Tantas coisas!
Por onde começar???? Sempre subestimo a minha própria capacidade. Chegando no casarão com um quente e dois fervendo, onde estão todos? Tenho que domar a fera [dona da casa] sozinha. O buffet chegando, as tralhas todas, os improvisos. Meu amigo - doce, pai - Ricardo, que foi comigo até o Pão de Açúcar comprar uma taça de conhaque [e uma garrafa também, que se perdeu mais tarde, a estas horas deve estar no estômago de alguém ou de alguma francesinha rsrsrs]. Tudo parecia sonho demais, e eu sempre tive um pouco de medo das coisas reais que se aproximam daquilo que são dentro de mim. Como se tivessem sido arrancadas de dentro da minha cabeça!!!! Ou de dentro do meu coração, porque eu quase não tenho cabeça. E é isso. O tempo foi passando, as pessoas foram chegando, Dona Mel estava apavoradíssima com o fato de que só decorou o texto na madrugada de sexta pra sábado - bêbada de tanto pensar e fazer provas - e como se não bastasse, tinha o sotaque francês. Ou vai e faz direito, ou não faz. Frajutisse não cola. E aí, Mel, o que vai ser? Ensaiando com o Ricardo no estacionamento [a estas horas a fera já estava domada e eu devo isso à minha prô que me ensinou o discurso PERSUASIVO rs]. A francesa tinha que estar meio alta, mas isso foi só um detalhe!!!! Ali na hora do ensaio não chegava nem perto de ser uma francesa muito louca, muito viciada em jogos, muito pra lá de bagdá, muito trilili. Doce, Ricardo me diz assim: "está perto"...
E as pessoas vão chegando e preenchendo aquela casa - já tão cheia de histórias - de rostos, de sorrisos, de mais histórias, de mais vida. A fera sorri! Chega minha irmã, dando risada. Ê Melissa. Você disse no e-mail que a casa ficava ao lado do Pão de Açúcar, um casarão velho. Ah, tudo bem, não fica exatamente ao lado do Pão De Açúcar. Não, não fica. A que está ao lado do Pão de Açúcar é outro casarão, muito mais velho do que este, conta. BAto na porta, e atende um homem. Vem atrás dele uma mulher de shorts curto. Faço aquela cara que você conhece, que lugar é esse???? É... eu estou procurando a Melissa. O homem faz cara de interrogação e a garota quase deixa cair o chiclete da boca. Melissa??? Acho que nenhuma das garotas tem este nome. Melissaaaaaaaaaaaaaa!!!!!! O casarão velho ao lado do Pão de Açúcar era um puteiro!!!!!
Chegam as meninas. Tralhas. Muitas. Segredos, hahahahahaha. Eu já sabia, eu já sabia. Ainda vamos ter muito o que conversar, digo.
Ainda escrevo um conto sobre isso.
E veio a primeira intervenção. Espero não falar esta palavra por algumas semanas. Coisa de dois meses. O cara quase derruba as estruturas da casa, isso porque não teve tempo pra ensaiar!!!! hahahahahaha... fico pensando então se tivesse o tal tempo, teria derrubado a casa, de fato! Perfeito. E o segundo e a banda. Meus pais, minha família, meus amigos. Meus amigos autores, o prazer que foi vê-los sorrindo!!!!!!! Sei como vocês se sentem, sei como é extraordinário ver nossos textos sendo interpretados - e bem interpretados. Foi um prazer!!!!
E depois veio a francesinha. Daniel não percebe e vem falar comigo. Ê Daniel!!!!! hahahahahahahaha... já sei que esta coisa de ficar nervosa faz parte do prólogo. Depois que começa, vai. E a gente até lembra do texto!!!!! Mais uma vez, porque a autora não viu. Estou amando muito tudo isso!!!!! Vejo o rosto passado da Julia. Faço questão de olhar no olho dela, está passada [eu sei como é isso!!!!]. A Letícia chorando [sentir pela amiga, como é lindo isso, como me inspira!]. Como é bom ficar no centro de uma roda, falando um texto delicioso, deixando as pessoas felizes e surpresas...
Feliz e surpresa - esta sou eu.
Noite especial, linda! Clima doce, clima amistoso. Sorrisos, morangos, uvas, violões. A voz, pura, só a voz, cantando, pessoas, amigos em volta. É hora de dizer a palavra. Sim, foi do caralho!!!! Sim, eu sou feliz!!!!!!!!
