapato está ridículo... mais uma sacola!!!! Mais uma saia?"
Estou começando a achar que eu só vou conseguir "voar" quando sair deste TERRENO PODRE, onde a terra é seca, onde não se produz frutos, porque não se sonha. Só se culpa, só se machuca, só se remói. Só se morre por dentro.
Esta escolha não é minha. Mas apaga totalmente o meu dia...
Saco! O que eu posso fazer por você? O que é que vai te fazer finalmente feliz e bem resolvida, sem que você jogue suas frustrações sobre mim? Se o pouco você não enxerga, se o pouco que eu tenho a te oferecer não te serve... o meu sorriso não serve? As minhas conquistas? Eu vivendo plena, a minha juventude? O que eu faço?
Que vontade de chorar...
Que dor no coração...
Estou me sentindo tão sozinha... [merda].
***
Estou com algum problema grave na arcada dentária, e está afetando a minha fala. O som sai como se eu tivesse língua presa. Acho que vou ter que adiar mais uma vez meu projeto no teatro...
Só não sei se desta vez, eu sobrevivo.

domingo, abril 02, 2006

Eu gozo de saúde perfeita!

Eu descobri que não sofro de labirintite quando um cara maluco chamado Adriano Cypriano, "meu diretor", eterno e único, me obrigou a fazer um exercício esquisitíssimo chamado "Dança dos Macacos" ou coisa parecida. No exercício, nós precisavamos, como o planeta Terra, fazer um momento de translação e rotação. Rodar em círculos, como uma dança circular, ao mesmo tempo em que nós rodávamos em círculo, como um peão. Isso por não sei quantos minutos. É certo que eu vi estrelinhas diversas vezes... o chão parecia se mover, como se estivéssemos sobre alto mar. Mas eu terminei o exercício em pé e foi assim que hoje eu posso ter certeza: não, eu não tenho labirintite.
Foi hoje, domingo, que descobri que gozo de perfeita saúde, em geral. Rir e chorar. Rir quando a maninha encostou em mim durante o filme, morrendo de medo. Como quando me pede pra ir ao banheiro com ela, depois de assistir estas merdas que passam na televisão, ou quando olha embaixo da cama e dentro do armário antes de dormir (mas isto eu confesso que faço todos os dias, mesmo que eu tenha assistido um filme da Hello Kitty). Rir quando ela me pergunta com toda a seriedade do mundo, durante o filme, se eu vou infartar. Começou a rir daquele jeito dela (só dela). Ainda bem que eu não comprei Coca-Cola, ou teria mijado nas calças...
Putz! Fazia tempo que um filme não me pegava de jeito assim, desde Halloween H20 (aquele cara horrível andando devagarinho pelo corredores com um puta facão e a Jamie Lee Curtis se escondendo debaixo da mesa). Eu até pensei que fosse infartar no meio do filme, mas foram quase duas horas com o coração na boca, porém, só na boca.
Sim, eu gozo de saúde perfeita.
Recomendo... um pouco de emoções fortes não faz mal à ninguém! Mas vão preparados: O FILME É FODA. E existe uma chance razoável de vocês passarem mal.
Muito mal...
(Quando um estranho chama).